Nome popular: Gambá-de-orelhas-brancas.
Nome científico: Didelphis albiventris.
Peso: Entre 1 e 2,5 kg.
Tamanho: Variando de 30 a 50 cm.
Família: Didelphidae.
Habitat: Florestas, cerrados, áreas de caatinga, regiões agrícolas e até em ambientes urbanos.
Local onde é encontrado: Nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sul.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Gambá-de-orelhas-brancas (Didelphis albiventris): Um marsupial essencial para o equilíbrio ecológico
O Gambá-de-orelhas-brancas, conhecido cientificamente como Didelphis albiventris, é um mamífero marsupial nativo da América do Sul. Com sua aparência inconfundível — corpo acinzentado, ventre claro e orelhas brancas — essa espécie desempenha um papel ecológico fundamental, embora ainda seja alvo de preconceito e desinformação.
Esse gambá pertence à família Didelphidae, a mesma dos marsupiais americanos. Apresenta um corpo robusto com comprimento variando de 30 a 50 cm, além de uma cauda preênsil que pode alcançar mais de 40 cm. Seu peso geralmente fica entre 1 e 2,5 kg. É um animal noturno e solitário, com hábitos discretos.
O Gambá-de-orelhas-brancas é uma espécie extremamente adaptável, podendo ser encontrado em florestas, cerrados, áreas de caatinga, regiões agrícolas e até em ambientes urbanos. Sua distribuição geográfica abrange grande parte do Brasil, incluindo o Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sul. Além de outros países sul-americanos como Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina.
Como todo marsupial, sua reprodução é peculiar: após um curto período de gestação de apenas 12 a 14 dias, os filhotes nascem ainda em estágio embrionário e completam seu desenvolvimento na bolsa marsupial da mãe (marsúpio), onde permanecem por cerca de 2 meses.
A alimentação do gambá é onívora, variando conforme a oferta local. Sua dieta inclui frutas, insetos, pequenos vertebrados, ovos, carniça e até restos de alimentos humanos. Essa flexibilidade alimentar o torna um importante controlador de pragas e dispersor de sementes.
Apesar de sua ampla distribuição e resistência ecológica, o Gambá-de-orelhas-brancas enfrenta várias ameaças:
Perseguição por parte da população, devido ao preconceito e associação equivocada com doenças;
Atropelamentos em estradas, especialmente em áreas urbanizadas;
Perda e fragmentação do habitat por desmatamento e expansão agrícola;
Intoxicação por agrotóxicos e lixo urbano.
Embora não esteja atualmente classificado como ameaçado de extinção em nível nacional, essas pressões ambientais e sociais podem comprometer a estabilidade das populações locais, especialmente em regiões mais degradadas.
Além de ser um importante dispersor de sementes, o gambá auxilia no controle de insetos e animais potencialmente danosos à agricultura. Também é resistente a venenos de serpentes, o que lhe permite se alimentar ocasionalmente de cobras, desempenhando um papel único na cadeia alimentar.
O Gambá-de-orelhas-brancas é um verdadeiro sobrevivente da fauna brasileira, adaptável e vital para o equilíbrio ecológico. No entanto, precisa ser respeitado e protegido. Combater mitos e promover a educação ambiental é essencial para garantir que este importante marsupial continue a cumprir seu papel na natureza.
Ramon Ventura.
Concordo Flávia, matar, maltratar animais não pode acontecer.
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