quarta-feira, 8 de outubro de 2025

GUARÁ-VERMELHO

Nome popular: Guará-vermelho.

Nome científico: Eudocimus ruber.

Peso: Seu peso varia entre 600 e 800 gramas.

Tamanho: Medindo cerca de 55 a 65 centímetros de comprimento e podendo atingir até 1 metro de envergadura.

Família: Threskiornithidae.

Habitat: Manguezais, áreas úmidas costeiras, estuários e ilhas litorâneas, locais ricos em crustáceos e moluscos.

Local onde é encontrado: No Brasil, é encontrado principalmente no litoral norte e nordeste, com destaque para o Pará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, além de algumas populações remanescentes no Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Guará-vermelho (Eudocimus ruber): A joia alada dos manguezais


O Guará-vermelho, conhecido cientificamente como Eudocimus ruber, é uma das aves mais deslumbrantes da fauna brasileira. Com sua plumagem intensamente vermelha e seu voo elegante sobre os manguezais, o guará é considerado um verdadeiro símbolo da biodiversidade e da beleza natural das regiões costeiras do Brasil.


Pertencente à família Threskiornithidae, a mesma dos íbis e colhereiros, o Guará-vermelho é uma ave de médio porte, medindo cerca de 55 a 65 centímetros de comprimento e podendo atingir até 1 metro de envergadura. Seu peso varia entre 600 e 800 gramas.

O bico é longo e curvado para baixo, ideal para capturar pequenos organismos na lama dos manguezais. Os indivíduos jovens possuem coloração acastanhada, adquirindo o vermelho vivo característico à medida que amadurecem — resultado direto da alimentação rica em pigmentos carotenoides.


O habitat preferido do guará são manguezais, áreas úmidas costeiras, estuários e ilhas litorâneas, locais ricos em crustáceos e moluscos.

No Brasil, é encontrado principalmente no litoral norte e nordeste, com destaque para o Pará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, além de algumas populações remanescentes no Espírito Santo e Rio de Janeiro. Também é encontrado em países vizinhos como Venezuela, Guianas, Colômbia e Trinidad e Tobago.


A dieta do guará é composta essencialmente por caranguejos, camarões, pequenos peixes, insetos aquáticos e moluscos. Os carotenoides presentes na carapaça dos crustáceos são responsáveis por intensificar a coloração vermelha de suas penas, um traço marcante e símbolo de boa saúde e vigor reprodutivo da espécie.


A reprodução ocorre geralmente entre agosto e dezembro, quando o clima é mais favorável e o alimento é abundante. O guará constrói ninhos em árvores ou arbustos nos manguezais, em colônias numerosas.

A fêmea põe de 2 a 4 ovos, que são incubados por cerca de 21 dias. Ambos os pais participam da incubação e da alimentação dos filhotes, que permanecem no ninho até estarem aptos a voar, por volta de 40 a 45 dias após o nascimento.


Apesar de ser uma espécie amplamente admirada, o Guará-vermelho enfrenta riscos significativos de extinção em algumas regiões. As principais ameaças são:


Destruição e poluição dos manguezais, seu habitat natural;

Caça e captura ilegal, tanto por sua plumagem exótica quanto para o comércio de animais silvestres;

Perturbação humana e urbanização costeira, que reduzem suas áreas de reprodução.


Atualmente, o guará é protegido por leis ambientais brasileiras e figura em programas de conservação e monitoramento, especialmente em unidades de proteção ambiental como o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e a Área de Proteção Ambiental de Guaratiba (RJ).


O guará é ave símbolo do estado do Espírito Santo.

Em algumas regiões, é considerado um indicador ecológico, pois sua presença indica um ecossistema de manguezal equilibrado.

Quando em colônia, o espetáculo visual de centenas de guarás em voo é um dos fenômenos naturais mais encantadores da fauna brasileira.


O Guará-vermelho é mais do que uma ave de rara beleza — é um símbolo da vitalidade dos ecossistemas costeiros do Brasil. Proteger seus habitats significa preservar uma parte essencial da natureza brasileira e garantir que futuras gerações possam continuar se encantando com o brilho vermelho que ilumina os manguezais ao entardecer.


Ramon ventura.

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