(foto: Gustavo Magnago) |
Nome científico: Nemosia rourei.
Nome popular: Saíra-apunhalada.
Locais onde é encontrado: nas montanhas do Espírito Santo
Habitat: mata atlântica
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção
Espécie existe somente no Espírito Santo e corre risco de extinção – daí a importância de criar uma área de proteção do seu habitat.
Em 1870, um explorador francês, caminhando pelo interior do estado do Espírito Santo, capturou, pela primeira vez, uma ave nunca antes encontrada. O pássaro ganhou o nome científico de Nemosia rourei – uma homenagem ao explorador, Jean Roure – e é conhecido como saíra-apunhalada. Infelizmente, hoje, o animal corre risco de desaparecer do planeta: com a destruição de seu habitat, um pequeno trecho da mata atlântica, restam apenas 50 representantes da espécie.
Saíra-apunhalada (Nemosia rourei): o nome popular, dramático, faz referência à mancha vermelha que o pássaro possui do bico até o peito, e que lembra sangue escorrendo de um ferimento.
A saíra-apunhalada vive nas montanhas do Espírito Santo, perto da divisa com Minas Gerais. Esta é a única região do planeta em que ela é encontrada! “O fato de a saíra ser uma espécie de habitat restrito sem dúvida contribuiu para que se tornasse naturalmente mais vulnerável às alterações do ambiente”, conta o biólogo Edson Ribeiro Luiz, da Associação de Conservação das Aves do Brasil (Save Brasil). “Mas a destruição da mata atlântica, alterando quase 90% do bioma, foi o grande fator para que restassem tão poucas aves”.
Para preservar a espécie, a Save Brasil, junto com o Governo do Estado do Espírito Santo, está criando uma área de proteção ambiental especial. “Não sabemos se os poucos indivíduos restantes conseguirão tirar a espécie da ameaça de extinção. É uma corrida contra o tempo”, diz o especialista. Além da saíra-apunhalada, outros bichos, como anfíbios e mamíferos, vão se beneficiar da conservação daquele ambiente.
A espécie se alimenta de insetos, vive em pequenos grupos e só habita florestas bem cuidadas.
Edson explicou à CHC que é muito importante que as pessoas – visitantes ou moradores da região – se envolvam com a proteção da saíra. “Ela é um patrimônio exclusivo dos capixabas. Isso é uma honra, mas também uma grande responsabilidade: é preciso fazer algo para protegê-la”, destaca. A natureza pode contar com a sua ajuda?
Ramon Ventura
Everton Lopes
Revista CHC.
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