Nomes populares: muriqui-do-norte, muriqui-do-sul, mono, mono-carvoeiro, buriqui, buriquim, mariquina ou muriquina
Nome científico: Brachyteles hypoxanthus (muriqui-do-norte), Brachyteles arachnoides (muriqui-do-sul)
Tamanho: Corpo medindo até 78 cm de comprimento e a cauda, 79 cm.
Peso: De 12 kg a 15 kg
Habitat: Habitam predominantemente a floresta estacional semidecidual, dando preferência por floresta primária ou em estágios avançados de regeneração, mas essa preferência parece ser somente na estação mais seca do ano.
Local onde é encontrado: A área de distribuição do muriqui abrangia o sul do estado da Bahia passando pelos estados do Espirito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais indo até São Paulo, possivelmente ocupou também o Norte do Paraná.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Os muriquis são animais com alto risco de extinção. A destruição das florestas foi fatal para esses primatas. O muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) é considerado “criticamente em perigo” tanto pela avaliação nacional, quanto pela da IUCN. Estima-se que atualmente existam apenas cerca de mil indivíduos na natureza. E o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), com população estimada de 1.300 animais, aparece como "em perigo" nas duas classificações.
Na época do Descobrimento, eram cerca de 400 mil muriquis espalhados pela Mata Atlântica, habitat do qual esses símios são endêmicos. Como hoje restam menos de 8% da cobertura original da floresta, dá para entender porque o mono-carvoeiro está desaparecendo.
A distribuição geográfica do muriqui-do-norte se dá nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, excluindo as terras baixas no extremo sul da Bahia e norte do Espírito Santo. O muriqui-do-sul tem populações distribuídas no Rio de Janeiro, São Paulo, e Paraná.
O muriqui é o maior primata das Américas, chega a ter mais de um metro de altura. Sua cabeça é arrendondada e a face achatada e escura. A longa cauda é preênsil e ele a usa como se fosse um quinto membro para se movimentar pelos galhos em busca de alimento. O mono se alimenta de frutos, flores e folhas e atua como dispersor de sementes de diversas espécies de plantas, sendo importante para a manutenção da floresta.
Os muriquis adultos cuidam dos mais jovens e chegam a fazer pontes com seus corpos para que os filhotes consigam ir de uma árvore a outra. Eles vive em grupos sem estrutura hierárquica e resolvem seus conflitos com abraços. Uma das características mais interessantes destes macacos é que eles adoram abraçar. É comum ver grupos juntos em demorados abraços. Seus hábitos são diurnos e eles passam metade do dia descansando.
Hoje, infelizmente, além da perda de habitat, a caça é uma grande ameaça aos muriquis. Uma caça que na maior parte das vezes está ligada à extração ilegal de palmito. Além de entrar na mata para coletar ilegalmente o palmito juçara, os palmiteiros matam muriquis para comer.
Pela importância das espécies, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) criou em 2010 o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Muriquis – PAN Muriquis, com o objetivo de aumentar o conhecimento e a proteção das populações desses primatas e reduzir sua categoria de extinção em pelo menos um nível até 2020, passando o muriqui-do norte-de “criticamente em perigo” para “em perigo” e o muriqui-do-sul de “em perigo” para “vulnerável”.
Ramon Ventura
Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
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