Nome popular: Sarapó.
Nome científico: Gymnotus pantherinus.
Peso: Até 100 gramas.
Tamanho: De 15 a 30 cm de comprimento.
Família: Gymnotidae.
Habitat: Rios, igarapés, banhados, várzeas e margens de corpos d’água com vegetação densa e substrato lodoso.
Local onde é encontrado: Com registros em bacias hidrográficas do Sudeste e Sul do país, especialmente em trechos da Mata Atlântica e regiões de rios costeiros.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Sarapó (Gymnotus pantherinus): O Peixe Elétrico das Águas Brasileiras
O Sarapó, conhecido cientificamente como Gymnotus pantherinus, é um peixe elétrico fascinante, integrante da rica biodiversidade de ambientes aquáticos do Brasil. Seu nome popular deriva de seu corpo alongado e serpentino, lembrando uma enguia, e suas características únicas o tornam um importante indicador da saúde ambiental de rios e riachos. Com um peso médio de 100 gramas e um comprimento variando entre 15 a 30 centímetros.
O Sarapó habita principalmente rios, igarapés, banhados, várzeas e margens de corpos d’água com vegetação densa e substrato lodoso. É encontrado em ambientes de águas calmas e pouco iluminadas, onde pode se esconder entre raízes e folhas submersas.
É uma espécie endêmica do Brasil, com registros em bacias hidrográficas do Sudeste e Sul do país, especialmente em trechos da Mata Atlântica e regiões de rios costeiros.
Pouco se sabe sobre os detalhes da gestação do Sarapó, mas como muitos peixes elétricos da família Gymnotidae, acredita-se que a reprodução ocorra em estações chuvosas, quando os níveis dos rios aumentam e proporcionam melhores condições para o desenvolvimento dos ovos e filhotes. A espécie apresenta fecundação externa, com a fêmea liberando os ovos na água, que são fertilizados pelo macho.
O Sarapó é um carnívoro oportunista, alimentando-se de pequenos invertebrados aquáticos, larvas de insetos, vermes e pequenos crustáceos. Utiliza descargas elétricas fracas tanto para se orientar no ambiente quanto para localizar suas presas, especialmente em águas turvas com baixa visibilidade.
O Gymnotus pantherinus enfrenta ameaças crescentes, embora não esteja oficialmente classificado em listas globais de espécies ameaçadas. Os principais riscos incluem:
Destruição de habitat por desmatamento e urbanização de áreas ripárias;
Poluição de rios com esgoto doméstico, agrotóxicos e sedimentos;
Canalização e represamento de cursos d’água, que afetam o fluxo natural e a qualidade ambiental;
Introdução de espécies exóticas predadoras, que competem por alimento ou predam diretamente o Sarapó.
Apesar do tamanho reduzido, o Sarapó tem papel ecológico relevante, contribuindo para o controle de populações de invertebrados aquáticos e servindo de alimento para peixes maiores e aves aquáticas. Além disso, é uma espécie bioindicadora: sua presença está relacionada à qualidade ambiental dos corpos d'água.
Preservar o Sarapó é proteger os ecossistemas aquáticos brasileiros. A conservação da Mata Atlântica e dos rios costeiros é essencial para a sobrevivência dessa espécie discreta, porém essencial à biodiversidade nacional.
Ramon Ventura.
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