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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

MATA ATLÂNTICA

Nome: Bioma Mata Atlântica.

Tamanho: Já cobriu 1,3 milhões de km², hoje resta apenas 12%.

Habitat: Formada por florestas tropicais e subtropicais úmidas, caracterizadas por alta densidade de árvores, grande diversidade de plantas e clima predominantemente quente e úmido.

Local onde é encontrado: Totalmente nos Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. E parcialmente, nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Motivo da busca: bioma ameaçado de extinção. 

Mata Atlântica: Um Patrimônio Natural em Risco


A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, reconhecida mundialmente como um hotspot de diversidade biológica. Originalmente, estendia-se por aproximadamente 1,3 milhão de km², cobrindo grande parte da costa leste, sudeste e sul do Brasil. Hoje, restam apenas cerca de 12% de sua vegetação original, distribuídos de forma fragmentada.

A Mata Atlântica é formada por florestas tropicais e subtropicais úmidas, caracterizadas por alta densidade de árvores, grande diversidade de plantas e clima predominantemente quente e úmido. É encontrada principalmente em áreas litorâneas, serranas e de planaltos, com ecossistemas variados como restingas, manguezais e florestas de encosta.

Historicamente, a Mata Atlântica abrangia 17 estados brasileiros. Totalmente nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. E parcialmente, nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Atualmente, o bioma ainda está presente, em maior ou menor extensão, em todos esses estados, porém muito reduzido em áreas contínuas.

A biodiversidade da Mata Atlântica é impressionante. Estima-se que o bioma abrigue mais de 20 mil espécies de plantas, sendo cerca de 8 mil endêmicas (ocorrem apenas nessa região). Entre os animais, destacam-se mamíferos como a onça-pintada, o muriqui-do-sul e o tamanduá-bandeira; aves como o mutum-de-penacho e o papagaio-de-cara-roxa; além de répteis, anfíbios e uma infinidade de insetos únicos.

O risco de extinção da Mata Atlântica está diretamente ligado à ação humana. O desmatamento para expansão urbana e agrícola, a fragmentação dos habitats, a poluição de rios e a caça ilegal reduziram drasticamente as áreas preservadas. Como resultado, muitas espécies encontram-se ameaçadas e os serviços ambientais do bioma — como a regulação do clima, a proteção de mananciais e a manutenção da fertilidade do solo — estão comprometidos.

A preservação da Mata Atlântica é essencial para garantir o equilíbrio ecológico, a qualidade de vida das populações humanas e a sobrevivência de espécies únicas. Proteger este patrimônio natural é um compromisso que deve envolver governos, empresas e cidadãos, pois o futuro do bioma é também o futuro do Brasil.


Ramon ventura.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

AMAZÔNIA

Nome: Bioma Amazônia.

Tamanho: Com uma extensão aproximada de 4.196.943 km² em território brasileiro.

Habitat: O habitat do bioma Amazônia é um dos mais ricos e complexos do planeta, marcado por florestas tropicais densas, clima quente e úmido, e uma biodiversidade impressionante.

Local onde é encontrado: Nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Motivo da busca: Bioma ameaçada de extinção.

Bioma Amazônia: O Gigante Verde do Brasil


A Amazônia é o maior bioma do Brasil e uma das regiões mais biodiversas do planeta. Com uma extensão aproximada de 4.196.943 km² em território brasileiro, ela representa cerca de 49% de todo o território nacional. Além do Brasil, esse bioma se estende por outros oito países da América do Sul, mas sua porção brasileira é a mais extensa e rica em diversidade.

O bioma está presente integralmente ou em parte em nove estados da federação:

Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão (parte oeste), Mato Grosso (norte), Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins (extremo norte).

Esses estados integram a chamada Amazônia Legal, uma área definida para fins de planejamento econômico e social, conservação e proteção ambiental.

O habitat do bioma Amazônia é um dos mais ricos e complexos do planeta, marcado por florestas tropicais densas, clima quente e úmido, e uma biodiversidade impressionante. Com vegetação exuberante e uma vasta rede de rios, como o rio Amazonas, essa região abriga milhares de espécies de animais e plantas, muitas exclusivas desse ecossistema. Apesar da aparência fértil, o solo é pobre em nutrientes, e a vida depende da constante reciclagem da matéria orgânica.

A Amazônia abriga aproximadamente 40 mil espécies de plantas, mais de 400 espécies de mamíferos, 1.300 espécies de aves, 400 de anfíbios, 300 de répteis e mais de 3 mil espécies de peixes. Além disso, estima-se que a região contenha 10% de todas as espécies conhecidas no mundo, incluindo muitas ainda não descritas pela ciência.

Essa biodiversidade desempenha um papel fundamental nos ciclos climáticos, no equilíbrio dos ecossistemas e no fornecimento de serviços ambientais essenciais, como o sequestro de carbono, a produção de água e a regulação do clima.

Apesar de sua grandiosidade, o bioma Amazônia enfrenta sérios riscos ambientais. Entre os principais fatores que colocam sua existência em perigo estão:


Desmatamento ilegal, principalmente para expansão agropecuária e extração de madeira;

Mineração predatória, inclusive em terras indígenas;

Construção de grandes obras, como hidrelétricas e estradas, que fragmentam o habitat;

Queimadas criminosas, que degradam o solo e a vegetação;

Mudanças climáticas, que impactam o regime de chuvas e a temperatura da floresta.


Estudos científicos alertam que o bioma pode estar se aproximando de um ponto de não retorno: um estágio crítico em que a floresta perde sua capacidade de regeneração natural, sendo convertida gradualmente em uma savana degradada.

Preservar a Amazônia é fundamental não apenas para o Brasil, mas para todo o planeta. Sua floresta influencia o regime de chuvas de outras regiões, armazena grandes quantidades de carbono e sustenta populações indígenas e comunidades tradicionais que vivem em harmonia com a floresta há séculos.

A conservação do bioma requer políticas públicas eficazes, fiscalização ambiental, valorização da ciência e, sobretudo, o reconhecimento de que a Amazônia é um patrimônio natural estratégico para o futuro da humanidade.


Ramon Ventura.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

TIÊ-SANGUE

Nome popular: Tiê-sangue.

Nome científico: Ramphocelus bresilius.

Peso: Pesa cerca de 30 a 40 gramas.

Tamanho: Aproximadamente 18 a 19 centímetros de comprimento.

Família: Thraupidae.

Habitat: Mata Atlântica.

Local onde é encontrado: Sua ocorrência abrange os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius): A joia vermelha da Mata Atlântica


O Tiê-sangue, cientificamente conhecido como Ramphocelus bresilius, é uma das aves mais emblemáticas e visualmente marcantes da avifauna brasileira. Pertencente à família Thraupidae, essa ave chama a atenção pelo seu deslumbrante colorido vermelho-vivo contrastando com asas e cauda negras, que conferem ao macho uma aparência única na natureza.

O Tiê-sangue pesa cerca de 30 a 40 gramas e mede aproximadamente 18 a 19 centímetros de comprimento. A diferença entre machos e fêmeas é evidente: enquanto o macho ostenta uma plumagem vermelha intensa, a fêmea exibe tons mais discretos de marrom-avermelhado, o que a ajuda na camuflagem durante o período reprodutivo.

Essa ave é endêmica do Brasil, sendo encontrada principalmente na Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos e também mais ameaçados do país. Sua ocorrência abrange os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, com registros em florestas densas, matas secundárias e até áreas urbanizadas com vegetação preservada.

O Tiê-sangue é uma ave monogâmica e sua época de reprodução ocorre, em geral, durante a primavera e o verão. A fêmea constrói o ninho em arbustos ou árvores baixas, onde deposita de 2 a 3 ovos, que são incubados por cerca de 12 a 14 dias. Os filhotes permanecem no ninho por mais algumas semanas até estarem prontos para alçar voo.

Sua alimentação é onívora, composta principalmente por frutas, sementes, pequenos insetos e artrópodes, desempenhando um papel importante na dispersão de sementes e controle de insetos nas florestas.

Embora atualmente classificado como "Pouco Preocupante (LC)" pela Lista Vermelha da IUCN, o Tiê-sangue não está livre de ameaças. A fragmentação e o desmatamento da Mata Atlântica, bem como o tráfico de aves silvestres, são fatores que podem impactar suas populações locais.

A presença de uma espécie na Lista da IUCN, mesmo em categorias de baixo risco, como o LC (Least Concern), é um alerta para a necessidade de monitoramento contínuo. A degradação progressiva do habitat e a perda de conectividade entre áreas verdes podem fazer com que espécies atualmente comuns se tornem vulneráveis em um curto espaço de tempo.

O Tiê-sangue é mais do que uma ave de plumagem vibrante; é um indicador da saúde ambiental da Mata Atlântica. Proteger suas populações significa também proteger o ecossistema ao qual pertence. A observação, o registro científico e o envolvimento da sociedade são essenciais para garantir que espécies como o Tiê-sangue continuem colorindo nossas florestas por muitas gerações.


Ramon ventura.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

JAGUARUNDI

Nome popular: Jaguarundi.

Nome científico: Puma yagouaroundi

Peso: Entre 4,5 e 9 kg.

Tamanho: Comprimento do corpo pode chegar a 60 cm a 80 cm, com a cauda medindo de 30 a 60 cm.

Família: Felidae.

Habitat: Uma ampla variedade de ambientes, desde florestas tropicais e subtropicais até áreas de cerrado, campos abertos e bordas de matas,

Local onde é encontrado: No Brasil, especialmente nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e partes do Sudeste.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Jaguarundi (Puma yagouaroundi): O felino discreto das Américas

O jaguarundi, conhecido também como gato-mourisco ou eirá, é um felino selvagem pouco conhecido, mas extremamente importante para os ecossistemas onde vive. Seu nome científico é Puma yagouaroundi e, apesar de ser parente próximo da onça-parda (Puma concolor), apresenta características únicas que o diferenciam de outros felinos da América do Sul.

O jaguarundi possui um corpo alongado e esguio, com patas curtas, orelhas arredondadas e uma cauda longa. Seu peso varia entre 4,5 e 9 kg, e o comprimento do corpo pode chegar a 60 cm a 80 cm, com a cauda medindo de 30 a 60 cm. A pelagem é curta e uniforme, com coloração que varia entre tons de cinza, castanho, avermelhado e preto. Curiosamente, essas variações de cor não indicam subespécies diferentes, mas sim uma diversidade natural da espécie.

O jaguarundi pertence à família Felidae, a mesma dos grandes felinos, como onças e leopardos. Dentro do gênero Puma, ele é o único outro representante além da onça-parda.

Este felino habita uma ampla variedade de ambientes, desde florestas tropicais e subtropicais até áreas de cerrado, campos abertos e bordas de matas. Ele prefere regiões com vegetação densa, próximas a cursos d’água. A espécie é encontrada do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, com presença significativa no Brasil, especialmente nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e partes do Sudeste.

A reprodução do jaguarundi ocorre durante o ano todo, e a fêmea pode dar à luz de 1 a 4 filhotes após um período de gestação que dura cerca de 70 a 75 dias. Os filhotes nascem com manchas que desaparecem à medida que crescem.

O jaguarundi é carnívoro e oportunista, com uma dieta composta por pequenos mamíferos (como roedores), aves, répteis e até mesmo alguns insetos. Por vezes, pode se alimentar de frutos, principalmente em épocas de escassez de presas. Sua habilidade de caça diurna o diferencia de outros felinos tipicamente noturnos.

Apesar de ainda ser classificado como "Pouco Preocupante" (LC) pela Lista Vermelha da IUCN, o jaguarundi enfrenta sérias ameaças em diversas regiões. A destruição e fragmentação do habitat, causada pela expansão agrícola, urbanização e queimadas, é um dos principais fatores de risco. Além disso, o atropelamento em rodovias e a caça ilegal também contribuem para o declínio de suas populações.

Diferente da maioria dos felinos, o jaguarundi é ativo durante o dia (diurno).

Seu comportamento é solitário e bastante territorial.

Raramente vocaliza, mas é capaz de emitir sons diversos, como assobios, roncos e chilreios.

O jaguarundi é uma espécie discreta, mas vital para o equilíbrio ecológico das áreas onde vive. Sua presença é um indicativo de ecossistemas saudáveis, e sua conservação depende diretamente da proteção dos habitats naturais e da conscientização sobre sua importância. Conhecer e valorizar espécies como o jaguarundi é um passo essencial para a preservação da biodiversidade brasileira.

Ramon Ventura.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

SOCÓ BOI ESCURO


Nome popular:
Socó-boi-escuro.

Nome científico: Tigrisoma fasciatum.

Peso: Entre 800 gramas e 1,1 kg.

Tamanho: Medindo aproximadamente 63 a 76 centímetros de comprimento.

Família: Ardeidae.

Habitat: Habita rios de águas claras, riachos florestais, igarapés e áreas ribeirinhas densas, geralmente em florestas tropicais e subtropicais úmidas.

Local onde é encontrado: No inclui a região amazônica e partes da Mata Atlântica brasileira, especialmente em estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso e regiões da bacia do rio São Francisco.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Socó-boi-escuro (Tigrisoma fasciatum): O Vigilante Silencioso dos Riachos Tropicais


O socó-boi-escuro, de nome científico Tigrisoma fasciatum, é uma ave da ordem Pelecaniformes e da família Ardeidae, a mesma das garças e dos socós. De hábitos discretos e aparência imponente, essa espécie é conhecida por sua plumagem densa e comportamento reservado, o que a torna uma presença misteriosa nas margens de rios e florestas tropicais.

O socó-boi-escuro é uma ave de porte médio, medindo aproximadamente 63 a 76 centímetros de comprimento e pesando entre 800 gramas e 1,1 kg. Sua plumagem é marcada por tons escuros e padrões listrados (fasciados), que o ajudam a se camuflar entre a vegetação ribeirinha. Possui bico longo e afiado, adaptado para capturar presas aquáticas.

Essa ave habita rios de águas claras, riachos florestais, igarapés e áreas ribeirinhas densas, geralmente em florestas tropicais e subtropicais úmidas. Prefere áreas com vegetação densa, onde pode se esconder com facilidade.

Sua distribuição vai do sul do México até o norte da Argentina, incluindo a região amazônica e partes da Mata Atlântica brasileira, especialmente em estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso e regiões da bacia do rio São Francisco.

O socó-boi-escuro é um predador solitário e paciente. Alimenta-se principalmente de peixes, crustáceos, anfíbios e insetos aquáticos, que captura com rapidez após longos períodos de imobilidade. Essa estratégia de caça o torna quase invisível enquanto espera a aproximação de sua presa.

Pouco se sabe sobre os detalhes reprodutivos da espécie, mas, como outros membros da família Ardeidae, o socó-boi-escuro constrói ninhos em galhos altos próximos à água, utilizando gravetos. A incubação dura cerca de 25 a 30 dias, e os filhotes são cuidados pelos dois pais até estarem prontos para deixar o ninho.

Atualmente, o Tigrisoma fasciatum não é considerado globalmente ameaçado de extinção, estando classificado como "Pouco Preocupante" pela IUCN. No entanto, em determinadas regiões, especialmente no Brasil, a espécie enfrenta riscos locais devido à destruição de habitats ripários, poluição dos cursos d’água e desmatamento.

Além disso, a degradação das matas ciliares e a contaminação por mercúrio em rios amazônicos, causada pela mineração ilegal, afetam diretamente sua alimentação e reprodução.

O nome “socó-boi” é uma referência ao som grave e gutural que essas aves podem emitir, especialmente durante o período reprodutivo.

Por ser extremamente discreto, é frequentemente subestimado nos inventários de biodiversidade, o que dificulta avaliações precisas sobre sua situação populacional.

Sua presença é um indicador ecológico da qualidade dos ecossistemas aquáticos, pois depende de rios limpos e com boa cobertura vegetal.

O socó-boi-escuro é uma ave fascinante, símbolo do equilíbrio dos ecossistemas aquáticos tropicais. Sua conservação está diretamente ligada à proteção de rios, igarapés e florestas ciliares, ambientes vitais para centenas de outras espécies. Conhecer e valorizar aves como o Tigrisoma fasciatum é um passo essencial para preservar a riqueza natural do Brasil.


Ramon Ventura

quarta-feira, 4 de junho de 2025

ONÇA PINTADA


Nome popular:
Onça-pintada.

Nome científico: Panthera onca.

Peso: entre 56 e 135 kg, podendo alguns machos ultrapassar os 150 kg.

Tamanho: Seu comprimento varia de 1,5 a 2,4 metros, incluindo a cauda, que mede cerca de 70 cm.

Família: Felídeos.

Habitat: habita florestas tropicais, savanas, cerrados e áreas de várzea.

Local onde é encontrado: No Brasil, encontra-se principalmente na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Onça-pintada (Panthera onca): Majestade das Américas

A onça-pintada, cujo nome científico é Panthera onca, é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas do tigre e do leão. Ícone da fauna brasileira, esse predador imponente desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio ecológico dos ecossistemas em que vive.

A onça-pintada possui um corpo robusto, musculoso e adaptado para a caça. Os adultos pesam entre 56 e 135 kg, podendo alguns machos ultrapassar os 150 kg em áreas como o Pantanal. Seu comprimento varia de 1,5 a 2,4 metros, incluindo a cauda, que mede cerca de 70 cm.

A pelagem é dourada com manchas pretas em forma de rosetas, o que ajuda na camuflagem entre a vegetação densa. Existem também casos raros de melanismo, nos quais o animal apresenta coloração preta, sendo erroneamente chamado de “pantera negra”.

A onça-pintada habita florestas tropicais, savanas, cerrados e áreas de várzea. Sua presença já foi registrada desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, embora atualmente esteja restrita a regiões mais ao sul do México, América Central e América do Sul.

No Brasil, encontra-se principalmente na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, sendo o Pantanal uma das regiões com maior densidade populacional da espécie.

A reprodução da onça-pintada não possui época fixa, podendo ocorrer durante o ano todo. A gestação dura cerca de 90 a 110 dias, resultando no nascimento de um a quatro filhotes, geralmente dois. Os filhotes nascem cegos e permanecem com a mãe até cerca de dois anos de idade, quando se tornam independentes.

A onça-pintada é um carnívoro oportunista e um predador de topo de cadeia. Sua dieta é extremamente variada e inclui capivaras, queixadas, veados, jacarés, tatus, aves e até bois, quando próxima de áreas rurais. Seu estilo de caça é caracterizado pelo ataque surpresa e uma mordida poderosa, capaz de perfurar o crânio da presa.

Apesar de sua força e adaptabilidade, a onça-pintada está ameaçada de extinção, especialmente fora da Amazônia. Entre os principais fatores de risco estão:

Perda e fragmentação do habitat devido ao desmatamento e à expansão agropecuária. Caça ilegal, tanto por retaliação à predação de animais domésticos quanto por troféus ou peles. Redução da oferta de presas naturais, causada por desequilíbrios ambientais.

A espécie é classificada como “quase ameaçada” globalmente pela Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), mas em alguns biomas brasileiros, como a Mata Atlântica, encontra-se criticamente ameaçada.

A onça-pintada é excelente nadadora e costuma viver próxima a corpos d'água. É um animal solitário e territorialista, marcando grandes áreas com arranhões, urina e fezes. Tem grande importância cultural para diversos povos indígenas e é símbolo da biodiversidade brasileira.

Proteger a onça-pintada é preservar a riqueza natural do Brasil. Seu desaparecimento acarretaria desequilíbrios ecológicos severos. Esforços de conservação, como a criação de áreas protegidas, corredores ecológicos e ações de educação ambiental, são essenciais para garantir a sobrevivência dessa majestosa espécie nas próximas gerações.


Ramon Ventura

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

BOTO-DO-ARAGUAIA

Nome popular: Boto-do-Araguaia.

Nome científico: Inia araguaiaensis.

Peso: Até 140 quilos.

Tamanho: Cerca de 2,5 metros de comprimento.

Família: Iniidae.

Habitat: os rios e afluentes do rio Araguaia e Tocantins.

Local onde é encontrado: Nos Estados como Pará, Tocantins, Maranhão, Goiás e Mato Grosso, além do Distrito Federal.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Boto-do-Araguaia (Inia araguaiaensis): Um Tesouro das Águas Brasileiras

O Boto-do-Araguaia, cujo nome científico é Inia araguaiaensis, é uma espécie de golfinho de água doce descoberta oficialmente em 2014, endêmica do rio Araguaia, no Brasil. Essa descoberta representou um marco importante na ciência, pois foi a primeira nova espécie de golfinho identificada em mais de um século.

Pertencente à família Iniidae, o Boto-do-Araguaia pode pesar até 140 quilos e atingir cerca de 2,5 metros de comprimento. Seu corpo é robusto, com uma coloração que varia do cinza ao rosado, semelhante ao seu parente mais conhecido, o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), com o qual era anteriormente confundido.

Seu habitat natural são os rios e afluentes do rio Araguaia e Tocantins, abrangendo estados como Pará, Tocantins, Maranhão, Goiás e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Mais especificamente, a espécie foi descoberta no Parque Estadual do Cantão, localizado entre os municípios de Caseara e Pium, no estado do Tocantins. Em áreas de água doce e correnteza moderada, preferencialmente com vegetação ripária e margens preservadas. Essa espécie possui distribuição geográfica restrita, o que aumenta sua vulnerabilidade ambiental.

A gestação do boto-do-Araguaia dura cerca de 11 meses, resultando geralmente no nascimento de um único filhote, que depende intensamente da mãe nos primeiros meses de vida. Essa baixa taxa reprodutiva torna a recuperação populacional lenta frente às ameaças.

Em termos de alimentação, a espécie é carnívora, se alimentando principalmente de peixes, utilizando a ecolocalização para caçar em águas turvas. Seu papel como predador de topo é essencial para o equilíbrio ecológico dos rios em que vive.

Apesar de sua importância ecológica, o Boto-do-Araguaia corre sério risco de extinção. As principais ameaças incluem:

Barragens hidroelétricas, que fragmentam seu habitat e isolam populações.

Assoreamento e poluição dos rios, que afetam a disponibilidade de alimento e a qualidade da água.

Pesca predatória e acidental, onde muitos indivíduos acabam presos em redes.

Expansão agropecuária e destruição da mata ciliar, que comprometem a estrutura do ecossistema aquático.

Atualmente, a espécie ainda não possui uma avaliação oficial pela Lista Vermelha da IUCN, mas sua situação demanda atenção urgente, visto seu território restrito e o crescente impacto humano sobre o bioma amazônico e cerrado.

A conservação do Boto-do-Araguaia depende de medidas como a criação de unidades de conservação, a fiscalização da pesca ilegal, o monitoramento populacional e o engajamento das comunidades ribeirinhas. Proteger essa espécie é preservar a riqueza única dos rios brasileiros e garantir o equilíbrio ecológico para as futuras gerações.


Ramon ventura.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

LAGARTO-DE-CAUDA-VERDE

Nome popular: Lagarto-de-Cauda-Verde.

Nome científico: Cnemidophorus littoralis.

Peso: Cerca de 50 a 100 gramas.

Tamanho: De 20 a 30 centímetros.

Família: Teiidae.

Habitat: Ambientes arenosos e vegetação rasteira das restingas, ecossistemas costeiros frágeis, com solo pobre em nutrientes e sujeitos à salinidade.

Local onde é encontrado: Restrita ao estado do Rio de Janeiro, especialmente em áreas de restinga no litoral fluminense, como as regiões de Maricá, Saquarema e Arraial do Cabo.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Lagarto-de-Cauda-Verde (Cnemidophorus littoralis): Um Tesouro das Restingas Brasileiras

O lagarto-de-cauda-verde, cientificamente conhecido como Cnemidophorus littoralis, é uma espécie endêmica do Brasil e representa um dos répteis mais singulares dos ecossistemas costeiros. Sua beleza marcante, aliada à sua raridade, torna-o um importante indicador da saúde ambiental dos ambientes em que vive.

Essa espécie pertence à família Teiidae, que agrupa os chamados “teiús” e lagartos corredores. O lagarto-de-cauda-verde possui corpo delgado, com um comprimento que pode variar de 20 a 30 centímetros e um peso que pode chegar a cerca de 50 a 100 gramas. Com coloração variando entre tons de marrom e verde-oliva, e uma cauda alongada de coloração esverdeada vívida — de onde deriva seu nome popular.

Esse réptil é endêmico das restingas da costa sudeste do Brasil, com ocorrência restrita ao estado do Rio de Janeiro, especialmente em áreas de restinga no litoral fluminense, como as regiões de Maricá, Saquarema e Arraial do Cabo. Seu habitat natural são os ambientes arenosos e vegetação rasteira das restingas, ecossistemas costeiros frágeis, com solo pobre em nutrientes e sujeitos à salinidade, onde a espécie se adapta com grande eficiência.

O lagarto-de-cauda-verde apresenta reprodução ovípara, com fêmeas depositando de 1 a 5 ovos por ninhada, geralmente entre os meses mais quentes do ano. A incubação dos ovos ocorre no solo arenoso e dura cerca de 60 a 80 dias, dependendo da temperatura e umidade ambiental.

A dieta da espécie é insetívora, composta principalmente por formigas, cupins, pequenos besouros, aranhas e outros invertebrados encontrados entre a vegetação rasteira e o solo das restingas. Sua alimentação contribui para o equilíbrio ecológico local, ajudando no controle de populações de insetos.

O lagarto-de-cauda-verde está atualmente classificado como Criticamente em Perigo (CR) pela Lista Vermelha da IUCN, e também figura nas listas nacionais de espécies ameaçadas. As principais ameaças incluem:

Urbanização desordenada das áreas litorâneas, que destrói o habitat natural das restingas.

Turismo e expansão imobiliária, que provocam compactação do solo, poluição e degradação ambiental.

Fragmentação e isolamento populacional, que reduzem a variabilidade genética da espécie.

Com uma distribuição geográfica extremamente limitada, sua sobrevivência depende da preservação de fragmentos intactos de restinga e de ações de conservação urgentes.

A espécie foi descrita pela ciência apenas em 2002, o que mostra como os ecossistemas brasileiros ainda escondem espécies pouco conhecidas.

Apesar de seu tamanho pequeno, é extremamente ágil, sendo difícil de observar em campo.

Serve como importante bioindicador da qualidade ambiental das restingas.

O lagarto-de-cauda-verde (Cnemidophorus littoralis) é um símbolo da biodiversidade oculta e ameaçada dos ecossistemas costeiros brasileiros. Proteger essa espécie é preservar um fragmento único da riqueza natural do Brasil e garantir o equilíbrio dos frágeis ambientes de restinga. A conservação de seu habitat é urgente e essencial para sua sobrevivência.

Ramon ventura.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

ARAPONGA

Nome popular: Araponga.

Nome científico: Procnias nudicollis.

Peso: De 220 a 250 gramas.

Tamanho: Pode variar de 27 a 29 centímetros.

Família: Cotingidae.

Habitat: Matas de planalto e encostas da Mata Atlântica, principalmente em áreas com vegetação densa e bem preservada.

Local onde é encontrado: Pode ser encontrada no sudeste do Brasil, especialmente nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Araponga (Procnias nudicollis): A Voz Mais Potente da Mata Atlântica

A araponga, cientificamente conhecida como Procnias nudicollis, é uma das aves mais emblemáticas da Mata Atlântica. Famosa por emitir um dos cantos mais altos do reino animal, essa espécie encanta observadores de aves e estudiosos por sua peculiaridade vocal e aparência exótica.

Pertencente à família Cotingidae, a araponga apresenta um forte dimorfismo sexual. Os machos são brancos, com a pele azulada e nua ao redor do pescoço e da cabeça — uma característica que a distingue facilmente de outras aves. As fêmeas, por outro lado, possuem plumagem esverdeada, o que proporciona camuflagem eficiente entre a vegetação. O Procnias nudicollis é uma ave de tamanho médio, com um comprimento que pode variar de 27 a 29 centímetros e um peso que pode chegar a cerca de 220 a 250 gramas.

A araponga é uma espécie típica de florestas tropicais úmidas. Seu habitat natural são as matas de planalto e encostas da Mata Atlântica, principalmente em áreas com vegetação densa e bem preservada. Pode ser encontrada no sudeste do Brasil, especialmente nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Também ocorre em partes do Paraguai e nordeste da Argentina.

Durante o período reprodutivo, os machos escolhem poleiros altos para cantar e atrair as fêmeas com seu vocal extremamente potente — que pode ultrapassar os 120 decibéis. A fêmea é responsável por toda a construção do ninho e incubação dos ovos.

Gestação: A fêmea põe geralmente um único ovo, que é incubado por cerca de 20 dias.

Após o nascimento, o filhote permanece no ninho sob os cuidados da mãe por algumas semanas até ganhar independência.

A dieta da araponga é predominantemente frugívora, composta principalmente por frutas nativas da Mata Atlântica. Contudo, também pode consumir insetos e pequenos invertebrados, complementando assim sua alimentação com fontes de proteína.

A araponga está classificada como quase ameaçada (NT - Near Threatened) na Lista Vermelha da IUCN. Sua principal ameaça é a perda de habitat, causada pelo desmatamento desenfreado da Mata Atlântica para atividades agropecuárias, expansão urbana e extração de madeira.

Outros fatores que contribuem para sua vulnerabilidade incluem:

Fragmentação de habitat, que isola populações e dificulta a reprodução;

Caça e captura ilegal, embora menos frequente.

O canto da araponga é considerado um dos sons mais altos entre as aves, comparável ao ruído de uma motosserra.

Por sua vocalização única e aparência exótica, a espécie é amplamente estudada em projetos de bioacústica.

Apesar de seu canto potente, a araponga é uma ave discreta no restante do comportamento, especialmente as fêmeas, que passam boa parte do tempo ocultas na copa das árvores.

A araponga (Procnias nudicollis) é um símbolo sonoro da Mata Atlântica, cuja conservação é fundamental não apenas para manter o equilíbrio do ecossistema, mas também para preservar uma das vozes mais marcantes da natureza brasileira. Proteger essa espécie é garantir que o canto da floresta continue ecoando por muitas gerações.

Ramon Ventura.

domingo, 23 de abril de 2023

GUIGÓ DE COIMBRA FILHO

Nome popular: Guigó-de-Coimbra-Filho.

Nome científico: Callicebus coimbrai.

Peso: De 1 a 2 quilos.

Tamanho: pode variar de 30 a 40 centímetros.

Família: Pitheciidae.

Habitat: Florestas estacionais semidecíduas e áreas de mata atlântica de tabuleiro.

Local onde é encontrado: Encontrado exclusivamente no sul do estado de Sergipe e no extremo nordeste da Bahia.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.


Guigó-de-Coimbra-Filho (Callicebus coimbrai): O Primata Raro do Nordeste Brasileiro


O Guigó-de-Coimbra-Filho, cientificamente chamado de Callicebus coimbrai, é uma das espécies mais emblemáticas e ameaçadas da fauna brasileira. Descoberto recentemente em termos científicos — na década de 1990 — esse pequeno primata carrega em seu nome uma homenagem ao renomado primatólogo brasileiro Adelmar F. Coimbra-Filho, um dos pioneiros na conservação de primatas no país.

O Callicebus coimbrai é um primata de tamanho pequeno, com um comprimento que pode variar de 30 a 40 centímetros, e um peso que pode chegar a cerca de 1 a 2 quilos. A pelagem do Guigó-de-Coimbra-Filho é predominantemente marrom, com uma faixa branca na testa e uma cauda longa e peluda. Seu comportamento é discreto e reservado. Esse Guigó é um macaco do gênero Callicebus, pertencente à família Pitheciidae.

O guigó-de-Coimbra-Filho é endêmico da Mata Atlântica nordestina, encontrado exclusivamente no sul do estado de Sergipe e no extremo nordeste da Bahia, em fragmentos florestais extremamente ameaçados. Seu habitat preferido são as florestas estacionais semidecíduas e áreas de mata atlântica de tabuleiro, geralmente próximas a cursos d'água.

Essa espécie vive em pequenos grupos familiares monogâmicos, geralmente compostos por um casal e seus filhotes. É comum observar o macho como principal responsável por carregar o filhote, entregando-o à fêmea apenas para amamentação.

A gestação do Guigó-de-Coimbra-Filho dura aproximadamente 5 a 6 meses, após os quais a fêmea dá à luz a um único filhote. O filhote é cuidado pela mãe e pelo pai até que se torne independente.

A espécie apresenta cuidados parentais intensivos, o que fortalece os laços sociais do grupo.

O Guigó-de-Coimbra-Filho é predominantemente frugívoro, mas também se alimenta de folhas jovens, sementes, flores e, ocasionalmente, pequenos insetos. Sua dieta depende diretamente da diversidade de espécies vegetais disponíveis nos fragmentos florestais onde vive.

A espécie está classificada como "Criticamente em Perigo" (CR) pela Lista Vermelha da IUCN. As principais ameaças à sua sobrevivência incluem:

Desmatamento e fragmentação do habitat para agricultura, pecuária e expansão urbana;

Caça de subsistência, embora não seja seu principal risco;

Isolamento populacional, que compromete a variabilidade genética e a reprodução saudável.

Estima-se que restem menos de 1.000 indivíduos na natureza, distribuídos em fragmentos florestais cada vez mais reduzidos e isolados.

A espécie foi reconhecida formalmente pela ciência somente em 2002, apesar de já ter sido observada anteriormente.

É considerada uma das espécies de primatas mais ameaçadas do Brasil e do mundo.

Seu nome homenageia o naturalista Adelmar Coimbra-Filho, referência na primatologia e conservação da fauna brasileira.

O Guigó-de-Coimbra-Filho é um símbolo da fragilidade e da urgência na conservação da Mata Atlântica nordestina. Sua sobrevivência depende diretamente da proteção de remanescentes florestais, de políticas públicas eficazes e do engajamento da sociedade. Preservar essa espécie é, também, preservar um legado de conhecimento, diversidade e equilíbrio ambiental.


Ramon ventura.

sábado, 8 de abril de 2023

GALITO

(Foto: WikiAves)
Nome popular: Galito.

Nome científico: Alectrurus tricolor.

Peso: Pesa aproximadamente 16 a 20 gramas.

Tamanho: Mede cerca de 15 a 17 centímetros de comprimento.

Família: Tyrannidae.

Habitat: Prefere campos nativos abertos, pastagens naturais e áreas de cerrado.

Local onde é encontrado: É encontrada principalmente no sul do Brasil, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Galito (Alectrurus tricolor): A ave dos campos em risco

O Galito, cujo nome científico é Alectrurus tricolor, é uma ave pequena e carismática que chama atenção pelo seu comportamento e aparência inconfundíveis. Pertencente à família Tyrannidae, conhecida como a dos tiranídeos ou “papa-moscas”, o Galito habita regiões campestres do Brasil e de alguns países vizinhos da América do Sul.

O Galito pesa aproximadamente 16 a 20 gramas e mede cerca de 15 a 17 centímetros de comprimento. O macho adulto é inconfundível durante o período reprodutivo: possui penas alongadas na cauda que podem ultrapassar o comprimento do corpo, dando-lhe uma aparência espetacular quando realiza seus voos acrobáticos para cortejar as fêmeas. Sua plumagem combina o branco, preto e tons azulados, formando um contraste elegante — daí o nome “tricolor”.

Essa ave prefere campos nativos abertos, pastagens naturais e áreas de cerrado. É encontrada principalmente no sul do Brasil, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além do Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. No entanto, a expansão agrícola e a conversão de campos em plantações têm reduzido drasticamente o seu habitat natural.

A época de reprodução ocorre nos meses mais quentes do ano, geralmente entre outubro e março. O Galito constrói ninhos em gramíneas altas, camuflando-os para proteger os ovos. A fêmea põe de 2 a 3 ovos, e o período de incubação dura cerca de 14 dias. Os filhotes permanecem no ninho por cerca de duas semanas após a eclosão, sendo cuidados exclusivamente pela fêmea.

A dieta do Galito é composta majoritariamente por insetos, como besouros, formigas, gafanhotos e pequenos artrópodes. Ele costuma caçar no chão ou em voo baixo, exibindo um comportamento ágil e oportunista típico dos tiranídeos.

O Galito é considerado uma espécie vulnerável, figurando em listas de espécies ameaçadas de extinção, tanto nacional quanto internacionalmente. A principal ameaça à sua sobrevivência é a perda e degradação do habitat, especialmente devido ao avanço da agricultura, monoculturas, uso de agrotóxicos e urbanização. A substituição dos campos nativos por pastagens exóticas também impacta diretamente sua reprodução e alimentação.

O macho realiza uma dança aérea peculiar durante a corte, com voos verticais e cauda erguida, o que o torna bastante visível no campo.

Fora da época reprodutiva, o macho perde as penas longas da cauda e adquire uma aparência mais semelhante à da fêmea.

A conservação do Galito depende diretamente da preservação dos campos nativos, ecossistemas que, apesar de ricos em biodiversidade, ainda são pouco protegidos no Brasil.

O Galito é um símbolo da beleza e fragilidade dos ecossistemas campestres. Conhecer e proteger essa espécie é essencial para manter a diversidade biológica e os serviços ambientais que os campos nativos oferecem. A educação ambiental e o apoio a práticas sustentáveis no campo são caminhos fundamentais para evitar o desaparecimento dessa ave única.

Ramon Ventura.

quinta-feira, 6 de abril de 2023

BAGRINHO DE CAVERNA

Nome popular: Bagrinho-de-Caverna.

Nome científico: Trichomycterus itacarambiensis.

Peso: Inferior a 10 gramas.

Tamanho: Atingindo cerca de 4 a 6 cm de comprimento.

Família: Trichomycteridae.

Habitat: Ambientes aquáticos subterrâneos. 

Local onde é encontrado: No município de Itacarambi, Minas Gerais, dentro do bioma Caatinga.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Bagrinho-de-Caverna (Trichomycterus itacarambiensis) Um Peixe Único dos Ecossistemas Subterrâneos

O bagrinho-de-caverna (Trichomycterus itacarambiensis) é um pequeno peixe endêmico do Brasil, pertencente à família Trichomycteridae. É uma espécie adaptada à vida subterrânea, caracterizada pela ausência total de olhos e pela coloração pálida, resultado da adaptação evolutiva a ambientes de escuridão permanente.

O bagrinho-de-caverna é de pequeno porte, atingindo cerca de 4 a 6 cm de comprimento e peso inferior a 10 gramas. Possui corpo alongado, barbatanas discretas e barbilhões sensoriais desenvolvidos, que compensam a ausência de visão, permitindo detectar vibrações e movimentos na água.

Essa espécie é restrita ao sistema de cavernas de Olhos d’Água, no município de Itacarambi, Minas Gerais, dentro do bioma Caatinga. Vive exclusivamente em ambientes aquáticos subterrâneos (troglóbios), com águas claras, frias e pouco iluminadas, totalmente dependente da estabilidade hidrológica das cavernas.

Sua dieta é composta por pequenos invertebrados aquáticos e matéria orgânica trazida pelas correntes internas das cavernas. Como o ambiente subterrâneo possui baixa oferta de alimento, o bagrinho apresenta metabolismo reduzido, estratégia que garante sua sobrevivência em condições de escassez.

Há poucas informações detalhadas sobre sua reprodução, mas acredita-se que o ciclo reprodutivo seja lento e com número reduzido de ovos, característica comum em espécies troglóbias. A baixa taxa reprodutiva contribui para sua vulnerabilidade.

O Trichomycterus itacarambiensis está listado como Criticamente em Perigo (CR) pela Lista Vermelha da IUCN e pelo ICMBio. As principais ameaças incluem:

Poluição das águas subterrâneas por agrotóxicos e esgoto;

Exploração turística desordenada das cavernas;

Alterações no regime hídrico devido a atividades agrícolas e captação de água.


Por ser endêmico de um único sistema de cavernas, qualquer alteração em seu habitat pode levar a um colapso populacional irreversível.

O bagrinho-de-caverna é um indicador biológico da qualidade da água subterrânea, refletindo diretamente a saúde dos ecossistemas cavernícolas. Sua preservação depende de ações rigorosas de proteção das cavernas e do entorno, incluindo o controle de poluição e o manejo sustentável do turismo.


Ramon Ventura.

terça-feira, 4 de abril de 2023

LAGARTINHO DO CIPÓ

Nome popular: Lagartinho-do-cipó.

Nome científico: Placosoma cipoense.

Peso: Pesa em torno de 5 gramas.

Tamanho: Cerca de 5 a 7 centímetros de comprimento, excluindo a cauda.

Família: Gymnophthalmidae.

Habitat: Campos rupestres, caracterizados por solos arenosos, vegetação baixa e clima rigoroso.

Local onde é encontrado: Minas Gerais.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Lagartinho-do-cipó (Placosoma cipoense): um pequeno tesouro da Serra do Cipó

O Lagartinho-do-cipó, de nome científico Placosoma cipoense, é uma das joias pouco conhecidas da biodiversidade brasileira. Pertencente à família Gymnophthalmidae, esse pequeno réptil endêmico encanta por sua delicadeza e por sua importância ecológica, apesar de estar ameaçado pela perda de habitat.

Esse lagarto de pequeno porte mede cerca de 5 a 7 centímetros de comprimento, excluindo a cauda, e pesa em torno de 5 gramas. Como outros membros de sua família, apresenta corpo alongado, patas reduzidas e escamas bem ajustadas ao corpo, o que lhe permite movimentar-se agilmente entre a vegetação rasteira e o solo pedregoso do seu habitat.

O Lagartinho-do-cipó tem hábitos diurnos e terrestres, sendo bastante ativo durante o dia, especialmente em períodos mais quentes. Ele se alimenta principalmente de pequenos invertebrados, como formigas, cupins e outros insetos, desempenhando papel fundamental no controle populacional dessas espécies.

O Placosoma cipoense é uma espécie endêmica da Serra do Cipó, localizada na porção sul da Cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais. Seu habitat natural são os campos rupestres, caracterizados por solos arenosos, vegetação baixa e clima rigoroso, com fortes variações de temperatura entre o dia e a noite.

Essa região abriga uma das maiores concentrações de espécies endêmicas do Brasil, sendo considerada um hotspot de biodiversidade. No entanto, o território habitado pelo Lagartinho-do-cipó é extremamente restrito, o que aumenta sua vulnerabilidade a impactos ambientais.

As informações sobre o ciclo reprodutivo do Lagartinho-do-cipó ainda são limitadas, mas, como outros lagartos de pequeno porte da mesma família, acredita-se que apresente reprodução ovípara, com a postura de um a dois ovos por ninhada. A reprodução ocorre nos períodos mais quentes do ano, o que favorece o desenvolvimento embrionário.

O Lagartinho-do-cipó está ameaçado de extinção, principalmente devido à degradação e fragmentação de seu habitat. A Serra do Cipó vem sofrendo com o avanço da mineração, turismo desordenado, incêndios frequentes e ocupações humanas. Como a espécie possui distribuição geográfica extremamente limitada, qualquer alteração em seu ambiente natural pode ter consequências drásticas.

Além disso, a falta de dados detalhados sobre sua ecologia e comportamento dificulta ações eficazes de conservação.

Apesar de pequeno e discreto, o Lagartinho-do-cipó é um indicador ecológico importante da saúde dos campos rupestres. Preservar essa espécie significa manter o equilíbrio de um ecossistema único e insubstituível.

Ações de conservação devem incluir a proteção integral de seu habitat, o monitoramento de populações e a promoção de pesquisas científicas sobre sua biologia. Iniciativas de educação ambiental e políticas públicas que valorizem a biodiversidade da Serra do Cipó também são essenciais para garantir a sobrevivência dessa e de outras espécies ameaçadas.

Ramon ventura.

sábado, 23 de abril de 2022

TATU MULITA

Nome popular: Tatu-mulita.

Nome científico: Dasypus hybridus.

Peso: Seu peso varia entre 1,5 e 2,5 kg.

Tamanho: Mede entre 30 e 40 centímetros de comprimento, com uma cauda que pode atingir mais 15 centímetros.

Família: Dasypodidae.

Habitat: Áreas abertas, como campos, cerrados, pampas e bordas de matas, com preferência por solos mais secos e arenosos, ideais para escavação.

Local onde é encontrado: O tatu-mulita é nativo da região sul da América do Sul, sendo encontrado principalmente no sul do Brasil (Rio Grande do Sul).

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tatu-mulita (Dasypus hybridus): Um pequeno gigante da biodiversidade sul-americana

O tatu-mulita, cientificamente conhecido como Dasypus hybridus, é uma espécie de tatu de pequeno porte que integra a rica fauna da América do Sul. Apesar de ser pouco conhecido pelo público em geral, esse animal desempenha um papel importante nos ecossistemas em que vive, principalmente pelo seu comportamento escavador, que ajuda a arejar o solo e controlar populações de insetos.

O tatu-mulita mede entre 30 e 40 centímetros de comprimento, com uma cauda que pode atingir mais 15 centímetros. Seu peso varia entre 1,5 e 2,5 kg. Sua carapaça é composta por sete a nove cintas móveis, o que lhe proporciona boa flexibilidade e mobilidade. A coloração é geralmente acinzentada, com tons mais escuros nas extremidades.

Essa espécie é encontrada em áreas abertas, como campos, cerrados, pampas e bordas de matas, com preferência por solos mais secos e arenosos, ideais para escavação. O tatu-mulita é nativo da região sul da América do Sul, sendo encontrado principalmente no sul do Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai, Paraguai e norte da Argentina.

Sua dieta é onívora, com predominância de insetos como formigas, cupins, larvas e besouros. Também consome frutas, pequenos vertebrados e raízes, sendo um importante controlador biológico de pragas.

A gestação do tatu-mulita dura cerca de 120 dias, e, assim como outras espécies do gênero Dasypus, a fêmea pode dar à luz de dois a quatro filhotes idênticos (monozigóticos). Os filhotes nascem com a carapaça ainda mole, que endurece com o passar das semanas.

O tatu-mulita enfrenta diversas ameaças que comprometem sua sobrevivência:

Perda de habitat devido ao avanço da agricultura e urbanização. Atropelamentos em rodovias. Caça predatória, por ser confundido com outras espécies mais consumidas pela população. Uso de agrotóxicos, que afetam sua alimentação e saúde reprodutiva.

Apesar de ainda não estar classificado como criticamente ameaçado, o declínio populacional regional tem preocupado especialistas, especialmente nas áreas mais impactadas pela atividade humana. O tatu-mulita é considerado uma espécie quase ameaçada (NT - Near Threatened), segundo listas regionais.

Possui hábitos noturnos e solitários, passando o dia em tocas escavadas por ele mesmo. Suas tocas podem chegar a 2 metros de profundidade e são usadas também por outros animais. É um dos poucos mamíferos a apresentar parto múltiplo com filhotes geneticamente idênticos.

Preservar o tatu-mulita é preservar também a saúde dos ecossistemas onde ele habita. A conscientização sobre sua importância ecológica e a criação de políticas de conservação são fundamentais para garantir que esse discreto morador dos campos continue a fazer parte da biodiversidade sul-americana.

Ramon Ventura.

sábado, 14 de agosto de 2021

SUINDARA


Nome popular: Suindara.

Nome científico: Tyto alba.

Peso: Pesa entre 400 e 600 gramas.

Tamanho: Mede de 33 a 39 cm de comprimento, com envergadura de asas que pode atingir 90 a 95 cm.

Família: Tytonidae.

Habitat: Áreas rurais, campos abertos, pastagens, bordas de matas.

Local onde é encontrado: No Brasil, ocorre em todos os biomas.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Suindara (Tyto alba) Uma Coruja Cosmopolita e sua Importância Ecológica

A suindara (Tyto alba), também conhecida como coruja-das-torres ou coruja-branca, é uma ave de rapina noturna pertencente à família Tytonidae. Reconhecida pela face em formato de coração e plumagem clara, desempenha um papel fundamental no controle populacional de roedores, sendo considerada uma aliada natural da agricultura.

A suindara pesa entre 400 e 600 gramas e mede de 33 a 39 cm de comprimento, com envergadura de asas que pode atingir 90 a 95 cm. Sua plumagem apresenta coloração branca no peito e amarelada ou acinzentada nas partes superiores, com manchas escuras. Os olhos são escuros e adaptados à visão noturna, e suas asas largas permitem voo silencioso.

Essa coruja possui ampla distribuição mundial, estando presente em todos os continentes, exceto na Antártica. No Brasil, ocorre em todos os biomas, sendo encontrada em áreas rurais, campos abertos, pastagens, bordas de matas e até em construções humanas como celeiros e torres de igrejas. Prefere locais abertos, onde possa caçar com mais facilidade.

A dieta da suindara é predominantemente composta por roedores, mas também inclui pequenos marsupiais, morcegos, aves e grandes insetos. Sua função ecológica como controladora natural de pragas agrícolas é amplamente reconhecida.

O período reprodutivo varia de acordo com a região, mas geralmente ocorre na primavera e verão. A fêmea põe de 4 a 7 ovos, incubados por cerca de 30 a 34 dias. Os filhotes permanecem no ninho por aproximadamente dois meses, sendo alimentados intensamente pelos pais.

Apesar de amplamente distribuída e classificada como Pouco Preocupante (LC) pela IUCN, a suindara enfrenta ameaças locais, como:

Perda de habitat devido à urbanização e agricultura intensiva;

Morte por atropelamento em rodovias;

Envenenamento indireto por uso de raticidas;

Perseguição humana, motivada por crenças populares equivocadas.

A suindara é considerada um predador de topo em seu nicho e essencial para o equilíbrio ecológico. Seu papel como reguladora de populações de roedores reduz a necessidade do uso de venenos, contribuindo para uma agricultura mais sustentável e para a saúde ambiental.


Ramon Ventura.

sábado, 7 de agosto de 2021

CUÍCA GRACIOSA


Nome popular: Cuíca-graciosa.

Nome científico: Gracilinanus agilis.

Peso: Varia entre 20 e 35 gramas.

Tamanho: Aproximadamente 8 a 13 cm.

Família: Didelphidae.

Habitat: Áreas de vegetação arbustiva ou arbórea densa.

Local onde é encontrado: No Brasil habitando formações como Cerrado, Caatinga e bordas de Mata Atlântica.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Cuíca-graciosa (Gracilinanus agilis): aspectos morfológicos, ecológicos e de conservação

A cuíca-graciosa (Gracilinanus agilis) é um pequeno marsupial da família Didelphidae, que engloba espécies de hábito predominantemente noturno e solitário, amplamente distribuídas na América do Sul. Esta espécie é conhecida por sua agilidade e adaptabilidade a diferentes ambientes, características que, entretanto, não a isentam de pressões ambientais significativas.

O peso médio dos indivíduos adultos varia entre 20 e 35 gramas, com comprimento corporal de aproximadamente 8 a 13 cm, acrescido de uma cauda preênsil que pode ultrapassar o tamanho do corpo. A pelagem dorsal é marrom-acinzentada, enquanto a região ventral tende a ser esbranquiçada ou amarelada. Seus grandes olhos e vibrissas longas refletem adaptações a hábitos noturnos e à percepção sensorial apurada.

A espécie apresenta ampla distribuição, ocorrendo no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina, habitando formações como Cerrado, Caatinga e bordas de Mata Atlântica. É frequentemente encontrada em áreas de vegetação arbustiva ou arbórea densa, com boa cobertura para deslocamento e forrageamento. Apesar de tolerar certa degradação ambiental, mantém preferência por áreas com disponibilidade de refúgios e alimento.

A cuíca-graciosa é noctívaga e arborícola, utilizando sua cauda preênsil para deslocar-se e se equilibrar em galhos. Sua dieta é onívora, composta por insetos, pequenos vertebrados, frutos e néctar, desempenhando papel ecológico relevante na dispersão de sementes e no controle populacional de invertebrados.

A reprodução apresenta sazonalidade em algumas regiões, com picos durante a estação chuvosa, quando há maior disponibilidade de alimento. A gestação dura cerca de 14 dias, resultando em ninhadas de 6 a 12 filhotes, que completam seu desenvolvimento no marsúpio materno e posteriormente se agarram ao dorso da mãe até atingirem independência.

Embora G. agilis seja considerada de Menor Preocupação (LC) pela IUCN, populações locais sofrem declínios devido à perda e fragmentação de habitat, queimadas, expansão agropecuária e presença de predadores domésticos. A manutenção de corredores ecológicos e a preservação de remanescentes nativos são essenciais para sua persistência a longo prazo.

A cuíca-graciosa representa um componente fundamental das redes tróficas dos ecossistemas onde ocorre, contribuindo tanto para o equilíbrio populacional de invertebrados quanto para processos de regeneração vegetal. Estudos contínuos sobre sua ecologia e dinâmica populacional são cruciais para embasar estratégias de manejo e conservação, especialmente em áreas sob intensa pressão antrópica.


Ramon Ventura.