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(Foto: Gloria
Jafet/Fundação Parque Zoológico de São Paulo)
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Nome popular: Ararinha-azul.
Nome científico: Cyanopsitta spixii.
Peso: Aproximadamente 300 gramas.
Tamanho: Medindo cerca de 55 a 60 centímetros de comprimento.
Família: Psittacidae.
Habitat: Matas ciliares do semiárido nordestino, especialmente aquelas próximas ao Rio São Francisco.
Local onde é encontrado: No interior da Bahia, mais precisamente na região de Curaçá.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii): O símbolo da conservação no Brasil
A Ararinha-azul, de nome científico Cyanopsitta spixii, é uma das aves mais emblemáticas da fauna brasileira e símbolo internacional dos esforços de conservação de espécies ameaçadas. Pertencente à família Psittacidae, essa ave encanta pela coloração azul vibrante e pela sua história de quase extinção na natureza.
A Ararinha-azul possui porte médio, medindo cerca de 55 a 60 centímetros de comprimento e pesando aproximadamente 300 gramas. Sua plumagem é composta por diferentes tons de azul — mais claro na cabeça e na parte inferior do corpo, e mais escuro nas asas e na cauda — tornando-a inconfundível entre os psitacídeos.
O habitat natural da ararinha-azul são as matas ciliares do semiárido nordestino, especialmente aquelas próximas ao Rio São Francisco, no interior da Bahia, mais precisamente na região de Curaçá. Ela está associada a áreas de Caatinga, especialmente onde existem árvores do gênero caraibeira (Tabebuia aurea), que fornecem cavidades naturais para a nidificação.
A dieta da ararinha-azul é composta principalmente por sementes, frutas, flores e néctar. Ela tem uma forte relação com algumas espécies vegetais da Caatinga, sendo um importante dispersor de sementes na região.
A gestação, ou melhor dizendo, o período reprodutivo da espécie inclui a postura de 2 a 3 ovos por ninhada, incubados pela fêmea por cerca de 26 a 28 dias. Os filhotes permanecem no ninho por até 2 meses, sob cuidados parentais.
A ararinha-azul foi considerada extinta na natureza por quase duas décadas, com os últimos registros selvagens datando de 2000. Entre os principais fatores que levaram a espécie a essa situação crítica estão:
Desmatamento e degradação do habitat. Tráfico ilegal de animais silvestres. Baixa diversidade genética e dificuldade reprodutiva em cativeiro.
Graças a programas internacionais de reprodução em cativeiro e esforços conjuntos de organizações ambientais e governos, a ararinha-azul teve indivíduos reintroduzidos na natureza a partir de 2020, em áreas protegidas no seu habitat original, na Bahia. Ainda assim, a espécie permanece criticamente ameaçada de extinção, sendo alvo de contínuos programas de monitoramento, proteção e educação ambiental.
A Ararinha-azul ficou mundialmente famosa após inspirar o personagem Blu, do filme de animação “Rio” (2011).
É uma das aves mais raras do mundo, e sua história representa um dos maiores esforços de conservação já realizados no Brasil.
Ramon Ventura.
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