Nome popular: Jupará.
Nome científico: Potos flavus.
Peso: pesa entre 1,5 a 4,5 quilos.
Tamanho: Mede cerca de 40 a 60 centímetros de comprimento (mais 40 a 50 cm de cauda).
Família: Procyonidae.
Habitat: habita florestas tropicais e subtropicais úmidas, sendo mais comum na Amazônia.
Local onde é encontrado: Abrangendo principalmente a Amazônia e o norte do Mato Grosso, mas também ocorrendo na Mata Atlântica e em áreas de Cerrado.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Jupará (Potos flavus): O misterioso "urso-do-mel" das florestas tropicais
O Jupará, também conhecido como urso-do-mel, é um pequeno mamífero arborícola de hábitos noturnos, que pertence à ordem Carnívora e à família Procyonidae, a mesma do quati e do guaxinim. Seu nome científico é Potos flavus, e ele é um verdadeiro mestre da discrição nas copas das florestas tropicais da América Latina.
O jupará possui corpo alongado e musculoso, com cauda preênsil que o ajuda a se locomover entre os galhos. Mede cerca de 40 a 60 centímetros de comprimento (mais 40 a 50 cm de cauda) e pesa entre 1,5 a 4,5 quilos, sendo um animal ágil e perfeitamente adaptado à vida arbórea. Sua pelagem é espessa e macia, de coloração amarelada a dourada, o que lhe confere o nome latino flavus (amarelo).
Esse mamífero habita florestas tropicais e subtropicais úmidas, sendo mais comum na Amazônia e em florestas da América Central até o sudeste do Brasil. Vive exclusivamente nas árvores, raramente descendo ao solo, e prefere regiões densamente arborizadas com copa fechada.
A gestação do jupará dura aproximadamente 112 a 118 dias, ao final da qual nasce geralmente um único filhote, embora ninhadas com dois também possam ocorrer. Os filhotes nascem cegos e indefesos, sendo cuidados pela mãe até se tornarem independentes.
Apesar de pertencer à ordem dos carnívoros, o jupará tem dieta majoritariamente frugívora, alimentando-se principalmente de frutas maduras, néctar e mel. No entanto, também pode consumir insetos, pequenos vertebrados e ovos, o que complementa sua dieta.
É um animal noturno e solitário, com excelente olfato e visão adaptada à escuridão.
Sua cauda preênsil é usada como um “quinto membro” para equilibrar-se e se pendurar nos galhos.
Emite sons agudos e assobios, especialmente durante interações sociais ou em situações de alerta.
Embora ainda não esteja classificado como criticamente ameaçado, o jupará enfrenta sérios riscos, principalmente devido a:
Desmatamento e fragmentação de habitat, especialmente na Mata Atlântica e em áreas de expansão agrícola.
Caça e captura ilegal, tanto para o tráfico de animais silvestres quanto por conflitos com seres humanos.
Colisões com veículos em áreas próximas a florestas degradadas.
Segundo a Lista Vermelha da IUCN, o jupará é atualmente considerado Pouco Preocupante (LC) globalmente, mas suas populações estão em declínio em muitas regiões, especialmente no Brasil, onde o avanço do desmatamento é acelerado.
O jupará é um exemplo fascinante da diversidade e complexidade dos ecossistemas tropicais. Proteger esse animal não é apenas garantir sua sobrevivência, mas também manter o equilíbrio ecológico das florestas, já que ele atua como importante dispersor de sementes. Sua conservação depende diretamente da proteção dos ambientes florestais que ele habita.
Ramon Ventura.
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