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domingo, 18 de junho de 2023

FAVEIRO DE WILSON

Nome popular: Faveiro-de-Wilson.

Nome científico: Dimorphandra wilsonii.

Tamanho: Até 20 metros de altura, com copa ampla e flores vistosas.

Família: Fabaceae.

Habitat: Áreas de cerradão e transições entre cerrado e mata seca, geralmente em solos bem drenados.

Local onde é encontrado: Apenas em fragmentos florestais isolados na região central de Minas Gerais, especialmente nos municípios de Paraopeba, Caetanópolis e Sete Lagoas.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Faveiro-de-Wilson (Dimorphandra wilsonii): Uma Joia Rara do Cerrado

O Faveiro-de-Wilson, cientificamente conhecido como Dimorphandra wilsonii, é uma espécie arbórea rara e endêmica do Cerrado brasileiro, considerada uma das plantas mais ameaçadas de extinção no país. Pertencente à família Fabaceae, essa espécie é símbolo da riqueza e da vulnerabilidade do bioma Cerrado.

De porte médio a grande, o Faveiro-de-Wilson pode alcançar até 20 metros de altura, com copa ampla e flores vistosas, que atraem diversas espécies de polinizadores. A floração costuma ocorrer entre os meses mais secos do ano, contribuindo com recursos importantes para a fauna local durante esse período.

Seu habitat original são áreas de cerradão e transições entre cerrado e mata seca, geralmente em solos bem drenados. No entanto, a espécie possui uma distribuição extremamente restrita, sendo encontrada apenas em fragmentos florestais isolados na região central de Minas Gerais, especialmente nos municípios de Paraopeba, Caetanópolis e Sete Lagoas.

O Faveiro-de-Wilson está classificado como Criticamente em Perigo (CR) pela Lista Vermelha da IUCN e pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. Seus principais fatores de risco incluem:

Expansão urbana e industrial;

Atividades agropecuárias intensivas;

Supressão de vegetação nativa e fragmentação do habitat;

Fogo e manejo inadequado da terra.

Além disso, a baixa variabilidade genética e o número reduzido de indivíduos na natureza agravam sua situação, dificultando a regeneração natural e a resiliência da espécie.

Atualmente, esforços de pesquisa, mapeamento e conservação ex situ estão sendo conduzidos por instituições ambientais e universidades. Esses projetos visam tanto a proteção de exemplares remanescentes quanto a reintrodução controlada em áreas protegidas, buscando restaurar populações viáveis ao longo do tempo.

Preservar o Faveiro-de-Wilson é mais do que proteger uma árvore — é garantir a permanência de uma espécie única, ligada a processos ecológicos e culturais do Cerrado. O reconhecimento da sua importância é essencial para impulsionar políticas públicas e conscientização sobre o valor da biodiversidade brasileira.


Ramon Ventura.