
Nome popular: Lobo-guará.
Nome científico: Chrysocyon brachyurus.
Peso: Seu peso varia de 20 a 30 kg.
Tamanho: Ele mede entre 1,10 e 1,30 metros de comprimento (do focinho à cauda).
Família: Canídea.
Habitat: O habitat natural do lobo-guará inclui campos, cerrados, savanas e áreas abertas com vegetação rasteira ou arbustiva.
Local onde é encontrado: No Brasil, é mais comum nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus): O guardião das savanas sul-americanas
O lobo-guará, de nome científico Chrysocyon brachyurus, é o maior canídeo da América do Sul e uma das espécies mais emblemáticas da fauna brasileira. Apesar de seu nome, não é um lobo verdadeiro, mas sim uma espécie única, com características próprias que o diferenciam de todos os outros canídeos do mundo.
O lobo-guará possui corpo esguio e pernas extremamente longas, uma adaptação perfeita para se locomover em campos abertos e vegetações altas. Ele mede entre 1,10 e 1,30 metros de comprimento (do focinho à cauda), podendo atingir até 90 cm de altura na cernelha. Seu peso varia de 20 a 30 kg. A pelagem é de cor alaranjada-avermelhada, com manchas pretas nas pernas e dorso, além de uma característica crina escura que se eriça quando o animal se sente ameaçado.
O habitat natural do lobo-guará inclui campos, cerrados, savanas e áreas abertas com vegetação rasteira ou arbustiva. Ele é encontrado em diversas regiões do Brasil, especialmente no Cerrado, mas também ocorre em partes da Bolívia, Paraguai, Argentina e sul do Peru. No Brasil, é mais comum nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste.
O lobo-guará é um animal onívoro, com dieta bastante variada. Alimenta-se de frutas (principalmente a lobeira), pequenos mamíferos, aves, insetos, répteis e ovos. A fruta conhecida como lobeira ou fruta-do-lobo (Solanum lycocarpum) é uma parte essencial de sua dieta e auxilia na digestão das proteínas de origem animal.
A reprodução ocorre geralmente entre abril e junho. A gestação dura cerca de 65 dias, e a fêmea dá à luz de 2 a 5 filhotes, que nascem com pelagem escura e vão adquirindo a coloração típica à medida que crescem. Os filhotes permanecem com os pais por vários meses até se tornarem independentes.
Embora seja um animal solitário e pouco agressivo, o lobo-guará está classificado como quase ameaçado (NT) pela Lista Vermelha da IUCN. No Brasil, consta como vulnerável em algumas listas estaduais. Os principais fatores de ameaça são:
Destruição e fragmentação do habitat (especialmente do Cerrado). Atropelamentos em rodovias. Caça ilegal, mesmo não sendo perigoso ao ser humano. Doenças transmitidas por cães domésticos, como cinomose e parvovirose.
O lobo-guará desempenha papel fundamental na dispersão de sementes, especialmente da lobeira, contribuindo para a regeneração natural do Cerrado.
Apesar do nome, ele não forma matilhas como os lobos, sendo solitário e de hábitos crepusculares e noturnos.
Seu nome em tupi-guarani, aguará, significa “raposa”, uma referência à aparência esguia e cor avermelhada.
Tem excelente audição e olfato, que usa para detectar presas escondidas sob a vegetação.
O lobo-guará é um símbolo do equilíbrio ecológico do Cerrado brasileiro. Proteger essa espécie significa conservar um dos biomas mais ricos — e também mais ameaçados — do planeta. Sua preservação depende da criação de corredores ecológicos, proteção de áreas nativas e da conscientização da população sobre a sua importância.
Ramon Ventura.
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