Nome popular: Tartaruga-de-couro.
Nome científico: Dermochelys coriacea.
Peso: Até 700 kg.
Tamanho: Pode atingir 2 metros de comprimento.
Família: Dermochelyidae.
Habitat: Habitat inclui águas oceânicas profundas, onde passa a maior parte da vida adulta.
Local onde é encontrado: No Brasil, seus principais pontos de desova estão no litoral norte do Espírito Santo e sul da Bahia.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea): A Gigante dos Mares
A tartaruga-de-couro, cujo nome científico é Dermochelys coriacea, é a maior espécie de tartaruga marinha do planeta e uma das mais impressionantes da vida oceânica. Com sua aparência distinta e hábitos migratórios extremos, ela representa um símbolo da biodiversidade marinha e da luta pela conservação das espécies ameaçadas.
Pertencente à família Dermochelyidae, a tartaruga-de-couro pode atingir 2 metros de comprimento e pesar até 700 kg, embora a média fique entre 250 e 600 kg. Ao contrário de outras tartarugas marinhas, ela não possui carapaça rígida recoberta por placas ósseas, mas sim uma estrutura coriácea (semelhante ao couro), que lhe dá o nome popular.
Essa tartaruga tem ampla distribuição, ocorrendo nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, podendo ser avistada desde águas tropicais até regiões subpolares, o que a torna uma das tartarugas mais migratórias do mundo. No Brasil, seus principais pontos de desova estão no litoral norte do Espírito Santo e sul da Bahia.
Seu habitat inclui águas oceânicas profundas, onde passa a maior parte da vida adulta, mas retorna às praias arenosas para a reprodução.
A tartaruga-de-couro realiza longas migrações entre áreas de alimentação e praias de desova. As fêmeas retornam ao local onde nasceram para colocar seus ovos, geralmente à noite. A gestação leva cerca de 60 a 70 dias, e uma fêmea pode depositar entre 60 a 100 ovos por ninhada, em intervalos de 2 a 3 anos.
Sua dieta é especializada em água-viva, sendo uma das poucas espécies marinhas capazes de se alimentar desses organismos gelatinosos em grande quantidade. Sua garganta possui estruturas em forma de espinhos voltados para dentro, que evitam que a presa escape.
A tartaruga-de-couro está criticamente ameaçada de extinção, conforme diversas listas de conservação, incluindo o IBAMA e a IUCN. As principais ameaças incluem:
Captura acidental em redes de pesca industrial (bycatch);
Ingestão de lixo marinho, especialmente plásticos, confundidos com água-vivas.
Perda e ocupação das praias de desova devido ao turismo, urbanização e iluminação artificial;
Predação de ovos por humanos e animais domésticos;
Mudanças climáticas, que afetam a temperatura da areia e influenciam o sexo dos filhotes.
A tartaruga-de-couro é capaz de mergulhar a profundidades superiores a 1.200 metros, um dos maiores registros entre os répteis.
Sua temperatura corporal pode ser mantida acima da da água, graças a adaptações fisiológicas únicas, sendo considerada quase endotérmica.
Pode viver por mais de 50 anos, embora informações precisas sobre sua longevidade ainda estejam sendo estudadas.
A tartaruga-de-couro é uma verdadeira gigante dos oceanos, tanto em tamanho quanto em importância ecológica. Sua presença indica a saúde dos ecossistemas marinhos e sua preservação depende da ação conjunta de governos, comunidades costeiras e consumidores conscientes. Proteger a tartaruga-de-couro é proteger o futuro dos oceanos.
Ramon Ventura.
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