segunda-feira, 17 de março de 2014

TARTARUGA VERDE

Nome popular: Tartaruga-Verde.

Nome científico: Chelonia mydas.

Peso: Entre 100 e 180 kg, podendo atingir até 230 kg.

Tamanho: Em média de 1 a 1,5 metro de comprimento.

Família: Cheloniidae.

Habitat: Habita principalmente águas tropicais e subtropicais, frequentando regiões costeiras rasas com abundância de algas marinhas e gramíneas oceânicas.

Local onde é encontrado: No Brasil, é vista em toda a costa, com destaque para o arquipélago de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Abrolhos e praias do Espírito Santo, Bahia e Sergipe.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tartaruga-Verde (Chelonia mydas): Guardiã dos Oceanos Tropicais

A Tartaruga-Verde, cientificamente conhecida como Chelonia mydas. Pertencente à família Cheloniidae, é uma das maiores espécies de tartarugas marinhas do mundo e um símbolo da vida marinha em regiões tropicais. Com um peso médio de 100 a 250 kg e um comprimento de carapaça que pode variar de 100 a 150 cm. Seu nome vem da coloração esverdeada da gordura sob sua carapaça, e não necessariamente da coloração externa do casco, que pode variar entre tons de marrom e verde-oliva.

A Tartaruga-Verde habita principalmente águas tropicais e subtropicais, frequentando regiões costeiras rasas com abundância de algas marinhas e gramíneas oceânicas, especialmente em recifes de coral, baías e estuários. Pode ser encontrada em diversos oceanos, incluindo o Atlântico, Pacífico e Índico, com destaque para países da América Central, América do Sul (inclusive o Brasil), Caribe, sudeste asiático e Oceania.

No Brasil, é vista em toda a costa, com destaque para o arquipélago de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Abrolhos e praias do Espírito Santo, Bahia e Sergipe.

A reprodução ocorre por meio de oviposição em praias tropicais, geralmente as mesmas onde nasceram. A gestação culmina com a postura de até 100 ovos por ninhada, que são incubados sob a areia por aproximadamente 45 a 70 dias. Após esse período, os filhotes rompem os ovos e correm em direção ao mar, enfrentando diversos predadores naturais.

As fêmeas atingem a maturidade sexual tardiamente, por volta dos 20 a 30 anos de idade, e podem retornar às praias para desovar a cada dois ou três anos.

Diferentemente de outras tartarugas marinhas, os adultos da espécie Chelonia mydas são estritamente herbívoros, alimentando-se principalmente de algas marinhas e capins submarinos. Já os filhotes e juvenis são onívoros, consumindo pequenos invertebrados como águas-vivas e crustáceos até que sua dieta se torne exclusivamente vegetal com o amadurecimento.

A Tartaruga-Verde está ameaçada de extinção, classificada como em perigo (EN) na Lista Vermelha da IUCN. Entre os principais fatores que contribuem para sua vulnerabilidade estão:

Captura acidental em redes de pesca (bycatch);

Caça ilegal de fêmeas e coleta de ovos;

Poluição marinha, principalmente plásticos, que podem ser ingeridos acidentalmente;

Destruição de áreas de desova devido à urbanização costeira;

Mudanças climáticas, que alteram a temperatura da areia, afetando o sexo dos filhotes (já que a temperatura define o sexo durante a incubação).

Além de serem parte essencial da biodiversidade marinha, as Tartarugas-Verdes desempenham um papel crucial na manutenção dos ecossistemas costeiros, ajudando a controlar o crescimento excessivo de algas e mantendo a saúde dos leitos marinhos.

Projetos como o Projeto Tamar, no Brasil, têm sido fundamentais na preservação da espécie, por meio de monitoramento, educação ambiental e proteção das praias de desova. A conscientização global e a regulamentação da pesca também são medidas essenciais para garantir a sobrevivência dessa magnífica espécie.


Ramon ventura.

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