Nome popular: Gavião-pomba.
Nome científico: Leucopternis lacernulata.
Peso: Cerca de 300 a 600 gramas.
Tamanho: Pode variar de 40 a 50 centímetros.
Família: Accipitridae.
Habitat: Habita florestas tropicais úmidas, tanto primárias quanto secundárias.
Local onde é encontrado: É encontrado exclusivamente no Brasil, com registros em estados como Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Gavião-pomba (Leucopternis lacernulata): o guardião silencioso da Mata Atlântica
O gavião-pomba, cujo nome científico é Leucopternis lacernulata, é uma das aves de rapina mais enigmáticas da Mata Atlântica brasileira. Com aparência elegante e comportamento discreto, é uma espécie que desperta interesse de observadores de aves, pesquisadores e conservacionistas.
Pertencente à família Accipitridae, a mesma dos gaviões, águias e harpias, o gavião-pomba apresenta um porte médio e uma plumagem distinta, com coloração predominantemente branca e asas com manchas negras, que lembram o padrão de uma pomba — o que justifica seu nome popular.
O Leucopternis lacernulata é uma ave de tamanho médio, com um comprimento que pode variar de 40 a 50 centímetros, com envergadura que pode ultrapassar 1 metro. E um peso que pode chegar a cerca de 300 a 600 gramas, variando conforme o sexo (fêmeas geralmente maiores). Sua plumagem é cinza e branca, com uma forma compacta e robusta que lhe permite voar com agilidade.
O gavião-pomba é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, ou seja, só ocorre nesse bioma. Habita florestas tropicais úmidas, tanto primárias quanto secundárias, e pode ser encontrado desde o nível do mar até altitudes mais elevadas.
É encontrado exclusivamente no Brasil, com registros em estados como Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. É uma espécie cada vez mais rara em muitas dessas regiões, especialmente onde a Mata Atlântica foi mais fragmentada.
A dieta do gavião-pomba é composta principalmente por pequenos vertebrados, como lagartos, roedores, aves menores e serpentes, além de alguns invertebrados grandes. Como predador, exerce um papel importante no controle das populações de suas presas, contribuindo para o equilíbrio ecológico da floresta.
As informações sobre sua reprodução ainda são escassas, devido à natureza reservada da espécie e à dificuldade de observação em ambientes densamente florestados. No entanto, sabe-se que, como outros rapinantes, o gavião-pomba constrói seu ninho em árvores altas e bota 1 ou 2 ovos, com um período de incubação que pode durar cerca de 30 a 35 dias. Os filhotes permanecem sob os cuidados dos pais por várias semanas até estarem aptos ao voo.
O gavião-pomba está classificado como Vulnerável (VU) na Lista Vermelha da IUCN e na lista brasileira de espécies ameaçadas. Suas principais ameaças incluem:
Desmatamento e fragmentação da Mata Atlântica, que reduzem e isolam seu habitat natural. Perda de áreas florestais contínuas, essenciais para sua reprodução e caça. Distúrbios humanos, como expansão urbana, estradas e atividades agropecuárias. Caça e tráfico de fauna, ainda que menos comum para esta espécie.
Como ave de rapina, o gavião-pomba exerce papel fundamental na cadeia alimentar, ajudando no controle de populações de pequenos animais e mantendo o equilíbrio ecológico das florestas. Sua presença é também um indicador da qualidade ambiental de seu habitat.
A preservação do gavião-pomba está diretamente ligada à conservação da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta. Proteger essa ave é investir na manutenção da biodiversidade e na saúde ecológica de regiões inteiras.
Iniciativas como a criação de reservas naturais, corredores ecológicos, reflorestamento e educação ambiental são fundamentais para garantir a sobrevivência dessa espécie imponente e misteriosa.
Ramon Ventura.
Olá, moro no litoral norte de SP e aqui no meu "quintal" vive um deestes Gavião-pombo. Faz anos observo ele próximo a minha casa. Gostaria de saber quanto tempo de vida tem este animal. Tem muitos anos que o vejo por aqui. Obrigada
ResponderExcluirLuciana
Infelizmente não possua a idade certa, mas ultrapassa facilmente os 15 anos.
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