Nome popular: Baraúna.
Nome científico: Schinopsis brasiliensis.
Tamanho: Podendo atingir de 10 a 15 metros de altura e possuir um tronco grosso.
Família: Anacardiaceae.
Habitat: Seu habitat natural está restrito à vegetação da Caatinga.
Onde ocorre: nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais.
Motivo da busca: Ameaçada de extinção!
Baraúna (Schinopsis brasiliensis): A força do semiárido que resiste ao tempo
A Baraúna, cujo nome científico é Schinopsis brasiliensis, é uma árvore nativa do bioma Caatinga, típica do Nordeste brasileiro. Pertencente à família Anacardiaceae – a mesma do cajueiro –, essa espécie é conhecida por seu porte imponente, podendo atingir de 10 a 15 metros de altura e possuir um tronco grosso, de madeira extremamente dura e resistente.
A Baraúna cresce predominantemente em regiões secas, adaptando-se bem aos solos pedregosos e à baixa disponibilidade de água. Seu habitat natural está restrito à vegetação da Caatinga, principalmente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais. Essa árvore desempenha um papel fundamental na paisagem do semiárido, tanto do ponto de vista ecológico quanto socioeconômico.
A madeira da Baraúna é extremamente valorizada por sua durabilidade, resistência à umidade, cupins e intempéries, sendo usada tradicionalmente na construção civil, cercas, dormentes e móveis rústicos. Além disso, sua casca possui taninos com potencial uso medicinal e industrial.
Ecologicamente, a Baraúna contribui para a estabilização do solo, oferece sombra e abrigo para a fauna local, e participa da dinâmica ecológica das florestas secas tropicais.
Apesar de sua resistência natural, a Baraúna encontra-se ameaçada de extinção. Os principais fatores de risco incluem:
Exploração madeireira excessiva e sem manejo sustentável;
Desmatamento e conversão de áreas nativas para agricultura e pastagem;
Falta de políticas públicas específicas de conservação da Caatinga.
Com a regeneração natural comprometida e a exploração predatória ainda ativa em muitas áreas, a espécie tem visto sua população diminuir consideravelmente.
Para garantir a sobrevivência da Baraúna, é urgente promover ações de conservação, como o reflorestamento com espécies nativas, o uso sustentável da madeira, e o fortalecimento de unidades de conservação que protejam a Caatinga. Também é necessário estimular o uso consciente e manejado por comunidades locais, integrando conhecimento tradicional e ciência.
A preservação da Baraúna é, antes de tudo, um passo essencial para a manutenção do equilíbrio ecológico da Caatinga e para valorizar a rica biodiversidade do semiárido brasileiro.
Ramon Ventura.