Nome popular: Golinho.
Nome científico: Sporophila albogularis.
Peso: Pesa em torno de 10 a 14 gramas.
Tamanho: Mede cerca de 10 a 11 centímetros de comprimento.
Família: Thraupidae.
Habitat: Habita preferencialmente áreas de caatinga, matas secas, campos abertos e bordas de florestas, sendo mais comum em ambientes com vegetação rala e arbustiva.
Local onde é encontrado: Encontrado principalmente na região Nordeste, em estados como Bahia, Piauí, Ceará e Pernambuco.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Golinho (Sporophila albogularis): A delicada voz das matas secas
O golinho, cujo nome científico é Sporophila albogularis, é uma pequena e charmosa ave passeriforme pertencente à família Thraupidae, anteriormente classificada em Emberizidae. Com seu canto melodioso e aparência discreta, o golinho é uma das joias aladas do bioma da Caatinga.
Essa ave mede cerca de 10 a 11 centímetros de comprimento e pesa em torno de 10 a 14 gramas. O macho é facilmente reconhecível por sua plumagem predominantemente cinza-escura, com a garganta branca, característica que dá origem ao seu nome científico — albogularis, que significa “garganta branca”. A fêmea, por outro lado, possui coloração parda mais discreta, o que facilita a camuflagem no ambiente seco e arbustivo.
O golinho é endêmico do Brasil, sendo encontrado principalmente na região Nordeste, em estados como Bahia, Piauí, Ceará e Pernambuco. Habita preferencialmente áreas de caatinga, matas secas, campos abertos e bordas de florestas, sendo mais comum em ambientes com vegetação rala e arbustiva.
A reprodução do golinho ocorre geralmente durante a estação chuvosa, quando há maior oferta de alimento. A fêmea constrói um ninho em forma de taça com fibras vegetais e deposita de 2 a 3 ovos, que são incubados por aproximadamente 12 a 14 dias. Após a eclosão, os filhotes permanecem no ninho por cerca de duas semanas, sendo alimentados pelos pais.
Sua dieta é composta basicamente por sementes, característica comum entre os pássaros do gênero Sporophila. No entanto, também pode consumir pequenos insetos e brotos, especialmente durante a fase reprodutiva, quando a demanda nutricional aumenta.
O golinho está criticamente ameaçado de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN e o ICMBio. As principais ameaças incluem:
Captura ilegal para o comércio de aves silvestres, motivada especialmente por seu canto apreciado em todo o país.
Destruição e fragmentação de habitat, devido ao desmatamento, à expansão agropecuária e à degradação da Caatinga.
Baixa densidade populacional e restrita distribuição geográfica, o que o torna ainda mais vulnerável a distúrbios ambientais.
A conservação do golinho exige ações urgentes de proteção, como o combate ao tráfico de aves, a recuperação de áreas degradadas e programas de reprodução em cativeiro com posterior reintrodução na natureza. Preservar o golinho é também preservar o patrimônio sonoro e ecológico do semiárido brasileiro.
Ramon ventura.