Nome científico: Tangara fastuosa
Nome popular: Pintor verdadeiro
Local onde é encontrado: Nordeste brasileiro, restrito aos Estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba
Já reparou que certas aves chamam muita atenção por sua cor ou pelo arranjo de suas penas e que em outras o forte mesmo é o canto? É que a natureza proporciona ás espécies um equilíbrio. No caso das aves, é raro,por exemplo, que aquela de plumagem mais bonita tenha também o mais belo canto. Vejamos o pintor-verdadeiro: esta pequena ave,que muitos consideram estar entre as mais bonitas do mundo,tem um canto chiado e pouco atraente.
O pintor-verdadeiro pertence á família dos tangarás, que em tupi-guarani significa pássaro multicolorido. Apesar do nome,a ave não sabe pintar. É chamado assim por conta da variedade de cores das suas penas.
As medidas dessa ave são parecidas com as do pardal,mas,ao contrário desse,que apresenta plumagem em tom discreto, o pintor-verdadeiro abusa do colorido! nas costa,próxima á cauda ele é amarelo.As bordas das penas das asas mais próximas ao corpo possuem a mesma cor. Esse conjunto,visto de lado, forma um triângulo amarelo tendendo ao laranja,bem chamativo. Assim, fica fácil reconhecer a espécie. Além disso, a cabeça e o pescoço são azul-turquesa:e o restante do corpo,azul,violeta e preto. É ou não é uma aquarela emplumada?!
Só de observar as cores da espécie fica difícil afirmar se é macho ou fêmea, porque ambos se parecem muito.
Essa ave se reproduz entre outubro e março e constrói seus ninhos,geralmente,em bromélias grandes, que vivem poiadas em galhos de árvores na floresta. A fêmea põe de três a quatro ovos, que são chocados por aproximadamente duas semanas. Os filhotes, apos um ano, são considerados adultos.
O pintor-verdadeiro se alimenta de sementes e frutos de Embaúba, mandacarus e outros.Vive somente na Mata Atlântica, sendo exclusivo do litoral nordestino do Brasil, entre Alagoas e Paraíba. Mas é cada vez mais raro avistar um pintor-verdadeiro. Isso porque, por sua beleza, é alvo da captura e do comércio ilegal. O desmatamento da Mata Atlântica, ambiente em que se abriga, se alimenta e se reproduz, é outra ameaça á existência dessa espécie. O pior é que os cientistas ainda sabem muito pouco sobre esse pequena ave, Será que haverá tempo de estuda-la?
Ramon Ventura
Departamento de Ecologia.
Universidade do estado do Rio de Janeiro
Revista chc.
Ramon Ventura
Departamento de Ecologia.
Universidade do estado do Rio de Janeiro
Revista chc.
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