sexta-feira, 6 de março de 2020

BALEIA JUBARTE

Nome popular: Baleia-jubarte.

Nome científico: Megaptera novaeangliae.

Peso: Pesa impressionantes 30 a 40 toneladas.

Tamanho: Até 16 metros de comprimento.

Família: Balaenopteridae.

Habitat: Regiões polares e áreas de reprodução em águas tropicais ou subtropicais.

Local onde é encontrado: Entre o Espírito Santo e a Bahia.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae): A gigante dos mares que encanta e precisa ser protegida

A baleia-jubarte, conhecida cientificamente como Megaptera novaeangliae, é uma das espécies de cetáceos mais admiradas do planeta. Famosa por seus saltos espetaculares e pelos complexos cantos emitidos pelos machos, essa baleia é símbolo da beleza e da grandiosidade dos oceanos. Apesar dos avanços na conservação, a espécie ainda exige atenção diante das crescentes ameaças humanas aos ambientes marinhos.

Pertencente à família Balaenopteridae, a baleia-jubarte é um misticeto, ou seja, um cetáceo que se alimenta por meio de barbatanas filtradoras em vez de dentes. Seu corpo pode atingir até 16 metros de comprimento e pesar impressionantes 30 a 40 toneladas. O nome “jubarte” se refere à proeminente curvatura dorsal que exibe ao mergulhar.

Uma de suas marcas registradas são as longas nadadeiras peitorais, que podem medir até 5 metros, e o corpo com coloração preta ou cinza-escura com manchas claras, especialmente na parte ventral da cauda e nadadeiras.

A baleia-jubarte tem uma distribuição cosmopolita, ocorrendo em todos os oceanos do mundo. Realiza longas migrações anuais entre áreas de alimentação em regiões polares e áreas de reprodução em águas tropicais ou subtropicais.

No Brasil, as jubartes são avistadas com frequência no litoral nordeste e sudeste, especialmente entre o Espírito Santo e a Bahia, onde se reproduzem e amamentam os filhotes, principalmente no arquipélago de Abrolhos, um dos berçários mais importantes da espécie no Atlântico Sul.

A gestação da baleia-jubarte dura cerca de 11 a 12 meses, com o nascimento de um único filhote, que já mede aproximadamente 4 metros de comprimento e pesa cerca de 1 tonelada. Os filhotes são amamentados por até 1 ano e permanecem ao lado da mãe durante as primeiras migrações.

A maturidade sexual é atingida entre 5 e 10 anos de idade, e o intervalo entre as gestações é de dois a três anos, o que torna a recuperação populacional relativamente lenta.

Apesar de seu tamanho colossal, a jubarte se alimenta de pequenos organismos marinhos, como:

Krill (crustáceos planctônicos). Pequenos cardumes de peixes (arenques, sardinhas, anchovas).

Utiliza uma técnica conhecida como rede de bolhas, em que solta bolhas em espiral para agrupar as presas, tornando mais eficiente sua captura com a boca aberta.

Durante o século XX, a baleia-jubarte foi alvo intenso da caça comercial, o que levou a uma drástica redução populacional. Embora sua situação tenha melhorado, a espécie ainda enfrenta vários desafios, como:

Colisões com embarcações, especialmente nas rotas migratórias e áreas de turismo;

Emalhamento em redes de pesca, que pode causar ferimentos graves ou morte por afogamento;

Poluição sonora, que interfere na comunicação e navegação das baleias;

Mudanças climáticas, que afetam a disponibilidade de alimento em regiões polares.

A espécie é classificada atualmente como “Menos Preocupante (LC)” pela IUCN, mas no Brasil ainda é protegida por leis ambientais específicas, dada sua importância ecológica e o histórico de exploração.

As baleias-jubarte têm papel fundamental nos ecossistemas oceânicos. Ao defecar em áreas ricas em nutrientes, contribuem para o ciclo de fertilização marinha, estimulando o crescimento de fitoplâncton — base da cadeia alimentar oceânica.

Além disso, são espécies-chave no ecoturismo sustentável, atraindo observadores de baleias e gerando renda para comunidades costeiras.

A recuperação da baleia-jubarte é um exemplo positivo de como ações de conservação internacional podem funcionar. No entanto, a luta está longe de terminar. A proteção dos mares, o respeito aos corredores migratórios e a regulamentação da atividade humana nas áreas costeiras continuam essenciais.

Proteger a baleia-jubarte é proteger o futuro dos oceanos — e a herança natural de todos nós.


Ramon Ventura.

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