JAGUATIRICA

Nome popular: jaguatirica.

Nome científico: Leopardus pardalis.

Peso: Pesa entre 8 e 16 kg.

Tamanho: de 70 a 100 cm de comprimento, sem contar a cauda, que pode chegar a mais 45 cm.

Família: Felidae.

Habitat: No Brasil, está presente em todos os biomas, incluindo a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga e Cerrado.

Local onde é encontrado: são encontrados principalmente na América do Sul, mais especificamente em países como Brasil, Argentina, Colômbia e México.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Jaguatirica (Leopardus pardalis): O felino ágil das florestas tropicais

A jaguatirica (Leopardus pardalis) é um dos mais belos e adaptáveis felinos da fauna brasileira. Reconhecida por sua pelagem exuberante, repleta de manchas negras sobre um fundo amarelo-dourado, esta espécie pertence à família Felidae, a mesma de grandes predadores como a onça-pintada. Embora de porte médio, a jaguatirica é um ágil caçador e desempenha papel crucial nos ecossistemas onde vive.

A jaguatirica apresenta corpo esguio, musculoso e de membros longos, ideal para escaladas e perseguições rápidas. Pesa entre 8 e 16 kg e mede cerca de 70 a 100 cm de comprimento, sem contar a cauda, que pode chegar a mais 45 cm. Sua pelagem é uma de suas marcas mais reconhecíveis, usada tanto para camuflagem quanto para sinalização entre indivíduos.

É uma espécie amplamente distribuída nas florestas tropicais, subtropicais, matas ciliares e regiões de cerrado, podendo ser encontrada do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. No Brasil, está presente em todos os biomas, incluindo a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga e Cerrado.

A gestação da jaguatirica dura em média 70 a 85 dias, resultando no nascimento de 2 a 4 filhotes, que nascem em tocas ou ocos de árvores. A mãe cuida sozinha da cria, que permanece dependente por até um ano. A maturidade sexual é atingida entre 18 e 24 meses.

A jaguatirica é carnívora e oportunista, alimentando-se de uma variedade de presas, como roedores, aves, répteis, pequenos mamíferos e até anfíbios. Sua habilidade para caçar tanto no solo quanto em árvores faz dela um predador versátil.

Apesar de ainda classificada como “Pouco Preocupante” pela IUCN, a jaguatirica enfrenta diversos riscos que ameaçam suas populações, principalmente em áreas fora da Amazônia. Entre os principais problemas estão:

Perda e fragmentação do habitat devido ao avanço do desmatamento e da agropecuária. Caça ilegal, tanto por medo quanto por sua pele, ainda valorizada no mercado negro. Atropelamentos em estradas, comuns em áreas urbanizadas e rurais.

Além disso, a competição com espécies maiores e a presença humana constante em seu território comprometem seu comportamento natural e sucesso reprodutivo.

A jaguatirica é uma espécie-chave nos ambientes onde vive, ajudando a controlar populações de pequenos animais e equilibrando cadeias alimentares. Sua presença é um indicativo da saúde dos ecossistemas florestais.

É um dos poucos felinos que sabe nadar bem e subir em árvores com agilidade.

Possui hábitos solitários e noturnos, raramente sendo vista durante o dia.

Comunica-se por vocalizações, marcas de cheiro e arranhaduras em troncos.

A jaguatirica é um verdadeiro símbolo da riqueza e diversidade dos ecossistemas brasileiros. Proteger seus habitats naturais, promover corredores ecológicos e combater o tráfico de fauna são medidas essenciais para garantir sua sobrevivência. Sua beleza não deve ser uma razão para sua exploração, mas sim um motivo a mais para sua conservação.

Ramon Ventura.