sexta-feira, 23 de agosto de 2019

GAMBÁ DE ORELHAS BRANCAS

Nome cientifico: Didelphis albiventris
Nome popular: Gamba de orelhas brancas
Tamanho: pode atingir de 60 a 90 cm com a cauda
Peso: Pesa até 3 kg.
Local onde é encontrado: Ocorre em quase todo o Brasil (exceto na Amazônia), no nordeste da Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Algumas populações isoladas aparecem no norte da América do Sul, como na Venezuela, Suriname e Guiana.
Habitat: Florestas, formações arbustivas, campestres, zona rural e urbana
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Devido o grande consumo de frutos e pelo fato de as sementes conseguirem germinar após a ingestão, esta espécie de gambá é considerada uma importante dispersora de espécies arbóreas nas florestas.

Os gambás cumprem importantes papéis ecológicos. Eles são excelentes controladores de população de pequenos roedores e serpentes, inclusive as peçonhentas. O gambá-de-orelha-preta é imune ao veneno da jararaca, o que faz dele um predador natural da cobra.

Esse gambá possui porte médio e não costuma passar dos três quilos. Em geral pesa entre 500 e 2,750 gramas. É muito semelhante ao gambá-de-orelha-preta, mas é justamente a característica que lhe dá o nome que os diferencia. Essa espécie apresenta três listras negras na face, duas sobre os olhos e uma na fronte. A sua cauda é preênsil com pelos até uma porção, depois é nu.

Apesar de estar classificado como em baixo risco de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), é um dos animais nativos com maior índice de atropelamento nas rodovias brasileiras.

Os gambás não atacam, nem roem nada, mesmo assim há inúmeros registros de pessoas que insistem em matar os bichinhos, seja a pauladas ou com o uso de venenos. Mas gambás são animais silvestres protegidos por lei e caçá-los, persegui-los, feri-los ou matá-los é crime.

Solitário, o gambá-de-orelhas-brancas tem hábito noturno e crepuscular. Geralmente busca abrigo entre ocos de árvores, raízes ou embaixo de troncos caídos. Também conhecido por sarauê, seriguê, mucura e micurê, as fêmeas adultas costumam ser maiores que os machos. Em ambos, a coloração da plumagem varia de branca a quase preta. Geralmente são grisalhos.

Essa espécie tolera áreas urbanas, terras cultivadas e zonas desmatadas, e é encontrada com facilidade até nos forros de casas.

A destruição das florestas, seja pelas queimadas ou por derrubadas de arvores por tratores para o plantio da lavoura e criação de gados, tem favorecido a destruição de seu hábitat, ameaça sua sobrevivência. No entanto, é um dos poucos mamíferos que consegue viver nas áreas ocupadas pelo homem, sendo muito comum nas propriedades rurais, onde é perseguido e morto de forma impiedosa.

Ramon Ventura

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