Nome popular: Socó-boi-escuro.
Nome científico: Tigrisoma fasciatum.
Peso: Entre 800 gramas e 1,1 kg.
Tamanho: Medindo aproximadamente 63 a 76 centímetros de comprimento.
Família: Ardeidae.
Habitat: Habita rios de águas claras, riachos florestais, igarapés e áreas ribeirinhas densas, geralmente em florestas tropicais e subtropicais úmidas.
Local onde é encontrado: No inclui a região amazônica e partes da Mata Atlântica brasileira, especialmente em estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso e regiões da bacia do rio São Francisco.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Socó-boi-escuro (Tigrisoma fasciatum): O Vigilante Silencioso dos Riachos Tropicais
O socó-boi-escuro, de nome científico Tigrisoma fasciatum, é uma ave da ordem Pelecaniformes e da família Ardeidae, a mesma das garças e dos socós. De hábitos discretos e aparência imponente, essa espécie é conhecida por sua plumagem densa e comportamento reservado, o que a torna uma presença misteriosa nas margens de rios e florestas tropicais.
O socó-boi-escuro é uma ave de porte médio, medindo aproximadamente 63 a 76 centímetros de comprimento e pesando entre 800 gramas e 1,1 kg. Sua plumagem é marcada por tons escuros e padrões listrados (fasciados), que o ajudam a se camuflar entre a vegetação ribeirinha. Possui bico longo e afiado, adaptado para capturar presas aquáticas.
Essa ave habita rios de águas claras, riachos florestais, igarapés e áreas ribeirinhas densas, geralmente em florestas tropicais e subtropicais úmidas. Prefere áreas com vegetação densa, onde pode se esconder com facilidade.
Sua distribuição vai do sul do México até o norte da Argentina, incluindo a região amazônica e partes da Mata Atlântica brasileira, especialmente em estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso e regiões da bacia do rio São Francisco.
O socó-boi-escuro é um predador solitário e paciente. Alimenta-se principalmente de peixes, crustáceos, anfíbios e insetos aquáticos, que captura com rapidez após longos períodos de imobilidade. Essa estratégia de caça o torna quase invisível enquanto espera a aproximação de sua presa.
Pouco se sabe sobre os detalhes reprodutivos da espécie, mas, como outros membros da família Ardeidae, o socó-boi-escuro constrói ninhos em galhos altos próximos à água, utilizando gravetos. A incubação dura cerca de 25 a 30 dias, e os filhotes são cuidados pelos dois pais até estarem prontos para deixar o ninho.
Atualmente, o Tigrisoma fasciatum não é considerado globalmente ameaçado de extinção, estando classificado como "Pouco Preocupante" pela IUCN. No entanto, em determinadas regiões, especialmente no Brasil, a espécie enfrenta riscos locais devido à destruição de habitats ripários, poluição dos cursos d’água e desmatamento.
Além disso, a degradação das matas ciliares e a contaminação por mercúrio em rios amazônicos, causada pela mineração ilegal, afetam diretamente sua alimentação e reprodução.
O nome “socó-boi” é uma referência ao som grave e gutural que essas aves podem emitir, especialmente durante o período reprodutivo.
Por ser extremamente discreto, é frequentemente subestimado nos inventários de biodiversidade, o que dificulta avaliações precisas sobre sua situação populacional.
Sua presença é um indicador ecológico da qualidade dos ecossistemas aquáticos, pois depende de rios limpos e com boa cobertura vegetal.
O socó-boi-escuro é uma ave fascinante, símbolo do equilíbrio dos ecossistemas aquáticos tropicais. Sua conservação está diretamente ligada à proteção de rios, igarapés e florestas ciliares, ambientes vitais para centenas de outras espécies. Conhecer e valorizar aves como o Tigrisoma fasciatum é um passo essencial para preservar a riqueza natural do Brasil.
Ramon Ventura
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