domingo, 23 de abril de 2023

GUIGÓ DE COIMBRA FILHO

(foto: Eduardo Lacerda\TG)
Nome científico: Callicebus coimbra.
Nome popular: Guigó-de-coimbra-filho.
Tamanho: Até 83 centímetros
Local onde é encontrado: No Estado do Sergipe e no norte da Bahia, na região nordeste do Brasil
Habitat: Fragmentos de Mata Atlântica
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção!



O grito do Guigó já assusta, pois é bem alto. Mas quando macho e fêmea soltam a voz juntos para defender seu território, melhor tapar os ouvidos. Eles formam um dueto que grita bem alto na floresta. Uma forma de assustar os grupos invasores.

O Guigó-de-coimbra-filho é uma das mais recentes espécies de primatas descobertos. Foi descritas pelos cientistas em 1999 e batizada em homenagem a um ilustre primatólogo brasileiro Aldemar Coimbra Filho.

Esse pequeno primata vive em grupos que variam entre dois e cinco indivíduos. Quando adultos, além de cantarem em dupla, gostam de viver juntos por toda a vida e criar seus filhotes. Em geral, esta espécie tem apenas um filhote por ano. A gestação dura cerca de seis meses e, quando o bebê Guigó nasce, é o macho quem o carrega. A fêmea amamenta o filhote até os seis meses de idade e, depois disso, o pequeno primata já é considerado independente.

É na floresta que vive o Guigó-de-coimbra-filho, em um espaço chamado extrato médio, que fica em uma altitude de cinco a nove metros. Ali, pendurados nos galhos, eles gostam de descansar a maior parte do tempo. Preferem comer frutas, mas costumam consumir também folhas, sementes, flores e alguns insetos.

A derrubada da floresta para a criação de gado e agricultura e os constantes incêndios são as razões da diminuição do espaço que esse pequeno Guigó precisa para viver.



                                        Ramon Ventura
                                        João Pedro Souza-Alvez
                            Laboratório de Biologia da conservação
                                Universidade Federal de Sergipe
                                               Revista CHC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário