
Nome popular: Sagui-da-serra-escura.
Nome científico: Callithrix aurita.
Peso: O peso médio dos adultos varia entre 350 e 400 gramas.
Tamanho: seu comprimento corporal pode chegar a 22 a 30 centímetros, sem contar a cauda, que é longa e peluda, medindo até 40 cm.
Família: Callitrichidae.
Habitat: Florestas tropicais e subtropicais úmidas, principalmente em áreas de mata densa de altitude.
Local onde é encontrado: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Sagui-da-serra-escura (Callithrix aurita): o pequeno primata ameaçado da Mata Atlântica
O Sagui-da-serra-escura, também conhecido como sagui-da-serra, é um primata endêmico do Brasil, cujo nome científico é Callithrix aurita. Considerado um dos saguis mais ameaçados do país, essa espécie destaca-se por suas orelhas peludas com tufos pretos, que contrastam com o corpo de coloração acinzentada.
O Callithrix aurita é um dos menores primatas da fauna brasileira. O peso médio dos adultos varia entre 350 e 400 gramas, e seu comprimento corporal pode chegar a 22 a 30 centímetros, sem contar a cauda, que é longa e peluda, medindo até 40 cm.
O habitat natural do sagui-da-serra-escura são as florestas tropicais e subtropicais úmidas, principalmente em áreas de mata densa de altitude. A espécie é endêmica da Mata Atlântica, sendo encontrada em trechos fragmentados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Sua dieta é variada e adaptável, composta principalmente por gomas de árvores, frutos, insetos, pequenos vertebrados e néctar. Os saguis têm dentes inferiores adaptados para perfurar cascas de árvores e extrair seiva, um de seus principais alimentos.
A gestação do sagui-da-serra-escura dura em média 140 a 150 dias. As fêmeas geralmente dão à luz dois filhotes por ninhada, e os cuidados com os recém-nascidos são compartilhados entre os membros do grupo, o que inclui o macho e outros adultos, comportamento comum entre os calitriquídeos.
O sagui-da-serra-escura está classificado como "Criticamente em Perigo" na Lista Vermelha da IUCN e também nas listas oficiais brasileiras. O principal fator que ameaça sua sobrevivência é a destruição e fragmentação do habitat causada pela expansão urbana, agropecuária, mineração e construção de estradas.
Além disso, sofre com a hibridização com saguis invasores, como o sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) e o sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), espécies introduzidas em áreas onde o C. aurita ocorre naturalmente. Essa mistura genética representa uma ameaça direta à integridade da espécie, podendo levar à sua extinção genética.
Como dispersores de sementes e consumidores de insetos, os saguis desempenham papel fundamental no equilíbrio ecológico da Mata Atlântica. A conservação do Callithrix aurita não protege apenas a espécie, mas ajuda a preservar toda a cadeia ecológica da qual ele faz parte.
Atualmente, há projetos voltados à conservação da espécie, como programas de monitoramento populacional, criação em cativeiro, e educação ambiental, além de esforços para controlar a presença de espécies exóticas invasoras em seu território natural.
Ramon Ventura.
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