sábado, 20 de julho de 2013

VEADO CAMPEIRO

O veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), também chamado veado-branco, veado-galheiro, suaçutinga e suaçuapara, é um veado campestre, encontrado em grande parte da América do Sul, ao sul da Amazônia. 

Tais cervídeos medem cerca de 1 metro de comprimento, com pelagem dorsal marrom, contorno da boca, círculo ao redor dos olhos e barriga brancos e galhada com três pontas e cerca de 30 cm de altura. "Veado-campeiro" é um animal à sua preferência por viver em ambientes descampados. "Veado-galheiro" é uma referência a suas galhadas, que podem ter até três terminações e medir até 25 centímetros de comprimento. "Suaçutinga" vem do termo tupi para "veado branco", suasu'tinga. "Suasuapara" vem do termo tupi suasua'para, "veado curvo", numa referência aos seus chifres curvos. Hábitos Veado-campeiro no Parque Nacional da Serra da Canastra. 

Este veado é encontrado mais comumente sozinho ou em grupos de até três animais; porém, já foram encontrados grupos de até 11 indivíduos. Possuem chifres de três pontas que podem alcançar 30 cm de comprimento; sua galhada é composta de dois chifres: um galho cuja ponta é voltada para frente e o outro com duas pontas, para trás. Esta composição começa a aparecer após o terceiro ano de vida do animal. São animais extremamente ágeis, podendo correr a 70 km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Os saltos são suficientes para cruzar pequenos rios; quando não, nadam com facilidade. 

A hierarquia social é determinada através de disputas nas quais os machos empurram seus adversários com os chifres, numa prova de força. Esta disputa não tem por objetivo perfurar o oponente e o dano mais comum é a quebra de algumas pontas; porém podem ocorrer casos de perfuração. Sua população está bastante reduzida por causa da caça, da febre aftosa (transmitida pelo gado), das queimadas e da perda do habitat natural, decorrente da ocupação agropecuária do cerrado e pampas. Ironicamente, muitos fazendeiros culpam o veado pela disseminação da febre aftosa e acabam abatendo o animal para proteger o gado. 

Alimentam-se essencialmente de gramíneas, e desprezam os capins mais adequados para o gado. Porém se alimentam de outras plantas que quase nenhum outro animal come como o alecrim-do-campo, o assa-peixe, o capim-favorito e vagens de barbatimão. Existem três subespécies de veado-campeiro: O. bezoarticus bezoarticus - Campos do Brasil Central para o sul até o Uruguai O. bezoarticus leucogaster - Sudoeste do Brasil, na região do pantanal. 

O bezoarticus celer - nos pampas da Argentina. As populações das três subespécies não estão em contato. O nascimento dos filhotes chatos e de alimentos, no fim das enchentes do pantanal ou após as queimadas naturais, épocas em que ervas, gramíneas e arbustos começam a rebrotar.


Ramon Venttura
Revista chc.

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