Nome popular: Aveloz.
Nome científico: Euphorbia tirucalli
Tamanho: entre 2 e 6 metros de altura.
Ordem: Malpighiales
Família: Euphorbiaceae.
Gênero: Euphorbia
Habitat: Ele cresce com facilidade em solos pobres, secos e expostos ao sol pleno
Onde ocorre: semiárido nordestino e Cerrado.
Motivo da busca: Ameaçada de extinção!
Aveloz (Euphorbia tirucalli): Uma planta versátil que exige atenção
O Aveloz, conhecido cientificamente como Euphorbia tirucalli, é uma planta arbustiva de aparência exótica e amplamente reconhecida por suas propriedades medicinais, ornamentais e pela capacidade de se adaptar a ambientes áridos. Pertencente à família Euphorbiaceae, o Aveloz se destaca por sua rusticidade e pela resina leitosa que exsuda de seus caules — uma característica marcante, mas também perigosa.
O Aveloz apresenta um porte que varia entre 2 e 6 metros de altura, podendo, em condições ideais, alcançar dimensões ainda maiores. Seu caule é suculento, cilíndrico, sem folhas aparentes na maior parte do tempo, o que o faz parecer uma planta “sem galhos”. Essa aparência peculiar rendeu-lhe nomes populares como “pau-pelado”, “árvore-lápis” e “arbusto-lápis”.
Original da África tropical e subtropical, o Aveloz foi amplamente introduzido em diversas regiões tropicais do mundo, incluindo o Brasil, onde se adaptou especialmente bem ao semiárido nordestino, ao Cerrado e a áreas costeiras com clima seco e quente. Ele cresce com facilidade em solos pobres, secos e expostos ao sol pleno, sendo utilizado inclusive para contenção de encostas, formação de cercas vivas e projetos de recuperação ambiental.
Além de sua função paisagística e de controle ambiental, o Aveloz é amplamente conhecido por seu uso na medicina popular. Tradicionalmente, partes da planta têm sido utilizadas no tratamento de verrugas, inflamações, dores e, mais recentemente, como um controverso “remédio natural” contra o câncer — o que gerou debates e alertas de órgãos de saúde.
Atenção: sua seiva leitosa é tóxica e pode causar queimaduras na pele, irritações nos olhos, vômitos e até intoxicação grave se ingerida. Portanto, o uso medicinal deve ser evitado sem acompanhamento profissional.
Apesar de não estar atualmente classificado como ameaçado em nível global, o Aveloz corre riscos localizados de desaparecimento devido a queimadas, urbanização descontrolada, retirada predatória para fins medicinais e ornamentais, além de percepções negativas ligadas ao seu potencial tóxico, que podem levar à eliminação da planta em algumas regiões.
Com a expansão urbana e o desmatamento, muitas populações naturais têm sido substituídas por áreas agrícolas ou urbanizadas, limitando o espaço para a regeneração espontânea da espécie.
O Aveloz é uma planta com múltiplas funções e grande resiliência, capaz de sobreviver em condições adversas. No entanto, seu uso deve ser acompanhado de informação e responsabilidade, tanto pelo potencial medicinal quanto pelos riscos associados. Proteger essa espécie é também preservar a diversidade de soluções naturais que a flora brasileira e mundial pode oferecer — sempre com equilíbrio entre tradição, ciência e conservação.
Ramon Ventura.
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