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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

SAPO CURURU

Nomes populares: Sapo Cururu

Nome científico: Rhinella veredas

Tamanho: Medem entre 8cm e 11cm.

Habitat: Formações abertas do Cerrado e locais onde o solo é arenoso.

Local onde é encontrado: Cerrado brasileiro.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.

O Rhinella veredas tem esse nome porque foi descoberto no Parque Grande Sertão Veredas, que fica na Bahia. Um pouco menor do que seus outros colegas cururus, eles medem entre 8cm e 11cm.

O macho tem as costas amarela e a fêmea mistura tons de marrom avermelhado e verde claro. Ao contrário de outros cururus, não têm cristas – ossos que formam uma protuberância no alto da cabeça.

Geralmente, são encontrados em formações abertas do Cerrado e locais onde o solo é arenoso. No período de seca, ficam enterrados e saem nas estações chuvosas para se alimentar e reproduzir.

Esse sapinho costuma viver no cerrado brasileiro, mas esta região tem sofrido por causa das mudanças no clima. Para piorar, o ambiente também tem sido prejudicado pelo aumento da poluição, contaminação por pesticidas e outras ameaças à natureza.

A previsão dos pesquisadores é que o sapo-cururu mude de ambiente, buscando lugares mais frios. "Um estudo mostra que a espécie pode se mover em direção ao sul. O grande problema é que justamente nessas regiões o cerrado está mais degradado", conta Débora Silvano.

A Débora é responsável por um projeto que tenta preservar anfíbios (animais como os sapos, que vivem na terra e na água). O programa é feito pela ONG Pequi (Pesquisa e Conservação do Cerrado), com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

O sapo-cururu, assim como seus colegas de outras espécies, é muito importante para o equilíbrio do meio ambiente. Ele ajuda a controlar o número de insetos e vermes, comendo gafanhotos, formigas e besouros. Além disso, ele serve de alimento para várias espécies, como cobras e aves.

A temperatura do corpo do sapo depende do local em que ele está. Bem diferente dos humanos, que são capazes de gerar calor para manter o "termômetro interno" em 36,5ºC. O Rhinella veredas, uma das espécies conhecidas como sapo-cururu, tem enfrentado este problema e corre risco de extinção em um futuro próximo. Para você ter ideia, seria como ter que abandonar sua casa porque ela está quente demais.

Fora isso, o sapo é considerado um ótimo indicador biológico de áreas degradadas. O que isso quer dizer? O sapo é o primeiro animal a sentir os efeitos da destruição da natureza. Por isso, é tão importante preservar o ambiente onde ele vive para garantir a sobrevivência dele e dos humanos também.

Essa história de que o sapo-cururu esguicha veneno a grandes distâncias, sendo capaz de deixar alguém cego, não passa de lenda. Se houver contato com o veneno, pode haver irritação nos olhos, é verdade, mas não a ponto de causar cegueira. Outra coisa: o contato com o xixi do sapo também não tem qualquer relação com o aparecimento de verrugas na pele, como muita gente diz.

Ramon Ventura
OUL

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

PIRACANJUBA

Nomes populares: piracanjuba, piracanjuva, bracanjuba e bracanjuva

Nome científico: Brycon orbignyanus

Tamanho: machos medindo em média 60 cm e as fêmeas, 80 cm.

Peso: Seu peso médio é de seis quilos.

Habitat: Águas doce das bacias dos rios Paraná e Uruguai.

Local onde é encontrado: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.


A piracanjuba, nome tupi para "peixe de cabeça amarela", é um peixe de água doce de grande porte, com machos medindo em média 60 cm e as fêmeas, 80 cm. Seu peso médio é de seis quilos. Mas apesar do tamanho avantajado, é muito difícil ver uma piracanjuba em nossos rios. A espécie está ameaçada e, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), chega a estar extinta na maior parte de sua área de ocorrência original. 

A distribuição original da espécie se dava nas bacias dos rios Paraná e Uruguai, em territórios brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios. E a principal causa do processo de extinção é a deterioração de seu habitat, com a instalação de usinas hidrelétricas, poluição e destruição de mata ciliar.

A espécie é onívora e se alimenta de frutos, sementes, folhas, pequenos peixes e insetos. Tem comportamento gregário como estratégia de proteção contra predadores e realiza migração reprodutiva entre os meses de setembro e outubro, com desova entre novembro e janeiro. 

A carne da piracanjuba é muito apreciada, mas a sua pesca é proibida nos Estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, por instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente.


Ramon ventura
Luciana Ribeiro

domingo, 15 de setembro de 2019

PAPA VENTO

Nome cientifico: Polychrus acutirostris.

Nome popular: Papa-vento, bicho-preguiça, camaleão-preguiça, lagarto-arborícola, lagarto-cego e calango-cego.

Tamanho: mede cerca de 75cm

Peso: pesam cerca de 250 a 300 gramas.

Local onde é encontrado: No Brasil, ocorre especialmente nas regiões de Cerrado e Caatinga nordestina.

Habitat: arborícola (Termo usado para descrever animais cuja vida se dá principalmente nas árvores).

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

O papa vento  também chamado de lagarto preguiça, camaleão falso e lagarto cego, é um réptil da família Polychrotidae, e do gênero Polychrus. No Brasil, ocorre especialmente nas regiões de Cerrado e Caatinga nordestina.

É um animal ovíparo e de hábito arborícola, que habita grande parte da América do Sul. Sua coloração torna-se mais forte quando em época de acasalamento, porém também pode mudar para obter uma melhor camuflagem. Apesar de apresentar diversas características semelhantes a dos "camaleões verdadeiros", a exemplo dos olhos que movem-se de forma independente e da capacidade de mudar de cor, a espécie não pertence à mesma família do Camaleão, mas ainda assim possui um nível de parentesco com o mesmo, pertencendo a mesma subordem: Sauria. Sua alimentação consiste basicamente em insetos. A espécie está sendo ameaçada pela perda de habitat. De temperamento tranquilo, não representa perigo para humanos.

Outra característica peculiar do animal é a que o caracteriza pelo seu nome popular de "lagarto preguiça", seus movimentos são lentos, principalmente quando comparado a outros répteis que normalmente possuem agilidade em sua locomoção. Costuma ficar imóvel a maior parte do tempo para se camuflar, sendo essa, junto com a sutil capacidade de mudança de cor, suas maiores defesas. Sua lenta mobilidade, além de também afetar sua alimentação, o torna uma presa fácil, possivelmente colocando-o em um grupo de risco de extinção.

Espécie diurna, costuma viver em arvoretas. Os machos da espécie defendem seus territórios. É difícil de ser encontrado, por causa da sua capacidade de se camuflar, sendo confundido com o ambiente. Sua reprodução é anual, as fêmeas costumam colocar de 7 a 31 ovos. Normalmente ela os põe em setembro ou outubro, em meio a folhas e ocos de árvores. Filhotes nascem com cerca de 4 centímetros de comprimento, totalmente independentes. Os pais não participam do seu desenvolvimento. atingem a idade adulta com aproximadamente um ano. Para atrair as fêmeas, na época reprodutiva, os machos adquirem uma cor avermelhada na cabeça. 

As queimadas e o desmatamento têm destruído o lugar que serve de lar para essa espécie, bem como para suas fontes de alimentos. Um outro fator, é que as pessoas herdaram uma cultura errada a respeito do mesmo, muitos acreditam que, se esse animal lhe morder, e você não tomar água mais rápido que ele, você morrerá seco! As autoridades ligadas ao meio ambiente precisam tomar providências com urgência, se quiserem preservar.


Ramon Ventura

sábado, 31 de agosto de 2019

RECIFES DE CORAL EM EXTINÇÃO

Muita gente não sabe, mas os corais são animais cnidários da classe Arthozoa. Existem várias espécies destes seres vivos, os mais conhecidos são os que se agregam formando os recifes. Estas “comunidades” servem de alocação para grandes ecossistemas, se colocando na base da cadeia alimentar dos oceanos. O que acontece é que 75% destes corais estão ameaçados de extinção, justamente por influência do homem.

O principal problema seria o aumento da temperatura e a acidificação dos oceanos, causados pelo efeito estufa. Com este fenômeno, o percentual de dióxido de carbono concentrado na água sobe, o que causa o branqueamento dos corais. O branqueamento ocorre quando os corais expulsam as algas localizadas nos recifes, deixando-os sem a sua base alimentar.

Os corais também sofrem com o estresse, devido a fatores como a mudança climática e a poluição, o que já coloca um terço desses construtores de recifes em risco de extinção. Essa é a principal conclusão do primeiro grande estudo mundial sobre o estado de conservação dos corais, uma iniciativa conjunta das ONGs União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e Conservação Internacional (CI), realizada a fim de incluir estas espécies marinhas na lista de espécies ameaçadas.

Atualmente, os recifes cobrem 0,2% dos oceanos e concentram 25% das espécies marinhas, entre corais, peixes e algas. A sua ameaça de extinção pode causar grande impacto na biodiversidade marinha, desestruturando a cadeia alimentar e prejudicando grande parte da fauna e flora dos mares.

A alta das temperaturas pela mudanças climática leva ao branqueamento dos corais, um resultado de sua resposta ao estresse e que lhe torna mais frágil frente às doenças. Os pesquisadores predizem, além disso, que a acidificação dos oceanos representa uma nova ameaça grave para os recifes de coral. Dado que as águas absorvem quantidades crescentes de dióxido de carbono da atmosfera, sua acidez aumenta, o que tem um grande impacto na capacidade dos corais de construir seu esqueleto, que é a base dos recifes.

"Esses resultados mostram que os corais construtores de recifes correm maior risco de extinção, como grupo, que todos os grupos terrestres, exceto os anfíbios, e que são os mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática", comentou Roger McManus, vice-presidente da CI para programas marinhos. 

Entre as recomendações feitas por especialistas, esta a criação de áreas de proteção marinha, uma vez que apenas 6% dos corais se localizam em zonas gerenciadas eficientemente. Os recifes de corais protegem cerca de 150 km de litorais de 100 países, em regiões que totalizam mais de 275 milhões de habitantes.

Ramon Ventura

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

GATO DO MATO

Nome cientifico: Leopardus tigrinus
Nome popular: Gato do mato
Tamanho: mede 50 cm (mais 30 cm com a cauda)
Peso: pesa 2,5 kg
Local onde é encontrado: Todo o Brasil, com exceção do sul do Rio Grande do Sul. Pode ser encontrado em partes da Colômbia, Venezuela, Bolívia e outros países.
Habitat: Florestas pluviais, na Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, bem como nas áreas secas da Caatinga nordestina.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

O gato do mato (Leopardus tigrinus) é uma espécie de felino que habita quase todo Brasil e pode ser encontrado em diversos biomas. Em média, pesa 2,5 kg e mede 50 cm (mais 30 cm com a cauda).

Por viver nas selvas e no cerrado, dá pra confundir o gato do mato com uma jaguatirica ou um filhote de onça.

Além de estar ameaçada de extinção pela destruição de seu habitat, o gato do mato sofre também com abates de pessoas que pensam que essa é uma espécie perigosa, mas, apesar de exclusivamente carnívoro, o L. Tigrinus se alimenta de roedores, aves pequenas e lagartos.

Essa espécie tem tamanho e peso semelhante ao de um gato doméstico, mas tem padrões na coloração da pelagem semelhantes aos de uma onça pintada. Como as demais espécies do gênero Leopardus, o gato-do-mato é exclusivamente carnívoro.

Solitários, os indivíduos têm atividade noturna e crepuscular. Após uma gestação de onze semanas têm de um a quatro filhotes e podem viver até onze anos.

O L. tigrinus habita todo o Brasil, com exceção do sul do Rio Grande do Sul. Pode ser encontrado em partes da Colômbia, Venezuela, Bolívia e outros países. Ele pode viver em florestas pluviais, na Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, bem como nas áreas secas da Caatinga nordestina.

Tanto em altitudes elevadas quanto próximo ao mar. Apesar desse felino se adaptar tão bem a diferentes biomas, ele precisa da vegetação natural para sobreviver.

O L. tigrinus é vítima do desmatamento para agricultura e pecuária. Sendo solitário e territorial, as populações dessa espécie ficam fragmentadas e frágeis à destruição do habitat natural.

Além disso, o gato do mato é uma vítima também da caça para o comércio de peles e do abate por criadores de aves domésticas. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) classifica o gato-do-mato como uma espécie em situação vulnerável à extinção.

A estimativa do tamanho populacional efetivo no país é de cerca de 4.000 indivíduos. Adicionalmente, estima-se que nos próximos 15 anos (três gerações) possa ocorrer o declínio de, pelo menos, 10% desta população em razão dos efeitos conjuntos da perda de hábitat, abate por retaliação à predação de animais domésticos e atropelamentos, além dos possíveis efeitos negativos da hibridização.

Ramon Ventura

terça-feira, 20 de agosto de 2019

ONÇA PINTADA

Nome científico: Panthera onca
Nome popular: Onça Pintada
Tamanho: Um macho adulto pode medir de 4 a 7 metros, excluindo a cauda, que pode ter de 45 a 75 centímetros de comprimento.
Peso: 135 kg
Local onde é encontrado: Atualmente ela está oficialmente extinta nos Estados Unidos, é muito rara no México, mas ainda pode ser encontrada na América Latina, incluindo o Brasil.
Habitat: Sua presença ocorre em diversos habitats, de florestas tropicais a regiões desérticas, bem como em elevadas altitudes. No Brasil, encontra-se nas áreas de Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção

A onça-pintada é o maior felino do continente americano, podendo chegar a 135 kg. É um animal robusto, com grande força muscular, sendo a potência de sua mordida considerada a maior dentre os felinos de todo o mundo. Suas presas naturais são animais silvestres como catetos, capivaras, jacarés, queixadas, veados e tatus. Outra característica marcante dessa espécie é que ela não mia como a maioria dos felinos. Assim como o Leão, o Tigre e o Leopardo, ela emite uma série de roncos muito fortes que são chamados de esturro.

Beatriz de Mello Beisiegel, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, explica que as duas maiores ameaças à sobrevivência da onça-pintada são a caça e a destruição dos ambientes naturais onde ela vive.

“A onça é um animal muito caçado, por esporte, por medo ou mesmo como forma de ganhar honra, já que em muitas culturas matar uma onça é sinônimo de força”, explica. “A caça das presas das onças, como porcos-do-mato e veados, também é enorme e diminui sua fonte de alimento. Para piorar, existem poucas áreas grandes o suficiente para preservar esses animais”.

O fim definitivo do felino poderia causar uma verdadeira confusão: sem as onças, as populações dos animais que antes eram suas presas tenderia a aumentar. Como suas presas são herbívoras, ou seja, se alimentam de plantas, isso pode desequilibrar ainda mais a mata. “Toda a ecologia da floresta pode mudar. Os muitos herbívoros irão exigir mais da vegetação. Como ficaria a floresta daqui a 500 anos?”, questiona Beatriz.

Segundo a pesquisadora, são três as linhas de ação principais para salvar as onças. “Temos procurado atuar no controle da caça, no aumento das áreas de preservação das onças e também no estímulo a novos estudos sobre esse animal, pois quanto mais o conhecermos, melhor será possível protegê-lo”, garante.

Possui pelagem amarelo-dourado com pintas pretas na cabeça, pescoço e patas. Nos ombros, costas e flancos tem pintas formando rosetas que têm, no seu interior, um ou mais pontos. 

O Leopardo (Panthera pardus), que ocorre na Ásia e África, também possui rosetas, porém sem pontos pretos no interior. Podem ocorrer indivíduos inteiramente negros, sendo esta apenas uma característica melânica da mesma espécie. Mesmo nesses indivíduos, as pintas podem ser visualizadas na luz oblíqua.

Originalmente a distribuição deste animal se dava desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Atualmente ela está oficialmente extinta nos Estados Unidos, é muito rara no México, mas ainda pode ser encontrada na América Latina, incluindo o Brasil. 

De maneira geral, porém, suas populações vêm diminuindo onde entram em confronto com atividades humanas. No Brasil ela já praticamente desapareceu da maior parte das regiões nordeste, sudeste e sul.

Ocorre em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado. São animais de hábitos solitários, tendo maior atividade ao entardecer e à noite.

Suas presas naturais consistem de animais silvestres como catetos, capivaras, queixadas, veados e tatus. No entanto quando o número destes animais diminui, geralmente por alterações ambientais provocadas pelo homem, as onças podem vir a se alimentar de animais domésticos e por esse motivo são perseguidas.

A destruição de habitats aliada à caça predatória devido principalmente ao alegado prejuízo econômico causado às criações de animais domésticos fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas. 

Reduzir essas ameaças é fundamental para garantir a sobrevivência da onça-pintada e a integridade dos ecossisemas.


Ramon Ventura
wwf Brasil
Revista chc.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

JABUTI PIRANGA

Ordem: Testudines
Família: Testudinidae
Nomes comuns: Jabuti-piranga, Jabuti-vermelho, Red-footed tortoise, Morrocoy, Motelo, Motolo, Morrocoy negro, Morrocoy pata roja, Wayamo, Yaimoro.

Justificativa: Chelonoidis carbonaria é amplamente distribuída na América do Sul, ocorrendo na Guiana, Venezuela, Bolívia, Colômbia Paraguai, Brasil e Argentina, e na América Central, ocorre no Panamá, Antilhas e ilha de Trinidad. É elegível para a avaliação regional. No Brasil, ocorre nos biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica, nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Sua extensão de ocorrência calculada no país é de 5.750.511,31 km². A espécie é comumente encontrada nesses estados. Embora seja intensamente utilizada de forma ilegal como animal de estimação e na alimentação humana, essas atividades parecem não afetar significativamente sua população. Por essas razões, Chelonoidis carbonaria foi categorizada como Menos preocupante (LC).

A espécie prefere campos abertos e áreas de gramíneas, mas também ocorre dentro de florestas, na Caatinga, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. É mais ativa durante a temporada de chuvas e gosta de se enterrar no lodo. Consome grande quantidade de espécies vegetais, atuando como importante dispersor de semente.

O tamanho da carapaça das fêmeas ao atingir a maturidade sexual varia entre 15-18 cm de comprimento retilíneo. Os machos atingem mais de 55 cm de comprimento retilíneo da carapaça. Acredita-se que vivam mais de 50 anos. Não há informação sobre o tempo geracional. 

A reprodução da espécie acontece no período de agosto-janeiro, com maior frequência entre setembro-novembro. A espécie desova no mínimo duas vezes por ano. Em uma única estação reprodutiva foram observadas múltiplas desovas, entre duas e cinco. O intervalo entre as desovas varia de 30 a 40 dias. O tempo de eclosão é de 05 meses.

Vogt (2008) compilou vários trabalhos sobre a espécie, verificando que a desova contém em média 06 ovos (1-15), esféricos (45 x 40 mm), os quais são postos dentro de um ninho raso. 

Ainda não existem informações seguras sobre a temperatura pivotal e condições que determinam o sexo dos embriões para C. carbonaria. Há apenas indicações de que a determinação sexual é dependente da temperatura de incubação.

As principais ameaças à espécie são atividades agropecuárias e uso ilegal. No Brasil, muitas populações têm sido exploradas tanto para alimentação humana quanto para o comércio de animais de estimação.

Em Duque de Caxias (RJ), a espécie também é utilizada em rituais religiosos e indígenas. Em Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso existe a crença de que criar jabuti em casa cura a asma.

Para diminuir a pressão sobre as populações selvagens dessa espécie foram registrados no IBAMA oito criadouros comerciais da espécie. Cinco desses criadouros com objetivo de suprir o mercado de animais de estimação, que já estão em fase de comercialização (01 em Pernambuco, 02 na Bahia, 01 no Paraná e 01 em São Paulo), e três com o objetivo de comercialização de carne, localizados no Acre. De acordo com informações da Superintendência do IBAMA no Acre só um dos criadouros está funcionando, mas ainda não está em fase de comercialização. Os outros dois tiveram seus registros cancelados.

Os plantéis desses criadouros foram formados a partir do recebimento de animais das duas espécies de jabutis (C. carbonaria e C. denticulata) e de híbridos, provenientes de criações particulares, zoológicos e apreensões do IBAMA.

Ramon Ventura
icmbio.gov.br

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

ABELHAS EM EXTINÇÃO

{Foto:Greenpeace USA}
Nos últimos anos um problema preocupa países de todo o mundo: o desaparecimento e a morte massiva das abelhas. O sumiço delas é relatado em vários países. Existem 20 mil espécies de abelhas catalogadas, mas um quarto das espécies está sob ameaça de extinção.

O fenômeno ganhou o nome de Distúrbio de Colapso de Colônia (CCD), uma epidemia que pode dizimar uma colônia em poucos dias. Os Estados Unidos é o país mais afetado. De 1940 até hoje, o número de colmeias caiu pela metade. Na Europa, houve um declínio de 50% nos últimos 25 anos. No Brasil, ainda não existem dados para entender com precisão a escala desse declínio.

Além da perda da biodiversidade natural, o desaparecimento das abelhas pode ameaçar a existência de alimentos no futuro, pois colocará em risco a produtividade agrícola. Isso porque muito mais do que produzir mel, esses insetos cumprem um importante serviço ambiental: são agentes polinizadores da natureza, responsáveis pela reprodução e manutenção das plantas e do equilíbrio da biodiversidade.

Pólen e néctar são os principais alimentos das abelhas, que os buscam de flor em flor. A polinização é uma atividade essencial para a reprodução sexuada das plantas e, na sua ausência, a manutenção da variabilidade genética entre os vegetais não ocorre, o que pode causar um desequilíbrio em cadeia.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) relata que as abelhas são responsáveis por pelo menos um terço da produção mundial de alimentos - 85% das plantas com flores das matas e florestas e 70% das culturas agrícolas dependem dos polinizadores. No Brasil, elas são responsáveis por 30% da produção.

Abelhas são fundamentais para manter a alta produção e a qualidade de flores e frutos. Alimentos como maçã, melão, café, maracujá, laranja, soja, algodão, caju, uva, limão, cenoura, amêndoas, castanha-do-pará, entre outras dependem do trabalho delas. Os serviços de polinização prestados por esses insetos são avaliados pela FAO em US$ 54 bilhões por ano.

Ainda não existem pesquisas que concluíram os motivos do desaparecimento desses insetos. É provável que o problema seja uma combinação de vários fatores estressantes que debilitam as abelhas e as deixam sem defesa.

É possível que agentes patógenos (vírus, fungos, bactérias) possam afetar algumas espécies. Uma das causas já apontadas é o vírus da asa deformada (conhecido como DWV na sigla em inglês), que tem como vetor o ácaro da espécie Varroa. O vírus pode matar colônias durante o inverno e suas maiores vítimas são as abelhas europeias (Apis mellifera). Na França, a taxa de mortalidade das abelhas triplicou e 100 000 colônias de Apis mellifera foram perdidas desde 1995.

O uso de agrotóxicos nas lavouras também é uma ameaça e enfraquece as colônias. A aplicação de químicos pela técnica de pulverização aérea, por exemplo, atinge a fauna e flora local.

Existem suspeitas que os inseticidas neonicotinoides possam alterar o comportamento das colmeias. Pesquisas indicam que esses produtos intoxicam os sistemas nervoso e digestivo dos insetos, provocando desarranjos em seus sistemas de navegação. Elas demoram a voltar para as colmeias ou não voltam, deixando ela vazia. Em casos mais graves, elas não conseguem se alimentar e morrem por inanição.

Em 2013, a União Europeia baniu o uso dos clotianidina, tiametoxam e imidaclopride, associados à paralisia ou morte de abelhas. No Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) já identificou o impacto de inseticidas na apicultura nacional em mortes de colônias.

O desmatamento de áreas naturais próximas às lavouras e a falta de vegetação nativa também altera o equilíbrio preexistente. As abelhas precisam de uma alimentação variada para sobreviver e constroem ninhos em árvores ou no solo. A perda do habitat impacta diretamente a sobrevivência das espécies.

Uma das estratégias do governo norte-americano para proteger as abelhas é promover a conservação de habitats. Recentemente foi aprovada a conservação de um território de 28 000 quilômetros quadrados (o equivalente ao território do Havaí) para as abelhas.

O mais grave é o modelo de plantação de uma única cultura em grande escala, como grandes plantações de soja ou milho. Além de diminuir a biodiversidade da área, esse modelo prejudica as abelhas, pois deixa a sua dieta mais pobre e sem nutrientes ao longo do ano. E quando as plantas não estão florescidas, elas precisam buscar outras fontes.

As mudanças climáticas, causadas pelo aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, colabora para o sumiço das abelhas e para o desequilíbrio do ciclo de florescimento das flores. 

Um estudo publicado pela revista Science em 2015 identificou que abelhas dos Estados Unidos e da Europa estão desaparecendo em algumas regiões por não aguentar as temperaturas mais altas. Elas têm dificuldade de sobreviver em um cenário de aquecimento.


Bibliografia

Polinizadores no Brasil: contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais. Diversos autores. (Editora Fapesp). 


Ramon Ventura
Carolina Cunha

sexta-feira, 5 de maio de 2017

TETRA OURO

(Foto: Aquaportail.com)
Nome científico: Rachoviscus crassiceps.
Nome popular: tetra-ouro ou lambari-da-restinga.
Tamanho médio: aproximadamente, quatro centímetros.
Local onde é encontrado: riachos costeiros do sul do Brasil.
Habitat: Mata Atlântica.
Motivo da Busca: animal ameaçado de extinção!

Ele pode ser pequeno, mas chama uma atenção enorme com suas cores intensas. Amarelo e vermelho predominam em diversos tons e ele se destaca mesmo nadando nos riachos de águas escuras – porém, limpas! – do sul do Brasil, região onde vive.

Acontece que ver o tetra-ouro ou lambari-da-restinga é algo raro. Para que esse peixinho apareça, o ambiente em que vive precisa estar preservado e ter uma grande oferta de alimentos. Microcrustáceos, insetos aquáticos e terrestres, larvas de mosquitos, algas e aracnídeos fazem parte do seu cardápio.

Na hora da refeição, pelo menos cinco desses pequenos peixes se reúnem, formando um cardume que segue em busca de comida.

É fácil distinguir os machos e as fêmeas nesta espécie. O macho tem a barriga mais magra e retinha, além de cores mais fortes. Ele também tem um ganchinho na nadadeira que traz presa à barriga. Esse gancho é que o ajuda a se manter pertinho da fêmea na hora do acasalamento. Falando nas fêmeas... Elas são menos coloridas e têm a barriga mais larga e roliça, principalmente no período de reprodução. Ao avistarem uma fêmea nessas condições, os machos ficam agressivos entre si para disputar o posto de namorado dela.

Quer saber por que o tetra-ouro veio parar na Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção? Porque o ambiente em que esse peixe vive está ameaçado com o crescimento desordenado das cidades. O surgimento de muitos prédios e condomínios faz desaparecer o equilíbrio natural, prejudicando inúmeras espécies, entre elas o nosso peixinho supercolorido.

Ramon Ventura
Jean Carlos Miranda,
Luisa Resende Manna e
Rosana Mazzoni,
Departamento de Ecologia,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Revista CHC.

domingo, 16 de abril de 2017

TUCO TUCO

Conheça o tuco-tuco, roedor da região Sul do Brasil que corre risco de extinção

Ele parece um rato, mas é maior, mais peludo e tem uma mordida que dói um bocado. Não sabe de quem estamos falando? Então você precisa conhecer o Tuco-tuco, um roedor encontrado apenas na América do Sul e que corre o risco de sumir do mapa!


Tuco-tuco da espécie Ctenomys flamarioni, que vive recluso no subsolo e detesta ser incomodado. Também não gosta muito de luz, pois seus olhos são bem sensíveis.

Segundo o biólogo Thales Freitas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a preocupação é maior em relação a duas espécies: Ctenomys flamarioni Cteomys lamin. “No litoral gaúcho, elas já estão ameaçadas de extinção”, alerta.

Uma das principais ameaças aos tuco-tucos é o avanço da construção civil. Nas planícies litorâneas do Rio Grande do Sul, mais e mais casas estão sendo erguidas sobre os terrenos onde os tuco-tucos adoram cavar buracos e fazer tocas para morar. Engenhosos, eles constroem intermináveis redes de túneis que parecem labirintos subterrâneos e raramente saem de lá – apenas quando querem comer gramíneas ou para namorar.


Parente da capivara e da paca, o tuco-tuco mede cerca de 25 centímetros e tem pelagem marrom, podendo variar entre o bege-claro e o preto.

Outra ameaça a esses roedores é a agricultura. Com cada vez mais áreas destinadas ao plantio de soja e eucalipto no estado, os solos ficam progressivamente mais degradados. Mau negócio para os tuco-tucos: alguns deles já têm dificuldade para encontrar um lugar seguro para viver em paz.


Exemplar da espécie ‘Ctenomys minutus’. Apesar de fofos, os tuco-tucos não são animais domesticáveis. Na verdade, é muito difícil mantê-los em cativeiro, pois é bem complicado recriar as condições naturais em que eles gostam de viver.

Na tentativa de evitar a extinção desses animais, Thales coordena o Projeto Tuco-tuco, que busca aumentar a população desses roedores na região Sul. Em nosso país, existem cerca de dez diferentes espécies de tuco-tucos distribuídas, principalmente, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Mato Grosso e em Rondônia.

Ramon Ventura
Henrique Kugler
Revista CHC.

sábado, 14 de março de 2015

CUXIÚ PRETO

 (Foto-Fábio N. Manfredini)
Nome popular: Cuxiú-preto.
Nome científico: Chiropotes satanas.
Peso: 2,5 a 4 kg.
Tamanho: Cerca de 40 a 50 cm (sem contar a cauda, que mede quase o mesmo).
Habitat: Endêmica da Amazônia oriental brasileira, exclusivamente em florestas tropicais de terra firme.
Local onde é encontrado: Ocorrendo principalmente nos estados do Pará e Maranhão.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Cuxiú-preto (Chiropotes satanas): O Acrobata da Floresta Amazônica em Perigo

O cuxiú-preto, conhecido cientificamente como Chiropotes satanás, é um primata endêmico da Amazônia brasileira, cuja aparência distinta e comportamento social o tornam uma das espécies mais fascinantes — e também mais ameaçadas — das florestas tropicais.

O cuxiú-preto possui pelagem densa e escura, com um característico "barbicho" sob o queixo. Sua longa cauda, embora não preênsil, é usada como apoio no deslocamento pelas copas das árvores.

Essa espécie é endêmica da Amazônia oriental brasileira, ocorrendo principalmente nos estados do Pará e Maranhão. Vive exclusivamente em florestas tropicais de terra firme, preferindo áreas contínuas de dossel elevado, onde se locomove com agilidade entre as copas.

O cuxiú-preto é frugívoro, com dieta baseada em frutos, sementes e, ocasionalmente, flores e insetos. Seu papel ecológico é crucial como dispersor de sementes, ajudando na regeneração natural da floresta.

A fêmea dá à luz geralmente um único filhote por gestação, após um período gestacional de aproximadamente 5 a 6 meses. Os filhotes permanecem sob os cuidados da mãe por vários meses e atingem a maturidade sexual por volta dos 4 a 5 anos de idade.

É uma espécie altamente social, vivendo em grupos de 10 a 30 indivíduos. Comunica-se por meio de vocalizações, gestos e comportamentos corporais, e possui uma estrutura social coesa baseada em laços familiares.

O Chiropotes satanás está classificado como em perigo de extinção (EN) na Lista Vermelha da IUCN e também na lista nacional brasileira. As principais ameaças incluem:

Desmatamento intenso para agropecuária e extração de madeira. Fragmentação de habitat, que isola populações e compromete a reprodução. Caça ilegal, especialmente em áreas de maior pressão humana. Baixa taxa reprodutiva, o que dificulta a recuperação populacional.

Além de sua beleza singular e valor científico, o cuxiú-preto é fundamental para a manutenção da biodiversidade amazônica, agindo como jardineiro da floresta. Sua conservação depende de ações integradas de proteção de habitat, fiscalização ambiental e educação comunitária.

Seu nome científico, satanás, faz referência à aparência marcante e sombria, mas não representa qualquer comportamento agressivo. Apesar de pouco conhecido pelo público em geral, é uma das espécies de primatas mais ameaçadas do Brasil.

Preservar o cuxiú-preto é proteger uma parte essencial da Amazônia. A sua existência está profundamente ligada à saúde da floresta, dos ecossistemas e, consequentemente, do planeta. O conhecimento é o primeiro passo para a conservação — e compartilhar essas informações é uma forma de agir em prol da biodiversidade.


Ramon Ventura


domingo, 16 de março de 2014

ESCORPIÃO RARO

Nome científico: Troglorhopalurus translucidus. 
Nome popular: escorpião.
Tamanho: 38 milímetros.
Local onde é encontrado: apenas na Gruta do Lapão, uma caverna localizada na região do estado da Bahia.
Hábitat: Chapada Diamantina 
Motivo da busca: animal ameaçado de extinção.

Baleias, golfinhos e tartarugas são alguns animais que ao serem anunciados como ameaçados de extinção nos levam a lamentar imediatamente. Mas o que você sente quando fica sabendo que um escorpião está sob risco de desaparecer do planeta?  Alívio? 

Não se culpe. Muita gente pensa que os escorpiões são mortíferos. Mas, na realidade, embora todos piquem e tenham veneno, a grande maioria dos escorpiões é inofensiva ao ser humano. E a picada não é mais do que a de uma abelha. No Brasil, somente duas espécies são potencialmente perigosas, o escorpião-amarelo e o marrom.
Tudo esclarecido? Agora, vale a pena conhecer um escorpião raro, encontrado apenas em uma caverna do Brasil. Trata-se de um aracnídeo com oito pernas e um par de pinças, como qualquer outro escorpião. Mas, ao contrário de seus parentes que vivem fora de cavernas, esta espécie tem cor rara: é esbranquiçada. A falta de pigmentação é uma característica comum a vários bichos que habitam ambientes escuros. 

Pouco se sabe sobre esse escorpião encontrado na Chapada Diamantina, na Bahia. No entanto, o importante é ter em mente que, da mesma maneira que os demais animais, os escorpiões fazem de uma teia alimentar - são alimentos para mamíferos, aves e até outros aracnídeos, e têm como presas os insetos e outros pequenos animais!

Baratas, por exemplo, fazem parte do cardápio desses aracnídeos, que injetam seu veneno para paralisar suas presas e facilitar sua alimentação. O ferrão do escorpião fica na ponta de sua "cauda" e serve, também, para ele se defender dos predadores. 

Em apenas algumas linhas, você descobriu que os escorpiões têm o seu papel na natureza. Por isso, é importante preservar o seu hábitat e estudá-los. É compreendendo os hábitos das mais diferentes espécies que o ser humano poderá viver em mais harmonia com elas, preservando o equilíbrio ecológico. 

Mas, tudo bem, ninquem quer topar com um escorpião em casa, correto? Para evitar isso, basta tomar medidas que façam os insetos também passarem longe. Não acumular lixo e entulho são dicas importantes, entre outras. Afinal de contas, as baratas, por exemplo, adoram sujeira desse tipo. E se elas aparecem, há chances de um escorpião vir atrás!


Ramon Ventura 
Rodrigo Hirata Willemart
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo, e 
Felipe Bandoni Oliveira,
Colégio Santa Cruz.
Revista CHC.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

TARTARUGA DE COURO

Nome popular: Tartaruga-de-couro.

Nome científico: Dermochelys coriacea.

Peso: Até 700 kg.

Tamanho: Pode atingir 2 metros de comprimento.

Família: Dermochelyidae.

Habitat: Habitat inclui águas oceânicas profundas, onde passa a maior parte da vida adulta.

Local onde é encontrado: No Brasil, seus principais pontos de desova estão no litoral norte do Espírito Santo e sul da Bahia.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea): A Gigante dos Mares

A tartaruga-de-couro, cujo nome científico é Dermochelys coriacea, é a maior espécie de tartaruga marinha do planeta e uma das mais impressionantes da vida oceânica. Com sua aparência distinta e hábitos migratórios extremos, ela representa um símbolo da biodiversidade marinha e da luta pela conservação das espécies ameaçadas.

Pertencente à família Dermochelyidae, a tartaruga-de-couro pode atingir 2 metros de comprimento e pesar até 700 kg, embora a média fique entre 250 e 600 kg. Ao contrário de outras tartarugas marinhas, ela não possui carapaça rígida recoberta por placas ósseas, mas sim uma estrutura coriácea (semelhante ao couro), que lhe dá o nome popular.

Essa tartaruga tem ampla distribuição, ocorrendo nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, podendo ser avistada desde águas tropicais até regiões subpolares, o que a torna uma das tartarugas mais migratórias do mundo. No Brasil, seus principais pontos de desova estão no litoral norte do Espírito Santo e sul da Bahia.

Seu habitat inclui águas oceânicas profundas, onde passa a maior parte da vida adulta, mas retorna às praias arenosas para a reprodução.

A tartaruga-de-couro realiza longas migrações entre áreas de alimentação e praias de desova. As fêmeas retornam ao local onde nasceram para colocar seus ovos, geralmente à noite. A gestação leva cerca de 60 a 70 dias, e uma fêmea pode depositar entre 60 a 100 ovos por ninhada, em intervalos de 2 a 3 anos.

Sua dieta é especializada em água-viva, sendo uma das poucas espécies marinhas capazes de se alimentar desses organismos gelatinosos em grande quantidade. Sua garganta possui estruturas em forma de espinhos voltados para dentro, que evitam que a presa escape.

A tartaruga-de-couro está criticamente ameaçada de extinção, conforme diversas listas de conservação, incluindo o IBAMA e a IUCN. As principais ameaças incluem:

Captura acidental em redes de pesca industrial (bycatch);

Ingestão de lixo marinho, especialmente plásticos, confundidos com água-vivas.

Perda e ocupação das praias de desova devido ao turismo, urbanização e iluminação artificial;

Predação de ovos por humanos e animais domésticos;

Mudanças climáticas, que afetam a temperatura da areia e influenciam o sexo dos filhotes.

A tartaruga-de-couro é capaz de mergulhar a profundidades superiores a 1.200 metros, um dos maiores registros entre os répteis.

Sua temperatura corporal pode ser mantida acima da da água, graças a adaptações fisiológicas únicas, sendo considerada quase endotérmica.

Pode viver por mais de 50 anos, embora informações precisas sobre sua longevidade ainda estejam sendo estudadas.

A tartaruga-de-couro é uma verdadeira gigante dos oceanos, tanto em tamanho quanto em importância ecológica. Sua presença indica a saúde dos ecossistemas marinhos e sua preservação depende da ação conjunta de governos, comunidades costeiras e consumidores conscientes. Proteger a tartaruga-de-couro é proteger o futuro dos oceanos.

Ramon Ventura.

TARTARUGA MARINHA

Tartaruga-marinha (Cheloniidae) é a família da ordem das tartarugas que inclui as espécies de tartaruga que vivem no mar. 

O grupo é constituído por seis gêneros e sete espécies, todas elas ameaçadas de extinção. As tartarugas-marinhas habitam todos os oceanos, excepto o Oceano Antártico, em zonas de água tropical e subtropical. A maioria das espécies são migratórias e vagueiam pelos oceanos, orientando-se com a ajuda do campo magnético terrestre. A tartaruga-de-couro é a maior espécie, atingindo 2 m de comprimento e 1,5 m de largura, para 600 kg de peso. Após atingir a maturidade sexual, em muitas espécies apenas por volta dos 30 anos, a fêmea regressa à praia onde nasceu para enterrar os seus ovos na areia. 

As tartarugas são extremamente fiéis a este local e não nidificam noutras praias. As posturas da tartaruga de Kemp, por exemplo, estão totalmente confinadas a uma única praia na costa do México. A incubação leva cerca de dois meses após o que os juvenis escavam a saída e correm para o mar. A eclosão das tartarugas é um grande acontecimento ecológico e todos os predadores das redondezas (aves, peixes, mamíferos e seres humanos em busca dos ovos) acorrem a estas praias para caçar os juvenis. Calcula-se que apenas 1 em 100 consiga atingir a maturidade. A sobrevivência das tartarugas-marinhas continua em risco, após muitos anos de caça intensiva pela sua carapaça, carne (utilizada para sopa) e gordura. 

Atualmente a caça está controlada mas estes animais continuam a estar ameaçados pelas redes de pesca que matam cerca de 40 000 exemplares por ano. Outra das maiores ameaças é o desenvolvimento costeiro nas áreas de nidificação, que impede as fêmeas de pôr os ovos e impossibilita a sua reprodução.

Ramon Ventura

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ONÇA PINTADA

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA: Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Carnivora Família: 
Felidae Género: Panthera Espécie: P. onca INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 

A onça pintada é uma espécie carnívora e alimenta-se, principalmente, de capivaras, serpentes, coelhos, veados, antas e outros mamíferos de pequeno porte. Come também peixes que ela mesma captura em rios, pois possui a capacidade de nadar .

O acasalamento da onça pintada ocorre em qualquer época do ano e a fêmea costuma gerar de 1 a 4 filhotes por ano. Quando nasce, o filhote costuma pesar 1 kg aproximadamente. Esta espécie mamífera habita uma vasta região que vai do sul dos Estados Unidos até a Argentina. Esta presente em grande quantidade nas matas e florestas tropicais do Brasil. 

Possui mandíbulas muito fortes e, por isso, atacam suas vítimas mordendo na região do crânio O animal macho atinge a maturidade sexual por volta dos 3 anos, enquanto a fêmea alcança com apenas 2 anos. A expectativa de vida desta espécie (vivendo de forma selvagem) é de 12 anos aproximadamente. 

Em cativeiro, a onça pintada pode passar de 20 anos. Para caçar, as onças preferem o período da noite. 

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: Período de gestação: 95 a 110 dias Comprimento: em média 1,80 m (macho) e 1,40 m (fêmea) Peso: aproximadamente 100 kg Cor: mesclada de amarelo, preto e branco Altura: aproximadamente 80 cm Este belo animal está na lista dos aimais em extinção do brasil 

Ramon Ventura