quarta-feira, 28 de julho de 2021

CACHORRO DO MATO DE ORELHAS CURTAS


Nomes populares:
Cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas, cachorro-do-mato

Nome científico: Atelocynus microtis

Tamanho: Mede por volta de um metro da cabeça até a cauda

Peso: Pesa cerca de 10 kg

Habitat: Ocupa áreas de florestas tropicais

Local onde é encontrado: No Brasil, entretanto, registros da espécie já foram confirmados a partir de um pouco mais ao leste do Pará. No nordeste há avistamentos históricos não confirmados, onde a espécie é conhecida como gaxite ou guará.

Estado de conservação: “quase ameaçado” na IUCN e “vulnerável” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção

Já imaginou o que aconteceria se o lugar em que você vive começasse a desaparecer? Ruas, comércio, residências, tudo sendo destruído. Pois isso tem acontecido com o cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas, que tem grande parte de sua distribuição geográfica exatamente sobre o arco do desmatamento, a região da Floresta Amazônica que apresenta um alto índice de destruição. A perda de habitat tem colocado o Atelocynus microtis nas listas de espécies ameaçadas de extinção.

A espécie vive em áreas de florestas tropicais da bacia Amazônica e, além do Brasil, ocorre na Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Mas não é fácil avistar um cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas. Eles são raros e tímidos. É também pouco conhecida e estudada. Em reportagem de 2014, da edição internacional da National Geographic, é possível ver um raro vídeo captado por armadilha fotográfica de um animal da espécie em seu habitat.

O cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas é um canídeo de médio porte, que pesa cerca de 10 quilos e mede por volta de um metro da cabeça até a cauda longa e grossa. O focinho é longo e afilado e sua característica mais marcante são as orelhas curtas e arredondadas. Por ter pelagem grossa e membranas interdigitais, acredita-se que tenha parte de suas atividades em corpos d’água.

É um animal solitário, que caça sozinho ou, no máximo, em pares e tem atividade tanto diurna quanto noturna. Sua dieta é carnívora generalista, o que inclui pequenos e médios mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insetos, caranguejos, peixes e também carniça. E seus hábitos de predação por vezes lhe causam mais ameaças, pois ao, eventualmente, predar aves domésticas, acaba sendo alvo de caça de retaliação. Pois é, quando o cachorro doméstico preda algum animal silvestre é, muitas vezes, admirado por estar seguindo seus instintos. Mas quando um canídeo silvestre caça uma ave doméstica, é morto.


Ramon Ventura
Por Luciana Ribeiro
Jornalista e tecnóloga em Gestão Ambiental
olhaobicho@faunanews.com.br

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