
Nome popular: Tamanduá-bandeira.
Nome científico: Myrmecophaga tridactyla.
Peso: varia entre 30 e 45 kg nos machos adultos.
Tamanho: Pode atingir até 2,20 metros de comprimento, incluindo a cauda.
Família: Myrmecophagidae.
Habitat: vive em uma grande variedade de ambientes terrestres, desde cerrados e campos abertos até florestas tropicais e pantanais.
Local onde é encontrado: No Brasil, ocorre em quase todos os biomas, com maior frequência no Cerrado e Pantanal.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla): O gigante gentil dos campos sul-americanos
O tamanduá-bandeira, também conhecido como tamanduá-açu, é um dos mamíferos mais curiosos e emblemáticos da fauna sul-americana. Seu nome científico é Myrmecophaga tridactyla, que significa literalmente "comedora de formigas de três dedos", fazendo referência ao seu hábito alimentar e à anatomia de suas patas dianteiras.
Este tamanduá é o maior da sua família (Myrmecophagidae) e pode atingir até 2,20 metros de comprimento, incluindo a cauda, com peso que varia entre 30 e 45 kg nos machos adultos. Seu corpo é robusto e coberto por pelos longos, sendo a cauda volumosa e coberta por uma pelagem densa, semelhante a uma “bandeira” — de onde vem o nome popular.
Possui focinho longo, sem dentes, e uma língua comprida e pegajosa, que pode medir mais de 60 cm, ideal para capturar formigas e cupins. Suas patas dianteiras apresentam três garras longas e curvas, usadas tanto para escavar quanto para se defender.
O tamanduá-bandeira vive em uma grande variedade de ambientes terrestres, desde cerrados e campos abertos até florestas tropicais e pantanais. Está presente em grande parte da América do Sul, incluindo Brasil, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Paraguai e norte da Argentina. No Brasil, ocorre em quase todos os biomas, com maior frequência no Cerrado e Pantanal.
É um insetívoro especializado, alimentando-se principalmente de formigas e cupins. Com seu olfato apurado, localiza ninhos e colônias e os rompe com as garras, usando a língua para capturar os insetos rapidamente — pode ingerir até 30 mil insetos por dia.
A gestação dura aproximadamente 190 dias (6 meses), e a fêmea dá à luz um único filhote por vez. O filhote sobe nas costas da mãe logo após o nascimento e ali permanece durante vários meses, camuflado pela pelagem da mãe.
O tamanduá-bandeira está listado como Vulnerável à extinção na Lista Vermelha da IUCN e também no Brasil. Suas principais ameaças incluem:
Desmatamento e perda de habitat natural. Queimadas, comuns no Cerrado e Pantanal. Atropelamentos em rodovias. Caça ilegal. Ataques de cães domésticos.
Essa espécie é particularmente sensível a distúrbios ambientais e apresenta baixa taxa reprodutiva, o que dificulta sua recuperação populacional.
É um animal solitário, de hábitos diurnos ou crepusculares.
Não possui dentes e não mastiga o alimento.
Apesar de pacífico, pode se defender com força usando as garras poderosas.
Cumpre um papel ecológico essencial ao controlar populações de insetos.
O tamanduá-bandeira é um símbolo da biodiversidade do Cerrado e do Pantanal. Sua conservação depende de ações integradas, como a criação de corredores ecológicos, controle de queimadas, proteção das áreas naturais e educação ambiental. Preservar esse gigante gentil é garantir o equilíbrio ecológico de diversos ecossistemas sul-americanos.
Ramon Ventura.
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