segunda-feira, 2 de agosto de 2021

RAPOSINHA DO CAMPO

Foto: Anderson Bueno Martins/Wikimeida Commons

Nomes populares:
raposa-do-campo, raposinha, raposinha-do-campo

Nome científico: Lycalopex vetulus

Tamanho: Tem cerca de 60 entímetros de comprimento.

Peso: Pesa entre 3 e 4 quilos

Habitat: campos e cerrados

Local onde é encontrado: Ocorre na região do platô do Brasil central que inclui o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, partes do Tocantins, Bahia, e uma pequena área entre Piauí, Ceará e Paraíba.

Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e “vulnerável” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção

A raposinha-do-campo é o único canídeo 100% brasileiro, endêmica do Cerrado, região que tem menos de 20% de sua área ainda em estado original. Bastante arisca, ágil e rápida, a raposinha é um animal de pequeno porte, que pesa entre 3 e 4 quilos e tem cerca de 60 entímetros de comprimento.

Ela usa buracos de tatu como toca e sua atividade é noturna, começando depois do pôr-do-sol e indo até o amanhecer. É um animal de hábitos solitários e monogâmico, que forma pares reprodutivos que permanecem durante a criação dos filhotes, nos quatro primeiros meses de vida deles. A gestação dura cerca de 50 dias e as ninhadas são de dois a cinco filhotes. A raposa-do-campo come frutos, pequenas aves, roedores, gafanhotos e besouros, mas parece ter preferência por cupins, que são sua principal fonte de alimento.

Na verdade, pouco se sabe sobre a raposa-do-campo. Dentre os 37 canídeos encontrados no mundo, a nossa raposinha está entre os sete menos estudados. A boa notícia é que o Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado, um grupo de pesquisa formado por biólogos e veterinários em 2009, mantém o Projeto Ecologia e Conservação da Raposa-do-Campo. O projeto captura animais para colher material de pesquisa e equipá-los com coleiras com transmissor de rádio, para que possam ser rastreados. Com isso, os pesquisadores começam a conhecer melhor a raposinha.

A espécie tem o status de “pouco preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) por ser relativamente comum e localmente abundante na área central de sua distribuição. Mas, além da perda de habitat, a espécie sofre com atropelamentos, ataques por cães domésticos e retaliações de humanos a supostas predações de animais domésticos. Por isso é considerada “vulnerável” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).


Ramon Ventura
Por Luciana Ribeiro
Jornalista e tecnóloga em Gestão Ambiental
olhaobicho@faunanews.com.br

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