Nome cientifico: Bradypus torquatus
Nome popular: preguiça-de-coleira, preguiça-preta, aipixuna, aí-igapó, aí-pixuna
Tamanho: pode medir até 75 cm.
Peso: chega a pesar até 10 kg
Local onde é encontrado: Endêmica da Mata Atlântica, hoje ela é encontrada em regiões de matas remanescentes em Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Habitat: Costuma ficar no alto das árvores, de onde só desce para cumprir suas necessidades fisiológicas, a cada 7 ou 8 dias.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Existem duas famílias de preguiças, a Megalonychidae e a Bradypodidae. Entre outras diferenças comportamentais, fisiológicas e morfológicas, os animais da primeira família têm dois dedos dos membros anteriores e os da segunda têm três dedos. A preguiça-de-coleira faz parte da família Bradypodidae e é endêmica da Mata Atlântica, ou seja, só é encontrada neste bioma, principalmente nos remanescentes de mata dos Estados de Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Enquanto outras espécies apresentam uma "máscara" de pelagem mais escura sobre os olhos, a preguiça-de-coleira tem essa alteração de cor na região do pescoço, o que justifica seu nome popular.
Assim como as outras preguiças, a preguiça-de-coleira passa a maior parte de seu tempo no alto das árvores, pendurada em galhos ou sentada em uma bifurcação de galhos. Outra característica comum às preguiças é o metabolismo lento. Elas dormem cerca de 15 horas por dia e mantém baixa a temperatura do corpo, para poupar energia. Ficam até oito dias sem descer ao solo para defecar e urinar. Sua alimentação é composta basicamente de folhas, mas, eventualmente comem brotos, folhas e frutos.
Os predadores naturais da preguiça-de-coleira são aves de rapina, como a harpia e o gavião-de-penacho e alguns felinos. Como ela não tem agilidade e velocidade para escapar de ataques, sua técnica de defesa é a camuflagem. A cor da sua pelagem é muito parecida com a dos galhos e a torna praticamente invisível no alto das árvores. Outra característica que a ajuda é a capacidade de girar a cabeça até 270 graus, uma eficiente ferramenta de vigilância.
As fêmeas são maiores que os macho e dão a luz a um filhote por ano. Quando nasce, ele ainda não tem a coleira bem definida, essa característica só é marcante nos adultos. O filhote atinge a sua independência entre os 8 e os 11 meses de vida. Aí ele abandona a mãe e vai viver em outro local da floresta. Quando adulta, a preguiça-de-coleira - que é a maior e mais pesada preguiça do gênero - mede entre 50 cm e 75 cm e pesa cerca de 10 kg.
Este animal tranquilo só precisa de suas árvores para sobreviver. Entretanto, é considerada uma espécie cujo estado de conservação é “vulnerável” exatamente por causa da destruição do seu habitat. Ela sofre com a perda, descaracterização e fragmentação da Mata Atlântica remanescente. Além disso, é vítima de incêndios, de atropelamentos causados pelo aumento da malha viária que cruza seus habitats e da caça ilegal.
Ramon Ventura
Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
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