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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

BARAÚNA

Nome popular: Baraúna.

Nome científico: Schinopsis brasiliensis.

Tamanho: Podendo atingir de 10 a 15 metros de altura e possuir um tronco grosso.

Família: Anacardiaceae.

Habitat: Seu habitat natural está restrito à vegetação da Caatinga.

Onde ocorre: nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção!

Baraúna (Schinopsis brasiliensis): A força do semiárido que resiste ao tempo

A Baraúna, cujo nome científico é Schinopsis brasiliensis, é uma árvore nativa do bioma Caatinga, típica do Nordeste brasileiro. Pertencente à família Anacardiaceae – a mesma do cajueiro –, essa espécie é conhecida por seu porte imponente, podendo atingir de 10 a 15 metros de altura e possuir um tronco grosso, de madeira extremamente dura e resistente.

A Baraúna cresce predominantemente em regiões secas, adaptando-se bem aos solos pedregosos e à baixa disponibilidade de água. Seu habitat natural está restrito à vegetação da Caatinga, principalmente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais. Essa árvore desempenha um papel fundamental na paisagem do semiárido, tanto do ponto de vista ecológico quanto socioeconômico.

A madeira da Baraúna é extremamente valorizada por sua durabilidade, resistência à umidade, cupins e intempéries, sendo usada tradicionalmente na construção civil, cercas, dormentes e móveis rústicos. Além disso, sua casca possui taninos com potencial uso medicinal e industrial.

Ecologicamente, a Baraúna contribui para a estabilização do solo, oferece sombra e abrigo para a fauna local, e participa da dinâmica ecológica das florestas secas tropicais.

Apesar de sua resistência natural, a Baraúna encontra-se ameaçada de extinção. Os principais fatores de risco incluem:

Exploração madeireira excessiva e sem manejo sustentável;

Desmatamento e conversão de áreas nativas para agricultura e pastagem;

Falta de políticas públicas específicas de conservação da Caatinga.


Com a regeneração natural comprometida e a exploração predatória ainda ativa em muitas áreas, a espécie tem visto sua população diminuir consideravelmente.

Para garantir a sobrevivência da Baraúna, é urgente promover ações de conservação, como o reflorestamento com espécies nativas, o uso sustentável da madeira, e o fortalecimento de unidades de conservação que protejam a Caatinga. Também é necessário estimular o uso consciente e manejado por comunidades locais, integrando conhecimento tradicional e ciência.

A preservação da Baraúna é, antes de tudo, um passo essencial para a manutenção do equilíbrio ecológico da Caatinga e para valorizar a rica biodiversidade do semiárido brasileiro.

Ramon Ventura.