Foto: Douglas Fischer |
Nome popular: Papagaio-charão.
Nome científico: Amazona pretrei.
Peso: 300 e 400 gramas
Tamanho: Pode variar de 30 a 35 centímetros.
Família: Psittacidae.
Habitat: Habita florestas de araucária e matas ombrófilas do sul do Brasil.
Local onde é encontrado: Nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com alguns registros históricos no sudeste do estado do Paraná.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção.
Papagaio-charão (Amazona pretrei): um símbolo da conservação no sul do Brasil
O papagaio-charão é uma das espécies mais emblemáticas das matas do sul do Brasil. Com seu canto forte e presença vibrante, essa ave desempenha papel importante nos ecossistemas onde vive, mas infelizmente enfrenta sérias ameaças que colocam sua sobrevivência em risco.
O Amazona pretrei é um papagaio de tamanho médio, com um comprimento que pode variar de 30 a 35 centímetros e um peso que pode chegar a cerca de 300 a 400 gramas. Sua plumagem é predominantemente verde, com uma faixa vermelha na testa e uma cauda longa e pontiaguda.
O papagaio-charão habita florestas de araucária e matas ombrófilas do sul do Brasil. Sua distribuição geográfica está concentrada nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com alguns registros históricos no sudeste do estado do Paraná. Essa espécie depende fortemente da presença da Araucária angustifolia (o pinheiro-do-paraná), árvore cujas sementes — os pinhões — são sua principal fonte de alimento durante boa parte do ano.
A alimentação do papagaio-charão é baseada, principalmente, em frutos e sementes nativas da região sul, com destaque para o pinhão. Além disso, consome outros frutos silvestres, flores e, em algumas áreas agrícolas, pode se alimentar de milho e outras culturas, o que às vezes gera conflitos com produtores rurais.
A temporada reprodutiva ocorre entre setembro e janeiro. Os ninhos são construídos em ocos de árvores, especialmente em florestas com pinheiros maduros. A fêmea geralmente põe 2 a 4 ovos, que são incubados por cerca de 26 dias. Os filhotes permanecem no ninho por aproximadamente 2 meses, até estarem prontos para voar.
O principal motivo pelo qual o papagaio-charão corre risco de extinção é a perda de habitat, causada pelo desmatamento das florestas de araucária para expansão agrícola, pecuária e urbanização. A retirada indiscriminada do pinheiro-do-paraná e a escassez de árvores com ocos para nidificação também dificultam a reprodução da espécie. Além disso, o tráfico de animais silvestres, que captura filhotes para o comércio ilegal, representa outra séria ameaça.
A espécie é classificada como Vulnerável (VU) pela Lista Vermelha da IUCN e também consta na lista nacional de espécies ameaçadas do ICMBio.
Nos últimos anos, projetos de conservação têm sido fundamentais para proteger o papagaio-charão. Iniciativas como a instalação de ninhos artificiais, programas de educação ambiental e monitoramento de populações têm contribuído para a estabilização da espécie em algumas áreas. A criação de Unidades de Conservação e a proteção das florestas de araucária são estratégias cruciais para garantir a sobrevivência dessa ave tão carismática.
O nome "charão" é uma referência ao som que a ave emite: um grito forte e característico, semelhante a “charrãããão!”.
É uma das poucas espécies de papagaios que realizam deslocamentos sazonais em busca de alimento, chegando a voar mais de 100 km em busca de áreas com pinhão.
Vive em bandos, o que torna mais fácil a sua observação na natureza.
Ramon Ventura.
Bela matéria,espero que os seres ditos humanos se conscientizem da importância de preservar nosso meio ambiente.
ResponderExcluirObrigado por comentar!
ExcluirÉ verdade viu, quantos mais alertamos, parece que mais estúpidos e inúteis esses "humanos" ficam!