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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

MICO LEÃO DOURADO

Nome popular: Mico-leão-dourado.

Nome científico: Leontopithecus rosalia.

Peso: Entre 500 e 700 gramas.

Tamanho: Cerca de 25 a 33 centímetros de corpo, com uma cauda que pode medir até 40 centímetros.

Família: Callitrichidae.

Habitat: Florestas tropicais úmidas.

Local onde é encontrado: Na região sudeste do Brasil, mais especificamente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia): Um símbolo da conservação no Brasil

O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é um dos primatas mais emblemáticos e carismáticos da fauna brasileira. Conhecido por sua pelagem brilhante de coloração dourada e sua aparência semelhante à de um pequeno leão, esse animal desperta fascínio e também preocupação, por estar seriamente ameaçado de extinção.

O Leontopithecus rosalia é um primata de tamanho médio, com um comprimento que pode variar de 50 a 70 centímetros, incluindo a cauda. Seu peso é relativamente leve, variando entre 500 e 700 gramas. Sua pelagem é dourada brilhante, que cobre boa parte do corpo, inclusive formando uma espécie de "juba" ao redor da face, com uma face preta e olhos expressivos. Possui garras adaptadas para escalar árvores.

Essa espécie é endêmica da Mata Atlântica, sendo encontrada apenas em uma área restrita dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, especialmente nas regiões da Baixada Litorânea e no interior da Reserva Biológica de Poço das Antas e adjacências. Habita florestas tropicais úmidas, preferindo áreas de mata densa e com alta diversidade de árvores frutíferas e ocos.

A reprodução ocorre, em geral, entre setembro e março. A fêmea dá à luz de um a dois filhotes por gestação, após um período de gestação de aproximadamente 130 dias. O cuidado com os filhotes é cooperativo: o macho e outros membros do grupo ajudam a carregar e alimentar os jovens.

O mico-leão-dourado é onívoro, com uma dieta composta por frutas, insetos, pequenos vertebrados, néctar e exsudatos de árvores, como a seiva. Essa alimentação variada é essencial para sua sobrevivência nas florestas tropicais.

O principal fator que coloca o mico-leão-dourado em risco de extinção é a perda e fragmentação do habitat causada pelo desmatamento, expansão urbana, agricultura e construção de estradas. Além disso, a redução da diversidade genética, devido ao isolamento de populações, e a vulnerabilidade a doenças, também contribuem para o declínio da espécie.

Estima-se que existam atualmente cerca de 2.500 indivíduos em vida livre, graças a programas de conservação, reflorestamento e reintrodução da espécie. No entanto, o mico-leão-dourado ainda figura na lista de espécies ameaçadas de extinção, segundo a Lista Vermelha da IUCN.

Vários projetos de conservação têm sido fundamentais para a sobrevivência da espécie, como o Projeto Mico-Leão-Dourado, que atua com reflorestamento, corredores ecológicos, monitoramento populacional e educação ambiental. A criação de Unidades de Conservação, como reservas e parques, também tem sido crucial.

O mico-leão-dourado é muito mais do que um símbolo da biodiversidade brasileira; ele representa a luta pela preservação da Mata Atlântica e de inúmeras outras espécies ameaçadas. Proteger esse primata é também proteger o equilíbrio ecológico de um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta.

Ramon ventura.

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