Nome científico: Leontopithecus caissara.
Nome popular: mico leão da cara preta.
Tamanho: cerca de 30 centímetros de comprimento (sem considerar a cauda que, em geral, tem a mesma medida do corpo do animal).
Peso: 600 gramas, aproximadamente.
Local onde é encontrado: na ilha de Superagui, dentro dos limites do Parque Nacional de Superagui - extremo norte do estado do Paraná - e em uma pequena porção continental vizinha à ilha, nos estados do Paraná e São Paulo.
Hábitat: áreas planas da Mata Atlântica no extremo sul de São Paulo e no extremo norte do Paraná.
Motivo da busca: animal ameaçado de extinção.
Cada grupo de micos-leões é territorialista, ou seja, utiliza uma parte da floresta para viver e defendem essa área da invasão de outros grupos de micos-leões.
Esses animais passam o dia percorrendo seu território se alimentando de frutos, folhas, sementes, pequenos anfíbios e insetos que vivem no interior das bromélias. Eles também comem cogumelos que nascem nos troncos das árvores durante o inverno, quando a disponibilidade de frutos na floresta é menor.
Ao final de um dia de atividades, as famílias de micos-leões se abrigam nos ocos das árvores para passar a noite.
Das quatro espécies de micos-leões - dourado, preto, da-cara-dourada e da-cara-preta, esta última é a que se encontra mais seriamente ameaçada de extinção. Hoje, os principais riscos são a reduzida população, estimada entre 400 e 500 indivíduos na natureza, e a pequena extensão de área em que são encontrados -- cerca de 300 quilômetros quadrados. Mas foi a caça, o tráfico de animais, a fragmentação e a perda de áreas de Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, que tornaram os micos-leões espécies raras e ameaçadas.
O IPÊ -- Instituto de Pesquisas Ecológicas -- vem trabalhando pela conservação do mico-leão-da-cara-preta desde 1995. Ao longo desses anos, muito se aprendeu sobre a espécie para que fosse possível planejar o manejo dos micos-leões-da-cara-preta para outras áreas em que a população desse animal possa crescer o suficiente para tornar-se livre do risco de extinção. Tão importante quanto as pesquisas é a educação ambiental, para que a comunidade local compreenda a importância da preservação de sua fauna. E tão importante quanto a educação ambiental é a criação de fontes alternativas de renda, para que as pessoas deixem de caçar e vender os animais.
Como é possível perceber, todas as ações conjuntas buscam a conservação do mico-leão-da-cara-preta, e sendo esta uma espécie que precisa de sua floresta saudável, estamos também preservando o que restou da Mata Atlântica, um ecossistema tão rico em fauna e flora, que pode ser considerado um tesouro!
Antes de encerrar esta conversa, não custa lembrar que qualquer esforço de preservação necessita da ajuda de todos. Portanto, seja você também um protetor da natureza. Assim, você se tornará um aliado do mico-leão-da-cara-preta e de todas as espécies ameaçadas de extinção!
Ramon Ventura
Alexandre T. Amaral Nascimento,
Projeto Conservação do Mico Leão da Cara Preta,
Instituto de Pesquisas Ecológicas
Revista CHC
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