domingo, 23 de janeiro de 2011

ARARA-AZUL-GRANDE

Nome popular: Arara-azul-grande.

Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus.

Peso: Entre 1,3 kg e 1,7 kg.

Tamanho: Aproximadamente 1 metro, sendo a maior espécie de arara do mundo.

Envergadura: Pode ultrapassar 1,2 metro.

Família: Psitacídea.

Habitat: Essa arara habita áreas abertas e florestas esparsas, especialmente: Pantanal, Cerrado, Florestas de galeria e buritizais.

Local onde é encontrado:  No Brasil, especialmente nos biomas do Pantanal, Cerrado e região da Amazônia sul-ocidental. Também pode ser encontrada em áreas do Paraguai e Bolívia.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus): A Majestade Azul dos Céus Brasileiros

A arara-azul-grande, conhecida cientificamente como Anodorhynchus hyacinthinus, é a maior espécie de arara do mundo e uma das aves mais emblemáticas da fauna brasileira. Com sua plumagem azul vibrante e comportamento social marcante, essa ave é símbolo de biodiversidade e também de alerta sobre os riscos da extinção.

A arara-azul-grande pode atingir até 1 metro de comprimento da cabeça à cauda, sendo considerada a maior das araras. Seu peso varia entre 1,2 kg e 1,7 kg, com uma envergadura que pode ultrapassar 1,2 metros. Sua plumagem é inteiramente azul-cobalto, com detalhes amarelos ao redor dos olhos e na base do bico, o que lhe confere uma aparência única e reconhecível.

Essa espécie é nativa da América do Sul, com distribuição principal no Brasil, especialmente nos biomas do Pantanal, Cerrado e região da Amazônia sul-ocidental. Também pode ser encontrada em áreas do Paraguai e Bolívia, embora em populações menores. Seu habitat preferido inclui áreas de florestas abertas, palmeirais e regiões alagadas.

A arara-azul-grande é monogâmica e costuma formar pares para toda a vida. A época reprodutiva ocorre entre julho e dezembro, quando a fêmea põe em média dois ovos, que são incubados por cerca de 30 dias. Apenas um filhote, em geral, sobrevive por ninhada. O cuidado parental é intenso, e o filhote permanece com os pais por até um ano.

Sua alimentação baseia-se principalmente em frutos de palmeiras, como o acuri (Attalea phalerata) e o bocaiuva (Acrocomia aculeata), além de sementes duras e, ocasionalmente, frutas silvestres. Seu bico poderoso é adaptado para quebrar até mesmo os cocos mais resistentes.

A arara-azul-grande está classificada como vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os principais fatores de ameaça incluem: Desmatamento e perda de habitat, especialmente devido à expansão agropecuária e queimadas. Tráfico ilegal de animais silvestres, motivado pelo alto valor da espécie no mercado de aves exóticas. Baixa taxa reprodutiva, o que dificulta a recuperação populacional. Dependência de áreas com palmeiras específicas, que também vêm sendo destruídas.

A arara-azul-grande possui um papel importante na dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração de florestas e equilíbrio ecológico. Pode viver até 50 anos em vida livre e mais de 60 anos em cativeiro. É uma ave extremamente social, podendo ser vista em bandos, principalmente fora da época reprodutiva.

A conservação da arara-azul-grande depende de esforços conjuntos entre governos, ONGs, comunidades locais e o setor privado. Iniciativas como o Projeto Arara Azul, no Pantanal, têm mostrado resultados promissores, reforçando a importância da educação ambiental, fiscalização e preservação dos habitats naturais.


Ramon ventura

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