quinta-feira, 6 de abril de 2023

BAGRINHO DE CAVERNA


Nome científico:
Trichomycterus itacarambiensis

Nome popular: Bagrinho-de-caverna

Tamanho: Até 8 centímetros

Local onde é encontrado: Caverna Olho d´Água, na bacia do Rio São Francisco, em Minas Gerais

Habitat: Caatinga

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção


Esse pequeno peixe vive apenas em um lugar no mundo: a caverna de Olhos d'Água, localizada no norte do Estado de Minas Gerais. Ele é considerado diferente dos outros peixes de caverna porque os indivíduos que vivem no fundo da caverna são totalmente brancos (Albinos) e sem olhos. Já os que se encontram na entrada da caverna, tem pintinhas no corpo e pequeninos olhos.


Medindo, no máximo, oito centímetros de comprimento, o Bagrinho-de-caverna apresenta, próximo a sua boca, "bigodes" ou barbilhões, que são muito sensíveis e utilizados para encontrar comida. Entre os alimentos preferidos desta espécie estão os insetos aquáticos e as minhocas capturadas no fundo do rio.

Como a caverna é um lugar fechado e com poucas entradas, na época da seca os alimentos disponíveis diminuem bastante. Isso faz com que o Bagrinho tenha grandes dificuldades para conseguir comida. No período de chuva, porém, a água fica farta de alimentos. Nessa época, ele aproveita para recuperar suas energias para a reprodução.

Os filhotes do Bagrinho-de-caverna costumam nascer no final da época de chuvas, o que é bom, porque assim diminui o risco de a força da correnteza levá-los para fora do ambiente natural.

Qualquer alteração ambiental na caverna Olhos d'Água, ou em seus arredores, coloca em risco a vida deste peixe, já que está ameaçado de extinção. Por isso, e também para conservar outras espécies locais, é que o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, onde fica a Olhos d'Água, foi transformado em unidade de conservação. Isso significa que nós podemos conhecer o lugar, mas que, ao sair, temos de deixá-los exatamente igual a como o encontramos.


                                              Ramon Ventura

                              Marcelo Fulgêncio Guedes de Brito

                             Programa de Pós-graduação em ecologia

                                   Universidade Federal de Sergipe

                                               Jean Carlos Miranda

                          Departamento de ciências exatas, biológicas e da terra

                                    Universidade Federal Fluminense

                                          Breno Perillo Nogueira

                                                      Biólogo

Revista CHC

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