Nome popular: Azulão.
Nome científico: Cyanoloxia brissonii.
Peso: Entre 25 e 35 gramas.
Tamanho: Mede cerca de 15 a 18 cm de comprimento.
Família: Thraupidae.
Habitat: Áreas abertas com vegetação densa, como bordas de matas, cerrados, capoeiras, matas ciliares e áreas rurais.
Local onde é encontrado: No Brasil, está presente em diversas regiões, principalmente nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Azulão (Cyanoloxia brissonii): A joia azul dos campos e cerrados brasileiros
O azulão (Cyanoloxia brissonii) é uma das aves mais admiradas da avifauna sul-americana, tanto por sua beleza quanto por seu canto melodioso. Pertencente à família Thraupidae, que inclui os sanhaços e tiês, o azulão é conhecido pelo intenso azul metálico do macho e pela vocalização que ecoa por matas e campos abertos. Apesar de sua popularidade, essa ave enfrenta ameaças que exigem atenção e esforços de conservação.
O azulão apresenta dimorfismo sexual bem definido. O macho possui plumagem azul-escuro e vibrante, com reflexos metálicos, enquanto a fêmea é marrom-olivácea discreta, o que ajuda na camuflagem durante a incubação dos ovos. A espécie mede cerca de 15 a 18 cm de comprimento e pesa entre 25 e 35 gramas.
O azulão habita áreas abertas com vegetação densa, como bordas de matas, cerrados, capoeiras, matas ciliares e áreas rurais. É uma espécie adaptável, mas evita regiões muito urbanizadas.
Pode ser encontrado em grande parte da América do Sul, incluindo Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai. No Brasil, está presente em diversas regiões, principalmente nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
A época reprodutiva varia conforme a região, mas geralmente ocorre entre setembro e fevereiro. A fêmea constrói o ninho em arbustos ou árvores de pequeno porte. A incubação dura cerca de 13 a 15 dias, e os filhotes permanecem no ninho por aproximadamente 15 dias após o nascimento. Normalmente, são postos 2 a 3 ovos por ninhada.
O azulão é uma ave onívora, com dieta baseada em sementes, frutos, brotos e pequenos insetos. Sua alimentação varia conforme a disponibilidade do ambiente e da estação.
Apesar de não estar classificado como ameaçado globalmente, o azulão sofre com pressões humanas locais que impactam suas populações:
Tráfico e captura ilegal, devido à beleza da plumagem e ao canto apreciado. Desmatamento e fragmentação de habitat. Uso de agrotóxicos, que afeta a disponibilidade de alimento e pode envenenar a espécie.
A captura para o comércio ilegal é uma das principais causas de declínio em algumas regiões brasileiras. Mesmo protegido por lei, o azulão continua sendo alvo de traficantes de animais silvestres.
Como dispersor de sementes e controlador de pequenos insetos, o azulão contribui para o equilíbrio dos ecossistemas onde vive. Além disso, é um indicador ambiental, já que sua presença reflete a qualidade do habitat.
O azulão é extremamente territorial e vocaliza para defender seu espaço.
É uma das espécies mais perseguidas por criadores ilegais de aves de canto no Brasil.
Seu nome popular faz alusão à cor intensa do macho, que pode variar levemente conforme a incidência de luz.
O azulão (Cyanoloxia brissonii) é uma espécie emblemática da avifauna brasileira. Sua beleza e canto não devem ser motivos para sua retirada da natureza, mas sim para inspirar a conservação de seus habitats. A luta contra o tráfico e a valorização da observação de aves em liberdade são caminhos fundamentais para garantir sua permanência em nossos campos e cerrados.
Ramon Ventura.
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