Nome popular: Muriqui-do-norte.
Nome científico: Brachyteles hypoxanthus.
Peso: Entre 12 e 15 kg.
Tamanho: Pode medir até 1,6 metro de comprimento, considerando a cauda.
Família: Atelidae.
Habitat: Florestas tropicais e subtropicais da Mata Atlântica, em altitudes variadas.
Local onde é encontrado: É encontrado apenas em pequenas áreas fragmentadas no leste de Minas Gerais, norte do Espírito Santo e sul da Bahia.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus): O gigante gentil das florestas brasileiras
O Muriqui-do-norte, também conhecido como mono-carvoeiro, é o maior primata das Américas e uma das espécies mais emblemáticas da biodiversidade brasileira. Seu nome científico é Brachyteles hypoxanthus e pertence à família Atelidae, a mesma dos macacos-prego e bugios. Essa espécie possui uma importância ecológica vital para os ecossistemas onde vive, desempenhando um papel essencial na dispersão de sementes e manutenção da floresta.
O Muriqui-do-norte é um primata de grande porte, com machos e fêmeas atingindo entre 12 e 15 kg. Seu corpo pode medir até 1,6 metro de comprimento, considerando a cauda, que é longa, preênsil e funciona quase como um "quinto membro", ajudando na locomoção por entre as copas das árvores.
Sua pelagem é espessa, em tons de bege amarelado, e o rosto geralmente apresenta manchas negras, o que o diferencia do Muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), seu parente próximo.
O habitat natural do Muriqui-do-norte são as florestas tropicais e subtropicais da Mata Atlântica, em altitudes variadas. Atualmente, ele é encontrado apenas em pequenas áreas fragmentadas no leste de Minas Gerais, norte do Espírito Santo e sul da Bahia.
A intensa fragmentação florestal limita sua mobilidade e reduz drasticamente o tamanho de suas populações, tornando a conservação desses remanescentes florestais uma prioridade.
A dieta do Muriqui-do-norte é predominantemente frugívora, composta principalmente por frutas, complementada com folhas, flores, sementes e brotos. Essa alimentação variada é essencial para o equilíbrio ecológico da floresta, já que os muriquis atuam como importantes dispersores de sementes.
A reprodução do Muriqui-do-norte é lenta. A gestação dura cerca de 7 meses e geralmente resulta no nascimento de um único filhote, que permanece sob os cuidados da mãe por até dois anos. Esse longo intervalo entre os nascimentos contribui para a vulnerabilidade da espécie, dificultando a recuperação populacional frente às ameaças.
O Muriqui-do-norte está classificado como criticamente em perigo pela Lista Vermelha da IUCN. As principais ameaças incluem:
Desmatamento e fragmentação da Mata Atlântica, caça ilegal, baixa taxa de reprodução, isolamento genético de grupos populacionais.
Atualmente, existem menos de 1.000 indivíduos estimados na natureza, distribuídos em poucas áreas protegidas, como o Parque Estadual do Rio Doce e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala.
Diversos programas de conservação, como o Projeto Muriqui, atuam no monitoramento, educação ambiental e proteção de seu habitat, contribuindo para evitar a extinção dessa espécie tão singular.
Os muriquis são também chamados de "macacos sem polegar", pois não possuem esse dedo oponível nas mãos.
Vivem em grupos sociais cooperativos, com pouca agressividade entre os indivíduos, o que lhes rendeu o apelido de “primatas pacíficos”.
Sua vocalização é discreta, e a comunicação no grupo é feita principalmente por meio de expressões faciais, posturas e comportamentos corporais.
Ramon Ventura.
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