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sábado, 23 de novembro de 2019

PREGUIÇA DE COLEIRA

Nome popular: Preguiça-de-coleira.

Nome científico: Bradypus torquatus.

Peso: Entre 4 e 7,5 kg.

Tamanho: Aproximadamente 50 a 75 cm de comprimento.

Família: Bradypodidae.

Habitat:  habita florestas úmidas e densas, preferindo áreas bem preservadas.

Local onde é encontrado: nos estados da Bahia, Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus): a guardiã silenciosa da Mata Atlântica

A preguiça-de-coleira é um dos mamíferos mais emblemáticos e ameaçados da fauna brasileira. Com aparência inconfundível e hábitos pacatos, ela é um verdadeiro símbolo da biodiversidade da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos e mais ameaçados do planeta.

A preguiça-de-coleira é endêmica do Brasil, ou seja, só existe em nosso país. Seu habitat está restrito a trechos da Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro. Ela habita florestas úmidas e densas, preferindo áreas bem preservadas, com grande cobertura arbórea, onde possa se locomover com segurança entre as copas das árvores.

Seu nome popular vem da faixa escura em forma de “coleira” presente ao redor do pescoço, mais visível nos machos. Assim como outras preguiças de três dedos, possui garras longas e curvadas, corpo adaptado para a vida nas árvores e movimentos lentos e precisos — comportamento que ajuda a economizar energia e a passar despercebida por predadores.

É uma espécie folívora, ou seja, alimenta-se exclusivamente de folhas. Tem digestão muito lenta, podendo demorar até uma semana para processar o alimento, o que explica seu metabolismo reduzido e ritmo tranquilo.

A gestação da preguiça-de-coleira dura cerca de 6 meses (aproximadamente 180 dias). Geralmente, nasce apenas um filhote por gestação, que permanece agarrado à mãe durante os primeiros meses de vida. A maturidade sexual é atingida por volta dos 3 anos de idade.

A preguiça-de-coleira está classificada como Em Perigo (EN) pela Lista Vermelha da IUCN e também na lista oficial de espécies ameaçadas do Brasil. Seus principais desafios são:

Desmatamento da Mata Atlântica, que reduz seu habitat natural. Fragmentação florestal, que dificulta o deslocamento entre áreas e reduz a variabilidade genética. Atropelamentos e eletrocussões, em áreas onde precisa atravessar rodovias ou redes elétricas expostas. Caça e captura ilegal, apesar de ser protegida por lei.

Diversos projetos vêm trabalhando para proteger a preguiça-de-coleira, incluindo a criação de Unidades de Conservação, corredores ecológicos, reflorestamento de áreas degradadas e educação ambiental. Organizações não governamentais, universidades e comunidades locais têm desempenhado papel importante na preservação dessa espécie tão singular.

A preguiça-de-coleira é a única espécie de preguiça de três dedos endêmica do Brasil.

Ela raramente desce ao solo — quando o faz, geralmente é para defecar, o que ocorre apenas uma vez por semana.

Por sua alimentação baseada em folhas e metabolismo lento, a preguiça-de-coleira pode passar horas sem se mover, o que contribui para sua camuflagem natural.

Ramon Ventura.