PÁSSARO AZUL

Nome científico: Cotinga maculata

Nome popular: Pássaro-azul ou Crejuá 

Difícil encontrar quem não repare na beleza desta ave. O macho tem plumagem azul-brilhante nas costas e um colar da mesma cor. O pescoço e a metade do peito são em tom púrpura e as asas, pretas. A exuberância do colorido, porém, não combina muito com o comportamento tímido do pássaro-azul. Parece que ele traz esse capricho todo nas cores das penas somente para atrair as fêmeas de sua espécie.

Falando nelas, as fêmeas do pássaro-azul têm cor parda e discreta, mas são muito graciosas e dedicadas á sua cria: constroem o ninho, chocam os ovos e cuidam dos filhotes, sozinhas.

Essa espécie tem preferência pelos lugares mais altos da floresta, como as copas das árvores. Sua alimentação é composta, principalmente, por frutos e sementes, podendo incluir, também, alguns insetos.

Assim como seus parentes, as arapongas, o pássaro-azul, ao defecar, isto é, fazer cocô- dispersa as sementes dos frutos que come, ajudando a espalha-las para locais mais distantes e, dessa forma, contribuí para a manutenção da floresta.

Note um fato curioso: quando voa e quando briga com outros indivíduos, o pássaro-azul produz ruídos que soam como músicas aos nossos ouvidos. Sua plumagem vistosa torna a espécie vulnerável aos predadores ,que notam o colorido de suas penas.

Mas nem tudo é beleza na vida do pássaro-azul. Sua plumagem vistosa, além de chamar a atenção de seus predadores naturais, atrai, também caçadores. Há séculos, os machos são capturados e suas penas utilizadas como ornamentos. No século 17, um príncipe europeu , o renomado naturalista Maximilian Wied-Neuwied,veio ao Brasil e descreveu em seus diários uma variedade de enfeites artesanais que eram produzidos com as penas dessa ave: grinaldas, flores, buquês, leques... Embora hoje não seja mais tão comum ter suas penas arrancadas para virar ornamento, a espécie ainda é aprisionada em gaiolas para servir como animal de estimação.

Atualmente, o pássaro-azul ocorre em poucos áreas protegidas de Mata Atlântica, onde é proibido o desmatamento e a captura de animais silvestres. É importante conhecer melhor esta espécie na natureza e conservá-la em seu habitat.

Contribua com a preservação do pássaro-azul mostrando esta publicação e contando a história desta ave ao maior número de pessoas que puder- a natureza agradece.

Ramon Ventura
Revista CHC