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segunda-feira, 9 de junho de 2025

BORBOLETA DA PRAIA


Nome popular:
Borboleta-da-praia. 

Nome científico: Parides ascanius.

Peso: É inferior a 1 grama.

Tamanho: Apresenta envergadura entre 7 a 9 cm.

Família: Papilionidae.

Habitat: Ambientes úmidos costeiros, como brejos e áreas de restinga.

Local onde é encontrado: No estado do Rio de Janeiro.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Borboleta-da-praia (Parides ascanius): uma joia ameaçada da restinga brasileira


Parides ascanius, popularmente conhecida como borboleta-da-praia, é uma espécie endêmica do sudeste do Brasil, notadamente nos ecossistemas de restinga e brejos associados à Mata Atlântica, com registros principalmente no estado do Rio de Janeiro.

Essa espécie pertence à família Papilionidae e apresenta envergadura entre 7 a 9 cm. Seu peso é inferior a 1 grama, como é característico de borboletas. Os adultos possuem coloração preta com manchas vermelhas nas asas posteriores e áreas claras nas asas anteriores, características que a tornam facilmente identificável.

O habitat natural da Parides ascanius são ambientes úmidos costeiros, como brejos e áreas de restinga, os quais vêm sendo cada vez mais reduzidos e fragmentados. Sua distribuição é altamente restrita, o que a torna particularmente vulnerável a alterações ambientais.

Os adultos alimentam-se do néctar de flores típicas da vegetação de restinga. As lagartas são altamente especializadas e dependem exclusivamente da planta Aristolochia macroura como hospedeira para sua alimentação e desenvolvimento. Esse fator reforça sua dependência de habitats específicos e sua sensibilidade a distúrbios ambientais.

O ciclo reprodutivo, como em outras borboletas, envolve a oviposição em folhas da planta hospedeira, seguida pelo desenvolvimento larval e pupação. Não há dados exatos sobre o tempo total de gestação, mas estima-se que o desenvolvimento completo do ovo ao adulto dure algumas semanas, dependendo das condições ambientais.

A borboleta-da-praia está listada como espécie ameaçada de extinção no Brasil, classificada como Vulnerável (VU) pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. As principais ameaças incluem:

Destruição e fragmentação do habitat, devido à urbanização costeira, drenagem de brejos e expansão agrícola. Poluição e alteração do ciclo hidrológico nas áreas de restinga. Redução da planta hospedeira (Aristolochia macroura), que compromete a reprodução da espécie.

Parides ascanius é considerada uma espécie indicadora ambiental, ou seja, sua presença reflete a qualidade ecológica dos ecossistemas costeiros. Sua conservação está diretamente relacionada à proteção das restingas e brejos — ecossistemas historicamente negligenciados na agenda ambiental brasileira.

Preservar a borboleta-da-praia é preservar todo um ecossistema delicado e fundamental. O seu desaparecimento seria mais do que a perda de uma espécie: seria o colapso de uma cadeia ecológica interdependente. O esforço pela conservação das áreas de restinga e a recuperação da planta hospedeira são ações urgentes para garantir sua sobrevivência.


Ramon Ventura

CHOROZINHO DE PAPO PRETO

Nome popular: Chorozinho-de-papo-preto.

Nome científico: Herpsilochmus pectoralis.

Peso: Cerca de 9 a 12 gramas.

Tamanho: Medindo entre 11 e 12 cm de comprimento.

Família: Thamnophilidae.

Habitat: É restrita a ambientes de mata seca e arbustiva, típicos do bioma Caatinga.

Local onde é encontrado: Nos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraíba.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis): Uma Joia Rara da Avifauna Brasileira


O Chorozinho-de-papo-preto, cujo nome científico é Herpsilochmus pectoralis, é uma ave passeriforme pertencente à família Thamnophilidae, conhecida popularmente como família dos papa-formigas. Esta pequena e discreta ave endêmica do Brasil está seriamente ameaçada de extinção, sendo símbolo da biodiversidade única — e ameaçada — da Caatinga.

O Chorozinho-de-papo-preto é uma ave de pequeno porte, medindo entre 11 e 12 cm de comprimento e pesando em média cerca de 9 a 12 gramas. O macho adulto apresenta plumagem cinza com o peito negro, característica que dá nome à espécie. As fêmeas, por sua vez, possuem coloração mais pálida e não exibem o papo preto tão evidente.

Essa espécie é restrita a ambientes de mata seca e arbustiva, típicos do bioma Caatinga. É encontrada em fragmentos florestais de áreas secas e bem preservadas no nordeste do Brasil, especialmente nos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraíba, com registros mais recentes concentrados em áreas protegidas e remanescentes florestais do agreste e do sertão.

A alimentação do Herpsilochmus pectoralis consiste, principalmente, de pequenos insetos e artrópodes que captura nas folhagens e galhos finos. É uma ave ativa, que costuma forragear em pares ou pequenos grupos mistos de aves insetívoras.

Informações detalhadas sobre a reprodução da espécie ainda são limitadas, mas como a maioria dos thamnofilídeos, o Chorozinho-de-papo-preto constrói ninhos em forma de tigela com materiais vegetais. A incubação e o cuidado parental são provavelmente compartilhados entre macho e fêmea, como ocorre em espécies próximas.

O Chorozinho-de-papo-preto encontra-se atualmente classificado como "Criticamente em Perigo" (CR) na Lista Vermelha da IUCN e na lista oficial do ICMBio. Sua população total estimada é inferior a 250 indivíduos maduros.

A principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento da Caatinga, devido à expansão agrícola, pecuária, uso de lenha e urbanização desordenada. A fragmentação extrema de seu habitat impede o fluxo genético entre populações e compromete a viabilidade reprodutiva da espécie.

Além disso, por ser uma espécie altamente especializada e com distribuição muito restrita, qualquer perda de habitat tem impacto desproporcional sobre sua sobrevivência.

O Chorozinho-de-papo-preto representa um dos muitos exemplos de aves que dependem da conservação da Caatinga, um bioma historicamente negligenciado nas políticas públicas. A proteção de fragmentos florestais, o reflorestamento com espécies nativas e a criação de corredores ecológicos são medidas essenciais para garantir a persistência da espécie.

Estudos adicionais sobre sua biologia reprodutiva, comportamento e dinâmica populacional são urgentes, pois a falta de dados é um dos principais obstáculos à elaboração de estratégias de manejo eficazes. O Chorozinho-de-papo-preto é um alerta para a urgência da conservação do semiárido brasileiro e uma inspiração para políticas ambientais mais inclusivas e regionalizadas.


Ramon Ventura

TONINHA

Nome popular: Toninha.

Nome científico: Pontoporia blainvillei.

Peso: Entre 30 e 50 kg.

Tamanho: Entre 1,3 e 1,7 metros de comprimento.

Família: Phocoenidae.

Habitat: Habita águas costeiras rasas e turvas, geralmente próximas à foz de rios, estuários e regiões com bancos de areia.

Local onde é encontrado: No Brasil, sua presença é mais comum do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Toninha (Pontoporia blainvillei): O Golfinho Mais Ameaçado do Brasil


A toninha, também conhecida como franciscana, é uma das menores e mais discretas espécies de golfinhos do mundo. Seu nome científico é Pontoporia blainvillei, e ela é um dos cetáceos mais ameaçados da América do Sul. Apesar de pouco conhecida pelo público, a toninha desempenha um papel importante no ecossistema marinho costeiro.

A toninha possui corpo pequeno e hidrodinâmico. Os adultos medem entre 1,3 e 1,7 metros de comprimento e pesam entre 30 e 50 kg. Sua coloração varia do cinza ao marrom-claro, com o ventre mais claro. Uma característica marcante da espécie é o seu rostro (focinho) extremamente alongado e fino, que pode representar até 15% do comprimento do corpo.

Esse pequeno golfinho habita águas costeiras rasas e turvas, geralmente próximas à foz de rios, estuários e regiões com bancos de areia. A toninha é encontrada exclusivamente na costa atlântica da América do Sul, desde o Espírito Santo (Brasil) até o Golfo San Matías, na Argentina. No Brasil, sua presença é mais comum do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.

A dieta da toninha é composta principalmente por pequenos peixes, lulas e crustáceos. Ela se alimenta em águas rasas, utilizando seu longo rostro para capturar presas que se escondem no fundo arenoso.

A toninha tem um ciclo reprodutivo relativamente lento. A gestação dura cerca de 11 meses e geralmente resulta no nascimento de apenas um filhote. O intervalo entre as gestações é de aproximadamente dois anos, o que torna a recuperação da espécie mais difícil diante das ameaças que enfrenta.

A principal ameaça à toninha é a captura acidental em redes de pesca, especialmente nas chamadas redes de emalhe, usadas na pesca artesanal e industrial. Por ser uma espécie que vive próxima à costa, ela está extremamente vulnerável à interação com atividades humanas. A poluição marinha, o tráfego de embarcações, a degradação do habitat e o ruído subaquático também são fatores que colocam sua sobrevivência em risco.

Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a toninha é classificada como "Criticamente em Perigo" no Brasil. Estimativas apontam que milhares de indivíduos morrem anualmente por causa de capturas acidentais.

A toninha raramente é avistada na superfície, pois é tímida e evita embarcações. Ao contrário de outros golfinhos mais sociáveis, a toninha costuma ser vista sozinha ou em pequenos grupos.

Por viver em águas costeiras muito frequentadas pelo ser humano, ela serve como um indicador da saúde dos ecossistemas marinhos.

Apesar de sua aparência graciosa e importância ecológica, a toninha ainda é uma espécie pouco conhecida do público e, infelizmente, extremamente ameaçada. A conservação da toninha depende de ações urgentes, como o monitoramento da pesca, a criação de áreas marinhas protegidas e programas de educação ambiental. Conhecer mais sobre essa espécie é um passo essencial para garantir sua preservação para as futuras gerações.


Ramon Ventura

sábado, 14 de dezembro de 2019

GALO DE CAMPINA

Nome popular: Galo-de-campina.

Nome científico: Paroaria dominicana.

Peso: Aproximadamente 20 a 30 gramas.

Tamanho: Medindo entre 16 e 18 centímetros de comprimento.

Família: Emberizidae.

Habitat: habita áreas abertas, como caatingas, campos secos, zonas rurais e até mesmo áreas urbanas e jardins com vegetação arbustiva.

Local onde é encontrado: Nos estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Alagoas.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Galo-de-campina (Paroaria dominicana): Um símbolo da avifauna brasileira

O Galo-de-campina, conhecido cientificamente como Paroaria dominicana, é uma das aves mais emblemáticas do Brasil. Com sua vibrante plumagem vermelha na cabeça, contrastando com o branco do corpo e o cinza das asas, ele chama a atenção tanto de observadores de aves quanto de pesquisadores.

O Galo-de-campina é uma ave de pequeno porte, medindo entre 16 e 18 centímetros de comprimento e pesando aproximadamente 20 a 30 gramas. Seu corpo é esguio, com um bico curto e robusto, ideal para seu tipo de alimentação. A coloração intensa da cabeça, que varia entre o vermelho escarlate e o carmim, é sua marca registrada, sendo mais pronunciada nos machos.

Essa ave é nativa da América do Sul e tem ampla distribuição no nordeste e sudeste do Brasil, especialmente nos estados do Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e Alagoas. Também pode ser encontrada em algumas regiões da América Central e do Caribe. O Galo-de-campina habita áreas abertas, como caatingas, campos secos, zonas rurais e até mesmo áreas urbanas e jardins com vegetação arbustiva.

A reprodução do Galo-de-campina ocorre geralmente durante a estação chuvosa. O período de gestação (incubação dos ovos) dura entre 12 e 14 dias, e a fêmea geralmente põe 2 a 3 ovos por ninhada. Os filhotes permanecem no ninho por cerca de duas semanas antes de alçar voo, sendo alimentados pelos pais até estarem prontos para se alimentar sozinhos.

A dieta do Galo-de-campina é onívora, composta por sementes, frutas, insetos e pequenos artrópodes. Em cativeiro, costuma-se oferecer uma mistura de sementes e frutas frescas. Na natureza, sua alimentação variada contribui para o controle de insetos e a dispersão de sementes, sendo importante para o equilíbrio ecológico.

Apesar de ainda não estar listado como espécie ameaçada globalmente, o Galo-de-campina enfrenta ameaças crescentes que podem comprometer sua população. Entre os principais fatores estão:

Tráfico ilegal de aves silvestres: Por sua beleza e canto melodioso, é uma das aves mais capturadas para venda ilegal.

Destruição do habitat: O avanço da agricultura, queimadas e desmatamento reduzem significativamente seu espaço natural.

Urbanização desordenada: A expansão de áreas urbanas sem planejamento compromete áreas verdes onde a espécie costuma viver e se alimentar.


Esses fatores colocam a espécie em risco local de extinção, especialmente em regiões onde o tráfico de animais é intenso.

O Galo-de-campina é muitas vezes confundido com o Cardeal-do-nordeste (Paroaria coronata), mas são espécies diferentes. É uma ave extremamente territorial e pode ser vista em pares ou pequenos grupos. Seu canto é melodioso e repetitivo, sendo uma característica apreciada por criadores e observadores.

Preservar o Galo-de-campina é preservar uma parte importante da biodiversidade brasileira. A conscientização sobre o tráfico de aves silvestres e o incentivo à proteção dos habitats naturais são medidas essenciais para garantir que essa bela espécie continue colorindo nossas paisagens e encantando as futuras gerações.


Ramon ventura

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

MICO LEÃO DE CARA PRETA

Nome popular: Mico-Leão-de-Cara-Preta.

Nome científico: Leontopithecus caissara.

Peso: Entre 500 e 700 gramas.

Tamanho: Seu tamanho pode alcançar de 20 a 30 centímetros de comprimento, além de uma cauda que pode medir entre 30 e 40 centímetros.

Família: Callitrichidae.

Habitat: Áreas de floresta densa.

Local onde é encontrado: São encontrados nas florestas tropicais do estado do Paraná e de São Paulo.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Mico-Leão-de-Cara-Preta: Um Tesouro Raro da Biodiversidade Brasileira

O Mico-Leão-de-Cara-Preta, cientificamente conhecido como Leontopithecus caissara, é uma espécie fascinante de primata que pertence à família Callitrichidae. Essa pequena maravilha da natureza é um dos mais emblemáticos representantes da rica biodiversidade brasileira.

O Mico-Leão-de-Cara-Preta é um animal de porte pequeno, com um peso médio que varia entre 500 e 700 gramas. Seu tamanho pode alcançar de 20 a 30 centímetros de comprimento, além de uma cauda que pode medir entre 30 e 40 centímetros. Sua pelagem é predominantemente dourada, com uma face preta característica que lhe dá o nome.

Esses micos são encontrados nas florestas tropicais do estado do Paraná e de São Paulo, Brasil, mais especificamente na região da Mata Atlântica. Eles habitam áreas de floresta densa, onde a disponibilidade de alimentos e abrigo é abundante.

A gestação do Mico-Leão-de-Cara-Preta dura aproximadamente 125 a 130 dias, após os quais a fêmea geralmente dá à luz a gêmeos. Esse período de gestação é crucial para o desenvolvimento dos filhotes, que nascem indefesos e dependem inteiramente do cuidado parental.

A dieta do Mico-Leão-de-Cara-Preta é diversificada e inclui frutos, insetos, pequenos vertebrados e néctar. Sua alimentação é fundamental para a dispersão de sementes e para a manutenção do equilíbrio ecológico nas florestas que habita.

Infelizmente, o Mico-Leão-de-Cara-Preta é uma espécie que corre sério risco de extinção. A destruição de seu habitat natural devido à urbanização e à agricultura, além da captura para o comércio ilegal de animais, são os principais motivos que ameaçam sua sobrevivência. A conservação desses animais é de extrema importância para a preservação da biodiversidade.

Diversos esforços de conservação estão em andamento para proteger o Mico-Leão-de-Cara-Preta. Programas de reprodução em cativeiro, monitoramento de populações selvagens e educação ambiental são algumas das estratégias utilizadas para garantir a sobrevivência dessa espécie. A pesquisa científica também desempenha um papel crucial na compreensão das necessidades ecológicas e comportamentais desses primatas.

O Mico-Leão-de-Cara-Preta desempenha um papel vital no ecossistema da Mata Atlântica. Como dispersor de sementes, contribui para a regeneração da floresta e para a manutenção da biodiversidade. Além disso, a presença desses micos é um indicador da saúde do habitat, refletindo a qualidade ambiental da região.

O Mico-Leão-de-Cara-Preta é um símbolo da rica biodiversidade brasileira e um lembrete da importância da conservação ambiental. Proteger essa espécie e seu habitat não é apenas uma questão de preservar uma espécie rara, mas também de garantir a saúde dos ecossistemas que sustentam inúmeras formas de vida. A conscientização e o apoio à conservação são fundamentais para assegurar o futuro desses incríveis animais.

Ramon ventura.

sábado, 26 de agosto de 2017

ARARAJUBA

Nome popular: Ararajuba.

Nome científico: Guaruba guarouba.

Peso: Varia entre 250 e 350 gramas.

Tamanho: Pode alcançar de 34 a 38 centímetros de comprimento.

Família: Psittacidae.

Habitat: Áreas com abundância de árvores altas e frutíferas.

Local onde é encontrado: Nas florestas tropicais da Amazônia brasileira, mais especificamente nas regiões de floresta densa e áreas de transição.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Ararajuba: A Joia Dourada das Florestas Brasileiras

A Ararajuba, cientificamente conhecida como Guaruba guarouba, é uma espécie de ave icônica que pertence à família Psittacidae. Essa bela ave é um símbolo da rica biodiversidade brasileira e é reconhecida por sua plumagem vibrante e comportamento social.

A Ararajuba é uma ave de porte médio, com um peso que varia entre 250 e 350 gramas. Seu tamanho pode alcançar de 34 a 38 centímetros de comprimento. Sua plumagem é predominantemente amarela, com asas e cauda verdes. A Ararajuba é conhecida por sua beleza e é frequentemente procurada por observadores de aves e entusiastas da natureza.

Essas aves são encontradas nas florestas tropicais da Amazônia brasileira, mais especificamente nas regiões de floresta densa e áreas de transição. Elas habitam áreas com abundância de árvores altas e frutíferas, que são essenciais para sua alimentação e reprodução.

A gestação da Ararajuba, ou melhor, o período de incubação dos ovos, dura aproximadamente 30 dias. A fêmea geralmente põe de 2 a 4 ovos em ninhos feitos em cavidades de árvores. Durante esse período, o macho e a fêmea compartilham as responsabilidades de incubação e cuidado dos filhotes.

A dieta da Ararajuba é composta principalmente de frutos, sementes e flores. Elas desempenham um papel crucial na dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração das florestas. Sua alimentação é diversificada e adaptada às condições sazonais da floresta.

Infelizmente, a Ararajuba é uma espécie que corre sério risco de extinção. A destruição de seu habitat natural devido à desmatamento e à expansão agrícola, além da captura para o comércio ilegal de aves, são os principais motivos que ameaçam sua sobrevivência. A conservação dessas aves é de extrema importância para a preservação da biodiversidade.

Diversos esforços de conservação estão em andamento para proteger a Ararajuba. Programas de reprodução em cativeiro, monitoramento de populações selvagens e educação ambiental são algumas das estratégias utilizadas para garantir a sobrevivência dessa espécie. A pesquisa científica também desempenha um papel crucial na compreensão das necessidades ecológicas e comportamentais dessas aves.

A Ararajuba desempenha um papel vital no ecossistema da floresta tropical. Como dispersora de sementes, contribui para a regeneração da floresta e para a manutenção da biodiversidade. Além disso, a presença dessas aves é um indicador da saúde do habitat, refletindo a qualidade ambiental da região.

A Ararajuba é um símbolo da beleza e da riqueza natural do Brasil. Proteger essa espécie e seu habitat não é apenas uma questão de preservar uma ave rara, mas também de garantir a saúde dos ecossistemas que sustentam inúmeras formas de vida. A conscientização e o apoio à conservação são fundamentais para assegurar o futuro dessas incríveis aves.

Ramon Ventura.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

MICO LEÃO PRETO

(upload.wikimedia.org)
Nome popular: Mico-Leão-Preto.

Nome científico: Leontopithecus chrysopygus.

Peso: Varia entre 500 e 700 gramas. 

Tamanho: Seu tamanho pode alcançar de 20 a 30 centímetros de comprimento, além de uma cauda que pode medir entre 30 e 40 centímetros.

Família: Callitrichidae.

Classe: Mammalia.

Ordem: Primates.

Habitat: Eles habitam áreas de floresta densa, onde a disponibilidade de alimentos e abrigo é abundante.

Local onde é encontrado: São encontrados nas florestas tropicais do estado de São Paulo, Brasil, mais especificamente na região da Mata Atlântica.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Mico-Leão-Preto: Um Tesouro Raro da Biodiversidade Brasileira

O Mico-Leão-Preto, cientificamente conhecido como Leontopithecus chrysopygus, é uma espécie fascinante de primata que pertence à família Callitrichidae. Este pequeno mamífero é um dos mais emblemáticos representantes da rica biodiversidade brasileira.

O Mico-Leão-Preto é um animal de porte pequeno, com um peso médio que varia entre 500 e 700 gramas. Seu tamanho pode alcançar de 20 a 30 centímetros de comprimento, além de uma cauda que pode medir entre 30 e 40 centímetros. Sua pelagem é predominantemente preta, com manchas douradas características na face e nas mãos.

Esses micos são encontrados nas florestas tropicais do estado de São Paulo, Brasil, mais especificamente na região da Mata Atlântica. Eles habitam áreas de floresta densa, onde a disponibilidade de alimentos e abrigo é abundante.

A gestação do Mico-Leão-Preto dura aproximadamente 125 a 130 dias, após os quais a fêmea geralmente dá à luz a gêmeos. Esse período de gestação é crucial para o desenvolvimento dos filhotes, que nascem indefesos e dependem inteiramente do cuidado parental.

A dieta do Mico-Leão-Preto é diversificada e inclui frutos, insetos, pequenos vertebrados e néctar. Sua alimentação é fundamental para a dispersão de sementes e para a manutenção do equilíbrio ecológico nas florestas que habita.

Infelizmente, o Mico-Leão-Preto é uma espécie que corre sério risco de extinção. A destruição de seu habitat natural devido à urbanização e à agricultura, além da captura para o comércio ilegal de animais, são os principais motivos que ameaçam sua sobrevivência. A conservação desses animais é de extrema importância para a preservação da biodiversidade.

Diversos esforços de conservação estão em andamento para proteger o Mico-Leão-Preto. Programas de reprodução em cativeiro, monitoramento de populações selvagens e educação ambiental são algumas das estratégias utilizadas para garantir a sobrevivência dessa espécie. A pesquisa científica também desempenha um papel crucial na compreensão das necessidades ecológicas e comportamentais desses primatas.

O Mico-Leão-Preto desempenha um papel vital no ecossistema da Mata Atlântica. Como dispersor de sementes, contribui para a regeneração da floresta e para a manutenção da biodiversidade. Além disso, a presença desses micos é um indicador da saúde do habitat, refletindo a qualidade ambiental da região.

O Mico-Leão-Preto é um símbolo da rica biodiversidade brasileira e um lembrete da importância da conservação ambiental. Proteger essa espécie e seu habitat não é apenas uma questão de preservar uma espécie rara, mas também de garantir a saúde dos ecossistemas que sustentam inúmeras formas de vida. A conscientização e o apoio à conservação são fundamentais para assegurar o futuro desses incríveis animais.

Ramon Ventura.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

PICA PAU DE CARA AMARELA

Nome popular: Pica-pau-de-cara-amarela.

Nome científico: Dryocopus galeatus.

Peso: Cerca de 200 a 250 gramas.

Tamanho: Mede aproximadamente 30 centímetros de comprimento.

Família: Picidae.

Ordem: Piciformes.

Habitat: Ele habita florestas primárias bem preservadas, principalmente em áreas de mata densa, de altitude variada.

Local onde é encontrado: Ocorrendo em regiões do sul da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e norte de Santa Catarina.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção! 


Pica-pau-de-cara-amarela (Dryocopus galeatus): Um tesouro alado ameaçado da Mata Atlântica

O Pica-pau-de-cara-amarela, cientificamente conhecido como Dryocopus galeatus, é uma das aves mais emblemáticas e raras da fauna brasileira. Sua aparência marcante, com penas pretas contrastando com a face amarelo-vivo e uma crista vermelha proeminente (no macho), o torna inconfundível na natureza.

Essa espécie mede aproximadamente 30 centímetros de comprimento e pesa cerca de 200 a 250 gramas. É um dos maiores pica-paus da América do Sul. Seu bico robusto é adaptado para escavar madeira em busca de alimento ou para construção de ninhos.

O Pica-pau-de-cara-amarela é endêmico da Mata Atlântica, ocorrendo em regiões do sul da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e norte de Santa Catarina. Ele habita florestas primárias bem preservadas, principalmente em áreas de mata densa, de altitude variada.

Sua dieta é baseada principalmente em larvas de insetos xilófagos, formigas, cupins e pequenos invertebrados que encontra em troncos e galhos, além de frutos silvestres. É um importante agente de controle biológico de pragas nas florestas.

A espécie tem reprodução sazonal, geralmente durante a primavera. O casal escava um ninho em árvores ocas ou troncos altos, onde a fêmea deposita de 2 a 3 ovos. O período de incubação dura cerca de 13 a 15 dias, e ambos os pais se revezam nos cuidados com os filhotes até que eles ganhem independência.

O Dryocopus galeatus está classificado como Vulnerável na Lista Vermelha da IUCN e na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. O principal fator de ameaça é o desmatamento da Mata Atlântica, que reduziu drasticamente seu habitat. A espécie é altamente dependente de florestas primárias, e sua baixa capacidade de adaptação a ambientes fragmentados agrava o risco de extinção.

Como todas as aves da família dos pica-paus, o Pica-pau-de-cara-amarela exerce papel vital na floresta: ao escavar troncos, contribui para a formação de ocos que são posteriormente usados por outras espécies, como corujas, morcegos e pequenos mamíferos.

Também é conhecido localmente como “pica-pau-rei” devido ao seu porte.

Por ser muito discreto e habitar áreas de difícil acesso, é considerado raro de ser observado na natureza.

Sua presença indica alta qualidade ambiental — é uma espécie bioindicadora de ecossistemas saudáveis.

Ramon Ventura.

terça-feira, 2 de maio de 2017

PAU-CRAVO

Nome popular:
Pau-cravo.

Nome científico: Dicypellium caryophyllaceum.

Tamanho: Pode atingir 25 a 40 metros de altura.

Família: Lauraceae.

Habitat: Habita florestas de terra firme da região amazônica, especialmente em áreas sombreadas e bem drenadas.

Onde ocorre: Pode ser encontrada principalmente no Brasil, nos estados do Amazonas, Pará e Amapá.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção!

Pau-cravo (Dicypellium caryophyllaceum): uma joia aromática da floresta amazônica

O pau-cravo, conhecido cientificamente como Dicypellium caryophyllaceum, é uma árvore nativa da Amazônia que se destaca não apenas por sua imponência, mas também por suas propriedades aromáticas e importância ecológica. Pertencente à família Lauraceae, a mesma do louro e da canela, essa espécie é reconhecida pelo perfume marcante que lembra o cravo-da-índia, o que lhe confere grande valor econômico e cultural.

O pau-cravo é uma árvore de grande porte, que pode atingir 25 a 40 metros de altura, com tronco reto, casca escura e folhas coriáceas. Uma das principais particularidades dessa espécie está na madeira e nas folhas, que exalam um aroma característico semelhante ao cravo, devido à presença de compostos como o eugenol. Por conta disso, é utilizada tradicionalmente na medicina popular e na perfumaria artesanal.

Essa espécie habita florestas de terra firme da região amazônica, especialmente em áreas sombreadas e bem drenadas. Pode ser encontrada principalmente no Brasil, nos estados do Amazonas, Pará e Amapá, mas também há registros em países vizinhos, como a Guiana Francesa.

O pau-cravo está ameaçado de extinção, sobretudo pela extração ilegal de madeira aromática e pela perda de habitat causada pelo desmatamento. A exploração madeireira predatória e a expansão da fronteira agropecuária vêm reduzindo consideravelmente suas populações naturais, tornando a regeneração da espécie cada vez mais difícil.

Além de seu valor comercial, o pau-cravo tem relevância ecológica, pois compõe a diversidade de árvores da floresta e serve de abrigo e alimento para diversas espécies da fauna amazônica. Sua conservação é essencial para manter o equilíbrio ecológico do bioma. Medidas de proteção, como a criação de áreas de conservação, políticas de manejo florestal sustentável e incentivo à pesquisa científica, são fundamentais para garantir sua sobrevivência.

Ramon Ventura.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

JACARANDÁ DA BAHIA

Nome popular: Jacarandá-da-Bahia.

Nome científico: Dalbergia nigra.

Tamanho: Entre 20 a 30 metros de altura.

Família: Fabaceae.

Habitat: em áreas de florestas pluviais e estacionais da Mata Atlântica. Prefere solos bem drenados e ricos em matéria orgânica, sendo encontrada tanto em áreas de encosta quanto em regiões mais planas.

Onde ocorre: Ocorre naturalmente nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção.

Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra): Uma Joia da Flora Brasileira

O Jacarandá-da-Bahia, cientificamente conhecido como Dalbergia nigra, é uma espécie arbórea nativa do Brasil, admirada tanto por sua beleza quanto por sua madeira de alto valor comercial. Pertencente à família Fabaceae, essa árvore é considerada uma das mais emblemáticas do bioma Mata Atlântica.

O Jacarandá-da-Bahia pode atingir entre 20 a 30 metros de altura, com tronco reto, cilíndrico, de casca escura e sulcada. Suas folhas são compostas, com folíolos pequenos e delicados, e suas flores, geralmente brancas ou esbranquiçadas, são agrupadas em inflorescências discretas. Os frutos são vagens achatadas, típicas das leguminosas.

Essa espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo naturalmente nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, em áreas de florestas pluviais e estacionais da Mata Atlântica. Prefere solos bem drenados e ricos em matéria orgânica, sendo encontrada tanto em áreas de encosta quanto em regiões mais planas.

Além de seu papel ecológico como parte integrante das florestas tropicais, o Jacarandá-da-Bahia é conhecido mundialmente por sua madeira nobre, de coloração escura, veios marcantes e excelente resistência, sendo muito utilizada na fabricação de móveis de luxo, instrumentos musicais e marchetaria. Justamente por isso, a espécie foi intensamente explorada ao longo do século XX, o que contribuiu drasticamente para sua redução populacional.

O Jacarandá-da-Bahia está gravemente ameaçado de extinção, e é uma das espécies arbóreas mais vulneráveis do Brasil. A principal causa de seu declínio é a exploração ilegal de sua madeira, extremamente valorizada no mercado internacional. Durante décadas, a retirada predatória, sem reposição, devastou populações inteiras da espécie.

Além da extração madeireira, a destruição do habitat natural, devido à expansão urbana, agropecuária e à fragmentação da Mata Atlântica, intensificou a vulnerabilidade da espécie. Estima-se que menos de 10% da cobertura original da Mata Atlântica permanece em estado preservado, o que dificulta a regeneração natural do Jacarandá-da-Bahia.

Em resposta a esse cenário, a Dalbergia nigra foi incluída na Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), como espécie vulnerável. No Apêndice I da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção), o que proíbe o comércio internacional da madeira da espécie, salvo em casos excepcionais. Na lista oficial de espécies ameaçadas do IBAMA, com restrições rigorosas de manejo e corte.

Atualmente, várias iniciativas têm buscado preservar o Jacarandá-da-Bahia: Projetos de reflorestamento e viveiros especializados na produção de mudas certificadas. Reservas particulares e unidades de conservação onde a espécie é protegida. Pesquisas genéticas e bancos de sementes, com o objetivo de manter a diversidade genética da espécie. Campanhas educativas, alertando sobre a importância da preservação da biodiversidade da Mata Atlântica.

A sobrevivência do Jacarandá-da-Bahia depende diretamente da ação conjunta entre órgãos governamentais, ONGs, cientistas e da conscientização da sociedade, para garantir que essa árvore símbolo da riqueza natural brasileira não desapareça das florestas.

O nome "Jacarandá" é usado popularmente para diversas espécies com madeira escura, mas o verdadeiro Jacarandá-da-Bahia é apenas a Dalbergia nigra. Sua madeira foi uma das mais exportadas pelo Brasil no século XIX, sendo altamente valorizada na Europa. Hoje, exemplares antigos da árvore são preservados em jardins botânicos e áreas de conservação como relíquias da biodiversidade brasileira.


Ramon Ventura

sábado, 19 de fevereiro de 2011

JOÃO DE BARBA GRISALHA

Nome popular: João-de-barba-grisalha.

Nome científico: Synallaxis kollari.

Peso: Pesa aproximadamente 15 a 20 gramas. 

Tamanho: mede cerca de 15 cm de comprimento.

Família: Furnariidae.

Habitat: Seu habitat predileto inclui vegetações de solo arenoso, ricas em arbustos e árvores de pequeno porte.

Local onde é encontrado: Exclusivamente áreas restritas do norte do estado de Roraima.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.

João-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari): Um símbolo da fragilidade dos ecossistemas brasileiros

O João-de-barba-grisalha, cujo nome científico é Synallaxis kollari, é uma pequena e rara ave endêmica do Brasil, pertencente à família Furnariidae, a mesma dos conhecidos joões-de-barro. Essa espécie é discreta, mas carrega uma importância singular no contexto da conservação da biodiversidade nacional, por ser considerada criticamente ameaçada de extinção.

O João-de-barba-grisalha mede cerca de 15 cm de comprimento e pesa aproximadamente 15 a 20 gramas. Seu nome popular deriva da coloração acinzentada em sua garganta e peito, lembrando uma "barba grisalha". Sua plumagem discreta em tons de marrom e cinza favorece a camuflagem no ambiente natural.

Essa ave habita exclusivamente áreas restritas do norte do estado de Roraima, no Brasil, principalmente em regiões de campinaranas e florestas de transição, ecossistemas que ocorrem entre a floresta amazônica densa e áreas mais abertas. Seu habitat predileto inclui vegetações de solo arenoso, ricas em arbustos e árvores de pequeno porte.

A dieta do João-de-barba-grisalha é composta principalmente por insetos e outros pequenos invertebrados, que são procurados entre a vegetação baixa, no solo ou em galhos próximos. Sua alimentação é típica de aves da família Furnariidae, que têm comportamento ativo e investigativo.

Pouco se sabe sobre os detalhes da reprodução dessa espécie devido à sua raridade e hábitos reservados. No entanto, estima-se que o João-de-barba-grisalha siga padrões reprodutivos semelhantes a outros membros do gênero Synallaxis, com ninhos construídos de gravetos e forrados com material vegetal, nos quais a fêmea põe de 2 a 3 ovos. O período de incubação, cuidado parental e desenvolvimento dos filhotes ainda carecem de estudos detalhados.

O João-de-barba-grisalha está listado como Criticamente em Perigo (CR) pela Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). A principal ameaça à sua sobrevivência é a perda de habitat provocada pelo avanço do desmatamento, pela expansão agropecuária e por projetos de infraestrutura. A degradação das campinaranas, que já são ecossistemas naturalmente restritos, reduz severamente a área de ocorrência da espécie.

Além disso, por ser altamente especializada em seu ambiente e ter distribuição extremamente limitada, a ave é extremamente vulnerável a alterações em seu habitat. A baixa densidade populacional e a fragmentação dos ambientes naturais intensificam esse risco.

O João-de-barba-grisalha é um exemplo emblemático de como espécies endêmicas podem desaparecer silenciosamente sem ações de proteção específicas. Sua preservação depende diretamente da conservação das campinaranas e da implementação de unidades de conservação eficazes em Roraima.

Estudos científicos mais aprofundados, ações de monitoramento populacional e educação ambiental nas comunidades locais são essenciais para garantir a sobrevivência dessa espécie e de seu habitat.

Curiosidade: O João-de-barba-grisalha foi descoberto apenas em 1941, e por décadas permaneceu praticamente desconhecido da ciência. Foi redescoberto em campo somente nos anos 1990, o que ressalta sua raridade e o desafio de conservação.

Ramon Ventura.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

BRAÚNA

Nome popular: Braúna.

Nome científico: Melanoxylon brauna.

Tamanho: Pode atingir de 10 a 20 metros de altura.

Família: Fabaceae.

Habitat: Nos biomas da Mata Atlântica e da Caatinga, em terrenos bem drenados e solos profundos, frequentemente em florestas estacionais semideciduais.

Onde ocorre: nos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção!

Braúna (Melanoxylon brauna): A joia negra da flora brasileira em risco

A Braúna, conhecida cientificamente como Melanoxylon brauna, é uma árvore nativa do Brasil que se destaca por sua madeira extremamente dura, escura e resistente — características que a tornaram um dos materiais mais valorizados na construção civil e na marcenaria de alto padrão.

Pertencente à família Fabaceae, a Braúna pode atingir de 10 a 20 metros de altura, com tronco reto, casca rugosa e copa estreita. Sua madeira é de coloração escura, quase negra, o que lhe conferiu o apelido de “ébano brasileiro”. Além disso, é densa, durável e altamente resistente ao ataque de insetos e à ação do tempo.

A Braúna ocorre naturalmente nos biomas da Mata Atlântica e da Caatinga, especialmente nos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Desenvolve-se bem em terrenos bem drenados e solos profundos, frequentemente em florestas estacionais semideciduais.

Além do valor comercial de sua madeira, a Braúna possui importância ecológica significativa. Suas flores são melíferas, atraindo abelhas e outros polinizadores, e seu porte contribui para a estrutura da floresta. No entanto, o uso intensivo da madeira ao longo dos séculos levou a uma forte pressão sobre suas populações naturais.

A extração predatória e ilegal, aliada ao desmatamento dos ecossistemas onde ocorre, são os principais fatores que colocam a Melanoxylon brauna em risco de extinção. A regeneração natural da espécie é lenta, e a exploração descontrolada tem reduzido drasticamente sua população.

Devido a essas ameaças, a Braúna está listada em categorias de alerta por órgãos ambientais e requer medidas urgentes de conservação, como o cultivo em áreas de reflorestamento, o uso sustentável e o controle rigoroso da exploração madeireira.

O nome Melanoxylon vem do grego e significa “madeira negra”.

Sua madeira foi amplamente utilizada na construção de pontes, dormentes de ferrovias, postes, instrumentos musicais e móveis de luxo.

Apesar de sua resistência, a Braúna não deve ser replantada de forma indiscriminada fora de seu habitat, pois pode competir com espécies nativas de outras regiões.

Ramon Ventura.