Nome popular: Cambuci.
Nome científico: Campomanesia phaea.
Tamanho: Pode atingir entre 4 a 10 metros de altura.
Família: Myrtaceae.
Habitat: Regiões de mata densa e úmida, em altitudes variadas.
Onde ocorre: No estado de São Paulo, especialmente na região do Alto Tietê, além de trechos da Serra do Mar, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Motivo da busca: Ameaçada de extinção!
Cambuci (Campomanesia phaea): Patrimônio da Mata Atlântica
O Cambuci, cujo nome científico é Campomanesia phaea, é uma frutífera nativa e emblemática da Mata Atlântica brasileira, pertencente à família Myrtaceae — a mesma do jabuticabeira, da goiabeira e da pitangueira. Com seu fruto de sabor intenso e aroma característico, o Cambuci é uma espécie de alto valor ecológico, histórico e cultural.
O Cambuci é uma árvore de porte médio, que pode atingir entre 4 a 10 metros de altura. Apresenta copa densa e folhas verdes brilhantes, sendo ideal para cultivo em pomares, áreas de reflorestamento e também como espécie ornamental em projetos de paisagismo sustentável.
O fruto do Cambuci é arredondado, achatado nas extremidades, de coloração esverdeada mesmo quando maduro. Sua polpa é suculenta, de sabor ácido marcante, ideal para sucos, geleias, doces, compotas e até cervejas artesanais.
O Cambuci é endêmico da Mata Atlântica, ocorrendo originalmente nas regiões de mata densa e úmida, em altitudes variadas. Hoje, está presente principalmente no estado de São Paulo, especialmente na região do Alto Tietê, além de trechos da Serra do Mar, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Historicamente, o Cambuci já foi amplamente cultivado e consumido nas áreas rurais e urbanas da região Sudeste. Seu nome batiza inclusive bairros e cidades, como Cambuci, em São Paulo capital. Sua presença em quintais antigos é um indicativo de sua importância na alimentação e na cultura popular do passado.
Ecologicamente, a espécie contribui para a manutenção da biodiversidade, oferecendo alimento a aves, mamíferos e insetos polinizadores.
Infelizmente, o Cambuci encontra-se ameaçado de extinção devido ao intenso desmatamento da Mata Atlântica, à expansão urbana, à agricultura intensiva e à perda de conhecimento tradicional sobre seu cultivo.
Por ser uma planta endêmica e com distribuição limitada, qualquer perda de habitat afeta severamente sua população natural. Além disso, por décadas foi negligenciado nos sistemas de produção agrícola comercial, o que contribuiu para sua raridade.
Nos últimos anos, iniciativas de resgate do Cambuci vêm ganhando força, com projetos que promovem seu cultivo sustentável, sua introdução em pomares agroflorestais e sua valorização na gastronomia brasileira.
Hoje, o Cambuci começa a ganhar espaço como produto regional de valor agregado, gerando renda a pequenos produtores e atraindo o interesse de chefs e empreendedores do setor alimentício.
O Cambuci (Campomanesia phaea) é muito mais do que uma fruta exótica — é símbolo de uma paisagem que está desaparecendo. Preservá-lo é conservar a história, os sabores e a biodiversidade da Mata Atlântica. Investir em seu cultivo sustentável é um caminho promissor para conciliar tradição, inovação e conservação ambiental.
Ramon ventura.
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