domingo, 17 de fevereiro de 2019

TEIÚ

Nomes científicos: Salvator merianae ou Tupinambis merianae

Nome populares: teiú, tiú, teiuaçu, tejuguaçu, teju, tejo, teiú-açu, tiju, tejuaçu, teiú-brasileiro

Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção

O Teiú, vem sofrendo com a extinção de sua especie na região nordeste, devido a própria extinção do Bioma Caatinga, Historicamente, esta região vem sofrendo com a ausência de práticas de manejo do solo e com a monocultura e pecuária extensiva, além de inúmeras queimadas. Atualmente, as principais causas de desmatamento estão associadas à extração de mata nativa para a produção de lenha e carvão vegetal destinado às fábricas gesseiras e para a produção siderúrgica. Apenas 7,8% do território da Caatinga está protegido por Unidades de Conservação, sendo que somente 1,3% da área é coberta por unidades de proteção integral. Isto é sintomático da dificuldade do Estado brasileiro de cumprir a Convenção Internacional de Diversidade Biológica, da qual o país é signatário, e que tem como meta nacional a manutenção de, no mínimo, 10% de áreas conservadas.

Nas épocas mais quentes do ano não é difícil topar com um teiú por aí. Ele é um dos lagartos mais conhecidos do Brasil, encontrado do sul do Amazonas até o norte da Argentina. E é também um dos maiores lagartos que vivem por aqui. Um indivíduo adulto tem em média 1m40 de comprimento e cerca de 4 kg, mas não é incomum encontrar exemplares ainda maiores. Além disso, o teiú tolera bem a presença humana e habita até parques urbanos de grande porte.

Mas no frio o grandalhão desaparece. Ele entra num período de hibernação. E o estudo da variação térmica do teiú nos períodos de dormência e de atividade desenvolvido por biólogos brasileiros e canadenses no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, com apoio da FAPESP, publicado no Science Advances, concluiu que ele é o único lagarto de sangue quente conhecido pela ciência. Ele usa o metabolismo para regular a temperatura interna durante a época da reprodução. No resto do ano, o comportamento é o de um animal ectotérmico, ou seja, de "sangue frio", cuja temperatura corporal varia conforme a temperatura do ambiente. Segundo um dos pesquisadores, o teiú está a meio caminho entre a ectotermia e a endotermia.

Os machos costumam sair da hibernação antes das fêmeas e no verão começa a atividade reprodutiva da espécie. A fêmea põe cerca de 30 ovos por postura e o período de incubação é de 90 dias. Os filhotes nascem esverdeados e vão escurecendo conforme crescem.

O teiú é um animal onívoro que inclui em sua dieta pequenos mamíferos, aves e seus ovos, répteis, anfíbios, insetos, vários artrópodes, carniça, vermes e crustáceos. Com comportamento bastante defensivo, tem como primeira reação a uma ameaça a fuga, mas se for preciso ele desfere fortes golpes com a cauda e tem uma poderosa mordida. 

Mas há os teiús que vivem em cativeiro e esses são bastante dóceis. Ele é um dos répteis mais explorados comercialmente no mundo e no Brasil é criados em cativeiro e comercializado com aval do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). E isso faz com que a espécie seja bastante caçada.

Para que este belo animal não desapareça para sempre, evite a destruição do solo. Se não houver preservação da caatinga, poderemos ter a extinção de diversas espécies animais e vegetais típicas deste bioma. Outro problema ambiental, que já está ocorrendo em função do desmatamento, é o aumento da desertificação na caatinga.


Com informações de: faunaNews
Por Luciana Ribeiro
Ramon ventura

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