domingo, 22 de dezembro de 2019

GRAXAIM DO CAMPO

Nome popular: Graxaim-do-campo.

Nome científico: Lycalopex gymnocercus.

Peso: Varia de 5 a 8 kg.

Tamanho: Pode medir entre 60 e 120 cm de comprimento (incluindo a cauda), com altura de cerca de 40 cm na cernelha.

Família: Canidae.

Habitat: habitat preferido são campos nativos, cerrados, pampas, bordas de florestas e áreas agrícolas.

Local onde é encontrado: Em diversos biomas abertos da América do Sul, incluindo o Brasil (principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste).

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus): o pequeno canídeo das planícies sul-americanas

O graxaim-do-campo, também conhecido como raposa-do-campo, é um mamífero carnívoro pertencente à família Canidae, que inclui também os lobos, cães e outros canídeos. Com nome científico Lycalopex gymnocercus, essa espécie é nativa da América do Sul e desempenha um papel ecológico importante nos campos e cerrados onde vive.

O graxaim-do-campo é de porte médio, com corpo esguio, pernas longas e orelhas pontudas. Pode medir entre 60 e 120 cm de comprimento (incluindo a cauda), com altura de cerca de 40 cm na cernelha. Seu peso varia de 5 a 8 kg. A pelagem é densa, em tons de cinza, marrom e alaranjado, com a ponta da cauda geralmente escura.

Essa espécie é encontrada em diversos biomas abertos da América do Sul, incluindo o Brasil (principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste), Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia. Seu habitat preferido são campos nativos, cerrados, pampas, bordas de florestas e áreas agrícolas, onde consegue se adaptar com relativa facilidade.

O graxaim-do-campo é onívoro e oportunista, com uma dieta variada. Alimenta-se de roedores, aves, répteis, insetos, frutas e até carniça. Tem hábitos noturnos e crepusculares, sendo mais ativo ao amanhecer e ao entardecer. Costuma viver solitário ou em pares, com comportamento territorial.

A reprodução ocorre geralmente entre os meses de junho e agosto. O período de gestação dura cerca de 55 dias, resultando no nascimento de 2 a 5 filhotes. A fêmea cuida dos filhotes em tocas escavadas ou abrigos naturais, e o macho pode auxiliar na proteção do território.

Como predador de pequeno porte, o graxaim exerce importante controle sobre populações de roedores e insetos, além de atuar como dispersor de sementes. Isso o torna um elo fundamental na manutenção do equilíbrio ecológico dos ecossistemas onde vive.

Embora o graxaim-do-campo esteja classificado como “Pouco Preocupante” (LC) pela IUCN, algumas populações regionais enfrentam ameaças crescentes:

Destruição e fragmentação do habitat, especialmente em áreas de campos nativos convertidos em lavouras ou pastagens.

Conflitos com produtores rurais, que frequentemente o veem como ameaça a aves domésticas.

Atropelamentos em rodovias que cruzam áreas de campo.

Caça ilegal, mesmo sendo uma espécie protegida por legislação ambiental.

Contaminação por agrotóxicos e doenças transmitidas por animais domésticos, como a raiva e a cinomose.

Por ser uma espécie relativamente adaptável, o graxaim-do-campo ainda consegue sobreviver em áreas alteradas pelo ser humano. No entanto, sua conservação depende da preservação de ambientes naturais, do monitoramento de populações, da educação ambiental e da redução de conflitos com atividades agropecuárias.

O graxaim-do-campo é mais um exemplo da rica biodiversidade dos campos sul-americanos.

Conservar essa espécie é proteger os ecossistemas abertos e promover o equilíbrio natural entre fauna e ambiente. Conhecer para preservar é o primeiro passo para garantir que ele continue correndo livre pelas paisagens do nosso continente.

Ramon ventura.

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