quarta-feira, 13 de maio de 2015

SARAPÓ

Nome popular: Sarapó.

Nome científico: Gymnotus pantherinus.

Peso: Até 100 gramas.

Tamanho: De 15 a 30 cm de comprimento.

Família: Gymnotidae.

Habitat: Rios, igarapés, banhados, várzeas e margens de corpos d’água com vegetação densa e substrato lodoso.

Local onde é encontrado: Com registros em bacias hidrográficas do Sudeste e Sul do país, especialmente em trechos da Mata Atlântica e regiões de rios costeiros.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Sarapó (Gymnotus pantherinus): O Peixe Elétrico das Águas Brasileiras

O Sarapó, conhecido cientificamente como Gymnotus pantherinus, é um peixe elétrico fascinante, integrante da rica biodiversidade de ambientes aquáticos do Brasil. Seu nome popular deriva de seu corpo alongado e serpentino, lembrando uma enguia, e suas características únicas o tornam um importante indicador da saúde ambiental de rios e riachos. Com um peso médio de 100 gramas e um comprimento variando entre 15 a 30 centímetros.

O Sarapó habita principalmente rios, igarapés, banhados, várzeas e margens de corpos d’água com vegetação densa e substrato lodoso. É encontrado em ambientes de águas calmas e pouco iluminadas, onde pode se esconder entre raízes e folhas submersas.

É uma espécie endêmica do Brasil, com registros em bacias hidrográficas do Sudeste e Sul do país, especialmente em trechos da Mata Atlântica e regiões de rios costeiros.

Pouco se sabe sobre os detalhes da gestação do Sarapó, mas como muitos peixes elétricos da família Gymnotidae, acredita-se que a reprodução ocorra em estações chuvosas, quando os níveis dos rios aumentam e proporcionam melhores condições para o desenvolvimento dos ovos e filhotes. A espécie apresenta fecundação externa, com a fêmea liberando os ovos na água, que são fertilizados pelo macho.

O Sarapó é um carnívoro oportunista, alimentando-se de pequenos invertebrados aquáticos, larvas de insetos, vermes e pequenos crustáceos. Utiliza descargas elétricas fracas tanto para se orientar no ambiente quanto para localizar suas presas, especialmente em águas turvas com baixa visibilidade.

O Gymnotus pantherinus enfrenta ameaças crescentes, embora não esteja oficialmente classificado em listas globais de espécies ameaçadas. Os principais riscos incluem:

Destruição de habitat por desmatamento e urbanização de áreas ripárias;

Poluição de rios com esgoto doméstico, agrotóxicos e sedimentos;

Canalização e represamento de cursos d’água, que afetam o fluxo natural e a qualidade ambiental;

Introdução de espécies exóticas predadoras, que competem por alimento ou predam diretamente o Sarapó.

Apesar do tamanho reduzido, o Sarapó tem papel ecológico relevante, contribuindo para o controle de populações de invertebrados aquáticos e servindo de alimento para peixes maiores e aves aquáticas. Além disso, é uma espécie bioindicadora: sua presença está relacionada à qualidade ambiental dos corpos d'água.

Preservar o Sarapó é proteger os ecossistemas aquáticos brasileiros. A conservação da Mata Atlântica e dos rios costeiros é essencial para a sobrevivência dessa espécie discreta, porém essencial à biodiversidade nacional.


Ramon Ventura.

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