quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

TUBARÃO DE BOCA GRANDE

Nome popular: Tubarão-de-boca-grande.

Nome científico: Megachasma pelagios.

Peso: Pode atingir entre 500 e 1.200 kg.

Tamanho: De 4 a 7 metros de comprimento.

Família: Megachasmidae.

Habitat: Habitam áreas oceânicas abertas.

Local onde é encontrado: No Pacífico, Atlântico e Índico, em países como Japão, Filipinas, Taiwan, Senegal, México e Brasil.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tubarão-de-boca-grande (Megachasma pelagios): O gigante misterioso das profundezas oceânicas

O tubarão-de-boca-grande, cientificamente conhecido como Megachasma pelagios, é uma das espécies mais raras e menos compreendidas de tubarão no mundo. Desde sua descoberta na década de 1970, este animal enigmático intriga biólogos marinhos por suas características únicas, hábitos discretos e aparência incomum.

O Megachasma pelagios é um tubarão de grande porte, com um comprimento que pode variar de 5 a 7 metros e um peso que pode chegar a mais de 1.000 quilos. O nome da espécie faz jus à sua anatomia: o tubarão-de-boca-grande possui uma cabeça larga e uma boca enorme que se estende quase até atrás dos olhos. Seus dentes são pequenos e numerosos, adaptados para filtrar alimento, e sua pele é macia, com coloração escura e manchas claras no ventre.

É uma espécie pelágica e de hábitos profundos, geralmente encontrada entre 150 e 1.000 metros de profundidade, em águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos. Registros confirmados são raros, mas já houve ocorrências no Pacífico, Atlântico e Índico, em países como Japão, Filipinas, Taiwan, Senegal, México e Brasil.

As informações sobre sua reprodução ainda são escassas, mas acredita-se que seja ovovivíparo — ou seja, os embriões se desenvolvem dentro de ovos no interior da mãe, de onde nascem já formados.
A gestação do Tubarão de Boca Grande é pouco conhecida, mas acredita-se que dure aproximadamente 9 a 12 meses, após os quais a fêmea dá à luz a um número inferior a 10 filhotes.

O tubarão-de-boca-grande é um filtro-alimentador, como os tubarões-baleia e os tubarões-frade. Sua dieta é composta principalmente por:

Plâncton, pequenos peixes, Krill, pequenos organismos bioluminescentes, que são atraídos por possíveis estruturas fotóforas localizadas na boca, o que o ajudaria a atrair presas no escuro. Eles são filtradores, utilizando sua boca enorme para capturar presas em grandes quantidades.

Apesar de raramente capturado, o tubarão-de-boca-grande enfrenta riscos crescentes:

Pesca acidental em redes de arrasto e em águas profundas. Poluição dos oceanos e microplásticos. Desconhecimento científico, que dificulta a elaboração de políticas de proteção. Baixa taxa de reprodução e crescimento lento.

A espécie é considerada "Pouco Conhecida" (Data Deficient) pela Lista Vermelha da IUCN, devido à escassez de dados. No entanto, a baixa frequência de registros e sua biologia sugerem alto potencial de vulnerabilidade.

Mesmo pouco conhecido, o Megachasma pelagios cumpre papel ecológico relevante nos ecossistemas pelágicos profundos, contribuindo para o controle de organismos planctônicos e para o equilíbrio da cadeia alimentar em regiões profundas do oceano.

O tubarão-de-boca-grande continua sendo um dos tubarões mais enigmáticos da atualidade. Sua raridade, aliada ao desconhecimento científico e à crescente pressão sobre os ecossistemas marinhos profundos, faz dele uma prioridade para a ciência da conservação.

Preservar essa espécie é não apenas proteger um elo importante da vida marinha, mas também reconhecer o quanto ainda há para descobrir sobre os oceanos e seus habitantes ocultos.

Ramon ventura.

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