sábado, 23 de abril de 2022

TATU MULITA

Nome popular: Tatu-mulita.

Nome científico: Dasypus hybridus.

Peso: Seu peso varia entre 1,5 e 2,5 kg.

Tamanho: Mede entre 30 e 40 centímetros de comprimento, com uma cauda que pode atingir mais 15 centímetros.

Família: Dasypodidae.

Habitat: Áreas abertas, como campos, cerrados, pampas e bordas de matas, com preferência por solos mais secos e arenosos, ideais para escavação.

Local onde é encontrado: O tatu-mulita é nativo da região sul da América do Sul, sendo encontrado principalmente no sul do Brasil (Rio Grande do Sul).

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tatu-mulita (Dasypus hybridus): Um pequeno gigante da biodiversidade sul-americana

O tatu-mulita, cientificamente conhecido como Dasypus hybridus, é uma espécie de tatu de pequeno porte que integra a rica fauna da América do Sul. Apesar de ser pouco conhecido pelo público em geral, esse animal desempenha um papel importante nos ecossistemas em que vive, principalmente pelo seu comportamento escavador, que ajuda a arejar o solo e controlar populações de insetos.

O tatu-mulita mede entre 30 e 40 centímetros de comprimento, com uma cauda que pode atingir mais 15 centímetros. Seu peso varia entre 1,5 e 2,5 kg. Sua carapaça é composta por sete a nove cintas móveis, o que lhe proporciona boa flexibilidade e mobilidade. A coloração é geralmente acinzentada, com tons mais escuros nas extremidades.

Essa espécie é encontrada em áreas abertas, como campos, cerrados, pampas e bordas de matas, com preferência por solos mais secos e arenosos, ideais para escavação. O tatu-mulita é nativo da região sul da América do Sul, sendo encontrado principalmente no sul do Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai, Paraguai e norte da Argentina.

Sua dieta é onívora, com predominância de insetos como formigas, cupins, larvas e besouros. Também consome frutas, pequenos vertebrados e raízes, sendo um importante controlador biológico de pragas.

A gestação do tatu-mulita dura cerca de 120 dias, e, assim como outras espécies do gênero Dasypus, a fêmea pode dar à luz de dois a quatro filhotes idênticos (monozigóticos). Os filhotes nascem com a carapaça ainda mole, que endurece com o passar das semanas.

O tatu-mulita enfrenta diversas ameaças que comprometem sua sobrevivência:

Perda de habitat devido ao avanço da agricultura e urbanização. Atropelamentos em rodovias. Caça predatória, por ser confundido com outras espécies mais consumidas pela população. Uso de agrotóxicos, que afetam sua alimentação e saúde reprodutiva.

Apesar de ainda não estar classificado como criticamente ameaçado, o declínio populacional regional tem preocupado especialistas, especialmente nas áreas mais impactadas pela atividade humana. O tatu-mulita é considerado uma espécie quase ameaçada (NT - Near Threatened), segundo listas regionais.

Possui hábitos noturnos e solitários, passando o dia em tocas escavadas por ele mesmo. Suas tocas podem chegar a 2 metros de profundidade e são usadas também por outros animais. É um dos poucos mamíferos a apresentar parto múltiplo com filhotes geneticamente idênticos.

Preservar o tatu-mulita é preservar também a saúde dos ecossistemas onde ele habita. A conscientização sobre sua importância ecológica e a criação de políticas de conservação são fundamentais para garantir que esse discreto morador dos campos continue a fazer parte da biodiversidade sul-americana.

Ramon Ventura.

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