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segunda-feira, 9 de junho de 2025

TONINHA

Nome popular: Toninha.

Nome científico: Pontoporia blainvillei.

Peso: Entre 30 e 50 kg.

Tamanho: Entre 1,3 e 1,7 metros de comprimento.

Família: Phocoenidae.

Habitat: Habita águas costeiras rasas e turvas, geralmente próximas à foz de rios, estuários e regiões com bancos de areia.

Local onde é encontrado: No Brasil, sua presença é mais comum do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Toninha (Pontoporia blainvillei): O Golfinho Mais Ameaçado do Brasil


A toninha, também conhecida como franciscana, é uma das menores e mais discretas espécies de golfinhos do mundo. Seu nome científico é Pontoporia blainvillei, e ela é um dos cetáceos mais ameaçados da América do Sul. Apesar de pouco conhecida pelo público, a toninha desempenha um papel importante no ecossistema marinho costeiro.

A toninha possui corpo pequeno e hidrodinâmico. Os adultos medem entre 1,3 e 1,7 metros de comprimento e pesam entre 30 e 50 kg. Sua coloração varia do cinza ao marrom-claro, com o ventre mais claro. Uma característica marcante da espécie é o seu rostro (focinho) extremamente alongado e fino, que pode representar até 15% do comprimento do corpo.

Esse pequeno golfinho habita águas costeiras rasas e turvas, geralmente próximas à foz de rios, estuários e regiões com bancos de areia. A toninha é encontrada exclusivamente na costa atlântica da América do Sul, desde o Espírito Santo (Brasil) até o Golfo San Matías, na Argentina. No Brasil, sua presença é mais comum do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.

A dieta da toninha é composta principalmente por pequenos peixes, lulas e crustáceos. Ela se alimenta em águas rasas, utilizando seu longo rostro para capturar presas que se escondem no fundo arenoso.

A toninha tem um ciclo reprodutivo relativamente lento. A gestação dura cerca de 11 meses e geralmente resulta no nascimento de apenas um filhote. O intervalo entre as gestações é de aproximadamente dois anos, o que torna a recuperação da espécie mais difícil diante das ameaças que enfrenta.

A principal ameaça à toninha é a captura acidental em redes de pesca, especialmente nas chamadas redes de emalhe, usadas na pesca artesanal e industrial. Por ser uma espécie que vive próxima à costa, ela está extremamente vulnerável à interação com atividades humanas. A poluição marinha, o tráfego de embarcações, a degradação do habitat e o ruído subaquático também são fatores que colocam sua sobrevivência em risco.

Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a toninha é classificada como "Criticamente em Perigo" no Brasil. Estimativas apontam que milhares de indivíduos morrem anualmente por causa de capturas acidentais.

A toninha raramente é avistada na superfície, pois é tímida e evita embarcações. Ao contrário de outros golfinhos mais sociáveis, a toninha costuma ser vista sozinha ou em pequenos grupos.

Por viver em águas costeiras muito frequentadas pelo ser humano, ela serve como um indicador da saúde dos ecossistemas marinhos.

Apesar de sua aparência graciosa e importância ecológica, a toninha ainda é uma espécie pouco conhecida do público e, infelizmente, extremamente ameaçada. A conservação da toninha depende de ações urgentes, como o monitoramento da pesca, a criação de áreas marinhas protegidas e programas de educação ambiental. Conhecer mais sobre essa espécie é um passo essencial para garantir sua preservação para as futuras gerações.


Ramon Ventura

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