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sexta-feira, 6 de abril de 2012

SAÍRA MILITAR

Nome popular: saíra-militar.
Nome científico: Tangara cyanocephala.
Peso: Pesa em média 18 a 20 gramas.
Tamanho: mede cerca de 13 a 15 centímetros de comprimento.
Família: Thraupidae.
Habitat: habita matas densas, bordas de florestas e áreas de vegetação secundária, com preferência por regiões bem preservadas.
Local onde é encontrado: Encontrada principalmente no leste e sudeste do Brasil, em estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e sul da Bahia.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Saíra-Militar (Tangara cyanocephala): Uma Joia da Mata Atlântica

O saíra-militar, cujo nome científico é Tangara cyanocephala, é uma das aves mais vibrantes e belas da avifauna brasileira. Pertencente à família Thraupidae, essa pequena ave chama atenção pelas suas cores vivas e comportamento ativo, sendo um verdadeiro tesouro das florestas tropicais do Brasil.

Com um porte pequeno, o saíra-militar mede cerca de 13 a 15 centímetros de comprimento e pesa em média 18 a 20 gramas. Sua plumagem é inconfundível: possui o corpo predominantemente verde com tons metálicos, cabeça azul intensa, máscara preta ao redor dos olhos e peito vermelho vivo — cores que lembram um uniforme militar, daí seu nome popular.

Essa espécie é nativa da Mata Atlântica, sendo encontrada principalmente no leste e sudeste do Brasil, em estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e sul da Bahia. Também ocorre em áreas florestadas da Paraguai e Argentina. O saíra-militar habita matas densas, bordas de florestas e áreas de vegetação secundária, com preferência por regiões bem preservadas.

Sua dieta é variada, composta principalmente por frutas, néctar, sementes e pequenos insetos. O saíra-militar tem papel importante na dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração da floresta.

O período reprodutivo ocorre geralmente na primavera e no verão. A fêmea constrói um ninho em formato de taça com fibras vegetais, geralmente em galhos altos e protegidos. A gestação (incubação dos ovos) dura cerca de 12 a 14 dias, e os filhotes permanecem no ninho por aproximadamente 15 dias após o nascimento. Ambos os pais colaboram nos cuidados com os filhotes.

Apesar de ainda não estar oficialmente classificado como ameaçado em todas as listas, o saíra-militar enfrenta sérias ameaças, sobretudo devido à destruição de seu habitat natural, a Mata Atlântica, que hoje restou em apenas uma pequena fração de sua extensão original. O tráfico de aves silvestres também representa um risco adicional.

A perda de áreas florestais reduz drasticamente os recursos alimentares e locais adequados para nidificação, afetando diretamente a sobrevivência da espécie. Esforços de conservação, como a criação de unidades de conservação e reflorestamento, são fundamentais para garantir a preservação dessa ave.

O saíra-militar é uma das espécies mais admiradas por observadores de aves devido à sua beleza e comportamento ativo. Costuma viver em pequenos grupos e é bastante ágil, pulando entre galhos em busca de alimento. Seu canto é suave e agradável, embora não tão marcante quanto sua aparência.

O saíra-militar é um exemplo notável da riqueza natural da Mata Atlântica. Proteger essa ave é também proteger todo um ecossistema vital. Sua presença nas florestas é um indicativo da saúde ambiental, e sua conservação depende do compromisso coletivo com a natureza.

Ramon Ventura

sábado, 21 de janeiro de 2012

MORCEGUINHO DO CERRADO

Nome popular: Morceguinho-do-cerrado.
Nome científico: Lonchophylla dekeyseri.
Peso: Cerca de 10 a 12 gramas.
Tamanho: Aproximadamente 6 a 7 centímetros.
Habitat: Este morcego é encontrado exclusivamente no Cerrado brasileiro.
Local onde é encontrado: Mais frequentemente observada em regiões de Minas Gerais, Goiás e no Distrito.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Morceguinho-do-Cerrado (Lonchophylla dekeyseri): Um Guardião Noturno Ameaçado

O morceguinho-do-cerrado, conhecido cientificamente como Lonchophylla dekeyseri, é uma espécie de morcego endêmica do bioma Cerrado, no Brasil. Embora pequeno em tamanho, este mamífero possui um papel ecológico significativo e enfrenta ameaças que colocam sua sobrevivência em risco.

Seu corpo é coberto por pelos castanhos claros, e suas asas são membranosas, adaptadas para o voo noturno. Possui uma longa língua com papilas especializadas, usada para se alimentar de néctar.

Este morcego é encontrado exclusivamente no Cerrado brasileiro, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. A espécie prefere áreas com vegetação aberta e campos rupestres, sendo mais frequentemente observada em regiões de Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.

O morceguinho-do-cerrado é nectarívoro, alimentando-se principalmente de néctar de flores, como as de bromélias e cactáceas. Ao se alimentar, ele desempenha um papel essencial na polinização de plantas nativas, contribuindo diretamente para a manutenção dos ecossistemas do Cerrado.

A gestação dessa espécie dura cerca de 3 a 4 meses, com o nascimento de um único filhote por vez, geralmente no início da estação chuvosa, quando há maior oferta de alimento. O filhote permanece sob os cuidados da mãe até estar apto a voar e se alimentar sozinho.

Lonchophylla dekeyseri está classificado como em perigo de extinção pela Lista Vermelha da IUCN. Os principais fatores que ameaçam sua existência incluem:
Desmatamento e fragmentação do habitat devido à expansão agrícola e urbana. Queimadas frequentes, que destroem áreas de alimentação e abrigo. Poluição e uso de pesticidas, que afetam plantas e insetos dos quais depende. Baixa densidade populacional, o que dificulta a recuperação da espécie.

Além de seu papel como polinizador, o morceguinho-do-cerrado também contribui para o equilíbrio ecológico do Cerrado, ajudando na regeneração de plantas nativas e promovendo a biodiversidade.

É uma das poucas espécies de morcego nectarívoro adaptada ao clima seco do Cerrado. Foi descrito cientificamente apenas em 1994, o que mostra como ainda há muito a descobrir sobre a fauna brasileira.

A preservação do morceguinho-do-cerrado depende diretamente da conservação do bioma em que ele vive. Proteger o Cerrado é garantir a sobrevivência de espécies únicas como Lonchophylla dekeyseri, essenciais para o equilíbrio ambiental e a riqueza natural do Brasil.


Ramon ventura

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CIGARRA VERDADEIRA

Nome popular: Cigarra-verdadeira ou cigarra-do-sul
Nome científico: Sporophila falcirostris
Peso: Estimado entre 10 e 15 gramas 
Tamanho: Cerca de 11 cm de comprimento
Familia: Thraupidae
Habitat: Habita o sub-bosque e as bordas de florestas úmidas e montanhosas da Mata Atlântica, especialmente em áreas associadas à floração de bambuzais.
Local onde é encontrado: Sua distribuição é descontínua, ocorrendo no sudeste do Brasil (do sul da Bahia ao sul de Santa Catarina), leste e sul do Paraguai e extremo nordeste da Argentina (Misiones).
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.

Cigarra-Verdadeira: A Sentinela Silenciosa da Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta, abrigando espécies únicas que dependem diretamente de sua conservação.  Entre essas espécies está a cigarra-verdadeira (Sporophila falcirostris), um pequeno pássaro que, apesar de sua discrição, desempenha um papel vital no equilíbrio ecológico das florestas tropicais do Brasil.
 
O macho apresenta plumagem cinza-azulada com peito claro e manchas brancas nas asas, enquanto a fêmea possui coloração parda discreta.  Ambos possuem bico robusto, adaptado para a alimentação baseada em sementes. 

A cigarra-verdadeira habita o sub-bosque e as bordas de florestas úmidas e montanhosas da Mata Atlântica, especialmente em áreas associadas à floração de bambuzais.  Sua distribuição é descontínua, ocorrendo no sudeste do Brasil (do sul da Bahia ao sul de Santa Catarina), leste e sul do Paraguai e extremo nordeste da Argentina (Misiones).  A espécie é considerada incomum ou rara em seu habitat natural, apresentando comportamento nômade, deslocando-se conforme a disponibilidade de recursos alimentares  .

A dieta da cigarra-verdadeira é composta principalmente por sementes de bambu.  Durante períodos de escassez, pode complementar sua alimentação com outras sementes e insetos.  Essa especialização alimentar a torna altamente dependente da floração dos bambuzais, o que influencia diretamente sua distribuição e abundância  .

Informações detalhadas sobre o ciclo reprodutivo da cigarra-verdadeira são limitadas.  Sabe-se que a espécie constrói ninhos em arbustos ou árvores baixas, onde a fêmea deposita ovos e realiza a incubação.  O comportamento reprodutivo pode estar relacionado à disponibilidade de alimento, especialmente à floração dos bambuzais, que fornece sementes essenciais para a alimentação dos filhotes. 

A cigarra-verdadeira está classificada como vulnerável pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), com uma população estimada entre 2.500 e 10.000 indivíduos maduros.  As principais ameaças incluem: 

Perda e fragmentação do habitat: O desmatamento da Mata Atlântica reduz as áreas disponíveis para alimentação e reprodução.

Dependência de bambuzais: A floração irregular dos bambuzais afeta a disponibilidade de alimento.

Captura ilegal: Apreciação por seu canto e aparência leva à captura para o comércio de aves de gaiola.

No Brasil, a espécie é considerada em perigo ou vulnerável em diversos estados, incluindo Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. 

Como dispersora de sementes e parte integrante da cadeia alimentar, a cigarra-verdadeira contribui para a manutenção da biodiversidade e saúde dos ecossistemas florestais.  Sua presença indica ambientes preservados e equilibrados. 

É de extrema importância a preservação de seu habitat, com exemplos como: Apoiar iniciativas de conservação da Mata Atlântica e reflorestamento com espécies nativas, incluindo bambuzais. Denunciar a captura e comércio ilegal de aves. Promover o conhecimento sobre a importância da cigarra-verdadeira e outras espécies ameaçadas.

A cigarra-verdadeira é mais do que uma ave de canto melodioso; é um símbolo da riqueza e fragilidade da Mata Atlântica.  Sua conservação depende do esforço conjunto de governos, organizações e cidadãos conscientes.  Proteger essa espécie é preservar a diversidade e o equilíbrio de um dos biomas mais ameaçados do planeta.


Ramon ventura

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ARAÇARI DE PESCOÇO VERMELHO

Nome popular: Araçari-de-pescoço-vermelho
Nome científico: Pteroglossus bitorquatus
Peso: 180 a 230 g
Tamanho: 36 a 41 cm de comprimento
Habitat: Florestas tropicais e subtropicais
Local onde é encontrado: Região amazônica (Pará, Maranhão, Tocantins)
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção

Araçari-de-pescoço-vermelho: a importância de preservar esta espécie da fauna brasileira

O araçari-de-pescoço-vermelho, conhecido cientificamente como Pteroglossus bitorquatus, é uma ave da família Ramphastidae, a mesma dos tucanos. Com plumagem vibrante e aparência marcante, essa espécie desempenha um papel essencial nos ecossistemas em que vive, especialmente na dispersão de sementes e no equilíbrio das cadeias alimentares.

O araçari-de-pescoço-vermelho pesa, em média, entre 180 e 230 gramas e mede cerca de 36 a 41 centímetros de comprimento. Seu nome popular vem da coloração vermelha intensa presente na região do pescoço, contrastando com o verde-escuro do corpo e o bico longo e curvo, característico do grupo.

Essa ave habita principalmente florestas tropicais e subtropicais. É encontrada em áreas de floresta úmida na região amazônica, especialmente nos estados do Pará, Maranhão e Tocantins, no Brasil. Prefere viver em copas de árvores densas, onde encontra alimento e locais seguros para nidificação.

O araçari-de-pescoço-vermelho possui uma dieta predominantemente frugívora, alimentando-se de frutas silvestres como figos e frutos de palmeiras. No entanto, também consome insetos, pequenos vertebrados e ovos de outras aves, o que o torna um importante controlador de populações e disseminador de sementes em seu habitat.

A reprodução ocorre em cavidades de árvores, onde a fêmea põe de 2 a 4 ovos. O período de incubação dura cerca de 16 dias, e tanto o macho quanto a fêmea participam da alimentação dos filhotes, que permanecem no ninho por até 6 semanas antes de se tornarem independentes.

O araçari-de-pescoço-vermelho está classificado como vulnerável à extinção na Lista Vermelha da IUCN. A principal ameaça à sua sobrevivência é a perda de habitat causada pelo desmatamento, especialmente na Amazônia oriental. A fragmentação florestal reduz a disponibilidade de alimentos, locais de nidificação e dificulta a dispersão natural da espécie.

Além disso, a caça ilegal e o comércio de aves silvestres também impactam negativamente sua população, apesar de serem práticas proibidas por lei.

A conservação do araçari-de-pescoço-vermelho é um exemplo claro da necessidade de integrar a biodiversidade ao conteúdo da educação ambiental. Ao ensinar sobre espécies ameaçadas, promove-se a conscientização sobre o impacto das ações humanas na natureza e o valor da preservação dos ecossistemas.

Ramon Ventura

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

EXTINÇÃO DA AVE DODO


O homem provoca a extinção de algumas espécies através da destruição dos ambientes e do uso descontrolado dos recursos naturais. O pássaro Dodô, das Ilhas Maurício, uma ave grande, pesada e incapaz de voar, foi totalmente exterminado por caçadores e por animais levados à ilha pelos europeus durante o processo de colonização da ilha. O ultimo Dodô morreu pouco antes de 1800. Dessa ave, só resta um exemplar empalhado no Museu Britânico, em Londres.

A extinção provocada pelo homem é rápida e geralmente atinge mais de uma espécie ao mesmo tempo. A conseqüência disso é o desequilíbrio do ambiente, podendo se tornar uma ameaça ao próprio homem. No Brasil, há muitos exemplos de exploração errada dos recursos naturais: a caça ao jacaré, a pesca do pirarucu, o corte indiscriminado de árvores como o pau-brasil, no início da colonização, do pinheiro-do-paraná, do mogno, do cedro e da cerejeira, hoje em dia.

A contaminação do ambiente pelo lixo, produtos, químicos, esgotos, etc. promove a extinção, ao alterar o ambiente ou torná-lo tóxico. É o caso de vários rios, antigamente cheios de peixes e outros seres vivos e hoje praticamente “mortos”. Podemos lembrar do “maior desastre ambiental do país que instalou em oito cidades – os rejeitos químicos que vazaram na cidade mineira de Cataguases causando destruição por onde passava.

Pergunto-me, o que as autoridades deveriam fazer para conter desastres ambientais como esse? Aplicar multas mais altas? Aumentar a fiscalização? O que fazer?Cada vez mais que se descobre que a preservar é importante, mais desastres ambientais, mais animais são colocados na lista da fauna brasileira ameaçados de extinção. As listas que indicam as espécies ameaçadas de extinção são um importante instrumento de política ambiental por possibilitarem o estabelecimento de programas prioritários para a proteção da biodiversidade, mas precisamos trabalhar mais em prol desta causa.

A manutenção do equilíbrio ecológico é uma preocupação constante. Não é de hoje que falamos em meio ambiente e as transformações que o planeta vem sofrendo, preservar é preciso.

Ramon Ventura
Artigo enviado pelo Biólogo Isaac Martins de Souza