quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

PICA PAU AMARELO

Nome popular: Pica-pau-amarelo

Nome científico: Celeus flavus

Tamanho: Mede entre 24 e 26 centímetros de comprimento

Peso: Pesa entre 95 e 131 gramas.

Habitat: Habita florestas ralas, plantações de cacau, florestas de várzea, capoeiras e florestas em áreas pantanosas.

Local onde é encontrado: Ele ocorre nas regiões Norte e Centro-Oeste, além dos Estados de Alagoas, Bahia e Espírito Santo.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.

O mais famoso das 42 espécies de pica-paus existentes no Brasil certamente é o pica-pau-amarelo. Monteiro Lobato imortalizou essa pequena ave ao dar seu nome ao sítio que é cenário da principal obra da literatura infantil brasileira. Curiosamente, a distribuição geográfica do pica-pau-amarelo não inclui a região Sudeste, onde ficaria o sítio. Ele ocorre nas regiões Norte e Centro-Oeste, além dos Estados de Alagoas, Bahia e Espírito Santo. 

Ele é encontrado em florestas, plantações de cacau, capoeiras e áreas pantanosas. É uma ave solitária, sendo mais sociável e encontrada em pequenos grupos na época da reprodução. O casal formado faz seu ninho em árvores altas e de preferências mortas. Altas para darem maior proteção em relação a predadores e mortas para ser mais fácil fazer o buraco para o ninho, onde são postos normalmente três ovos brancos e brilhantes. 

Assim como todos os pica-paus, o amarelo tem como principal característica o bico pontiagudo e resistente, que usa para perfurar o tronco de árvores em busca de larvas e insetos que encontra na casca dos troncos. Com isso, a ave ajuda a manter as árvores saudáveis, controlando essa população de larvas e insetos que podem destruir o interior da planta. Ele também quebra cupinzeiros e formigueiros que ficam no alto das árvores para se alimentar e, eventualmente, come algum fruto. 

O pica-pau chega a dar 100 batidas por minuto com seu bico em um tronco. Para conseguir essa proeza, ele tem músculos do pescoço muito fortes, assim como os pés, que precisam mantê-lo na posição vertical enquanto bica.

A espécie possui quatro subespécies reconhecidas: Celeus flavus flavus, Celeus flavus subflavus, Celeus flavus tectricialis e Celeus flavus peruvianus. A Celeus flavus flavus, endêmica do Brasil e com ocorrência original entre Alagoas e Rio de Janeiro, atualmente é categorizada como “criticamente em perigo” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Acredita-se que não existam mais que 250 indivíduos maduros distribuídos em poucas localidades na Bahia e no Espírito Santo. Essa situação é fruto da perda de área e de qualidade de seu habitat causada por desmatamento e queimadas.


Ramon Ventura
Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br

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