segunda-feira, 28 de setembro de 2020

IPÊ AMARELO


Nome científico:
Tabebuia chrysotricha

Nomes populares: ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê, ipê-amarelo, aipé, ipê tabaco, ipê-amarelo-paulista, pau-d’arco-amarelo.

Tamanho: Árvore de 6 a 15 m de altura

Família: Bignoniáceas

Sinonímia Botânica: Tecoma chrysotrícha Mart. ex DC., Handroantus chrysotríchus (Mart. ex DC.) Mattos

Origem: Brasil

Luminosidade: sol pleno

Clima: quente e úmido

Copa: rala, com diâmetro um pouco maior que a metade da altura

Propagação: Sementes

Solo: fértil e bem drenado

Podas: recomenda-se apenas podas de formação

Habitat: De forma geral os ipês habitam principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga.

Onde ocorre: Espírito Santo até Santa Catarina, na floresta pluvial atlântica. Muito frequente na região Amazônica e esparso desde o Ceará até São Paulo na floresta pluvial atlântica; na região sul da Bahia e norte do Espírito Santo é um pouco mais frequente que no resto da costa.

O Ipê Amarelo é o nome popular de algumas espécies de árvores da região Sul e Sudeste do Brasil, pertencentes à família botânica Bignoniaceae, gênero Tabebuia, que também compreende espécies com flores de cor branca, roxa, rosa ou lilás. Em outras regiões brasileiras, os ipês recebem outras denominações.

O nome científico Tabebuia, de origem tupi-guarani, significa pau ou madeira que flutua. É denominada, pelos índios, de caxeta, árvore que nasce na zona litorânea do Brasil, cuja madeira íntegra (inatacável) resiste ao apodrecimento. O nome ipê, de origem Tupi, significa árvore de casca grossa.

Existem várias espécies de ipê amarelo, sendo as mais conhecidas: Tabebuia chrysotricha (Mart Ex DC.) Stand. e Tabebuia alba (Cham) Sandwith, ambas nativas do Brasil.

Tabebuia chrysotricha conhecida por pau-d’arco-amarelo, ipê-do-morro, ipê-tabaco, ipê-amarelo-cascudo, ipê-açu, aipe, ocorre do ES até SC, na Floresta Pluvial Atlântica. Seu nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos.

Tabebuia alba conhecida por ipê-amarelo, aipê, ipê-amarelo de folha-branca, ipê-branco, ipê-dourado, ipê mamono, ipê mandioca, ipê ouro, ipê pardo, ipê da serra, ipê do cerrado, ipê vacariano, ipezeiro, pau darco amarelo, tapioca, ocorre nos estados do RJ, MG até RS.

Sendo uma espécie caducifólia, o período da queda das folhas coincide com a floração que se inicia no final do inverno. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo. As flores desta espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores.

Pela beleza de suas flores e mesmo pelo pequeno porte, os ipês de flores amarelas são os mais apreciados e plantados, o que os torna mais adequados na arborização urbana. A coloração das flores produz belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um tapete de flores contrastantes com o cinza do asfalto.

Devido à exuberância do florescimento dos ipês, dezenas de poesias, contos e sonetos foram produzidos por escritores e poetas. Citado na obra Macunaíma de Mário de Andrade e em obra de Castro Alves, o ipê é consagrado como símbolo de força e resistência.

A sua casca é utilizada como matéria-prima para a fabricação de tacos para assoalho, dormentes, mourões, vigas, eixo de roda de carroçaria, parquê e peças de marcenaria e carpintaria. Muito madeireiros, em busca das vantagens oferecidas por este tipo de madeira, acabaram elevando o risco de extinção do Ipê. Outro fator que também colocou a planta sob ameaça é a destruição da Mata Atlântica. O país já perdeu mais de 18.000 km2 de floresta, o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo. Especialistas esclarecem que o reflorestamento é uma forma de amenizar o problema.


Para que o Ipê seja preservado, o plantio desta árvore tem sido realizado em praças e outros lugares públicos. A planta, extremamente recomendada para reflorestamento e reposição de mata ciliar (terrenos não sujeitos a inundações), também pode preencher margens de ruas e estradas. Com boa tolerância à poluição urbana, a árvore do Ipê proporciona um bonito efeito decorativo nas cidades, mas nem todo mundo sabe como plantá-la.


Ramon Ventura

Nenhum comentário:

Postar um comentário