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quarta-feira, 4 de junho de 2025

ONÇA PINTADA


Nome popular:
Onça-pintada.

Nome científico: Panthera onca.

Peso: entre 56 e 135 kg, podendo alguns machos ultrapassar os 150 kg.

Tamanho: Seu comprimento varia de 1,5 a 2,4 metros, incluindo a cauda, que mede cerca de 70 cm.

Família: Felídeos.

Habitat: habita florestas tropicais, savanas, cerrados e áreas de várzea.

Local onde é encontrado: No Brasil, encontra-se principalmente na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Onça-pintada (Panthera onca): Majestade das Américas

A onça-pintada, cujo nome científico é Panthera onca, é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas do tigre e do leão. Ícone da fauna brasileira, esse predador imponente desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio ecológico dos ecossistemas em que vive.

A onça-pintada possui um corpo robusto, musculoso e adaptado para a caça. Os adultos pesam entre 56 e 135 kg, podendo alguns machos ultrapassar os 150 kg em áreas como o Pantanal. Seu comprimento varia de 1,5 a 2,4 metros, incluindo a cauda, que mede cerca de 70 cm.

A pelagem é dourada com manchas pretas em forma de rosetas, o que ajuda na camuflagem entre a vegetação densa. Existem também casos raros de melanismo, nos quais o animal apresenta coloração preta, sendo erroneamente chamado de “pantera negra”.

A onça-pintada habita florestas tropicais, savanas, cerrados e áreas de várzea. Sua presença já foi registrada desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, embora atualmente esteja restrita a regiões mais ao sul do México, América Central e América do Sul.

No Brasil, encontra-se principalmente na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, sendo o Pantanal uma das regiões com maior densidade populacional da espécie.

A reprodução da onça-pintada não possui época fixa, podendo ocorrer durante o ano todo. A gestação dura cerca de 90 a 110 dias, resultando no nascimento de um a quatro filhotes, geralmente dois. Os filhotes nascem cegos e permanecem com a mãe até cerca de dois anos de idade, quando se tornam independentes.

A onça-pintada é um carnívoro oportunista e um predador de topo de cadeia. Sua dieta é extremamente variada e inclui capivaras, queixadas, veados, jacarés, tatus, aves e até bois, quando próxima de áreas rurais. Seu estilo de caça é caracterizado pelo ataque surpresa e uma mordida poderosa, capaz de perfurar o crânio da presa.

Apesar de sua força e adaptabilidade, a onça-pintada está ameaçada de extinção, especialmente fora da Amazônia. Entre os principais fatores de risco estão:

Perda e fragmentação do habitat devido ao desmatamento e à expansão agropecuária. Caça ilegal, tanto por retaliação à predação de animais domésticos quanto por troféus ou peles. Redução da oferta de presas naturais, causada por desequilíbrios ambientais.

A espécie é classificada como “quase ameaçada” globalmente pela Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), mas em alguns biomas brasileiros, como a Mata Atlântica, encontra-se criticamente ameaçada.

A onça-pintada é excelente nadadora e costuma viver próxima a corpos d'água. É um animal solitário e territorialista, marcando grandes áreas com arranhões, urina e fezes. Tem grande importância cultural para diversos povos indígenas e é símbolo da biodiversidade brasileira.

Proteger a onça-pintada é preservar a riqueza natural do Brasil. Seu desaparecimento acarretaria desequilíbrios ecológicos severos. Esforços de conservação, como a criação de áreas protegidas, corredores ecológicos e ações de educação ambiental, são essenciais para garantir a sobrevivência dessa majestosa espécie nas próximas gerações.


Ramon Ventura

terça-feira, 19 de novembro de 2019

AROEIRA

Nome popular: Aroeira.

Nome científico: Myracrodruon urundeuva.

Tamanho: até 20 metros de altura, com tronco reto e casca espessa.

Família: Anacardiaceae.

Habitat: Solos bem drenados e regiões de clima quente e seco, sendo comum em áreas de floresta estacional decidual e savanas.

Onde ocorre: Ela é encontrada em estados como Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Ceará e Tocantins.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção!

Aroeira (Myracrodruon urundeuva): Uma joia nativa em risco

A Aroeira, cientificamente conhecida como Myracrodruon urundeuva, é uma árvore nativa do Brasil, amplamente valorizada por suas propriedades medicinais, seu uso na marcenaria e sua importância ecológica. Pertencente à família Anacardiaceae, essa espécie destaca-se tanto pelo seu porte imponente quanto pela sua relevância para os biomas brasileiros.

A Aroeira é uma árvore de médio a grande porte, podendo atingir até 20 metros de altura, com tronco reto e casca espessa. Suas folhas compostas e pequenas flores amarelas despontam entre os meses de agosto e novembro, atraindo polinizadores importantes como abelhas e pequenos insetos. Os frutos, do tipo drupa, amadurecem entre setembro e dezembro e são dispersos principalmente pelo vento.

Essa espécie ocorre naturalmente em diversos biomas, com destaque para a Caatinga, o Cerrado e o Pantanal. Ela é encontrada em estados como Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Ceará e Tocantins, entre outros. Adapta-se bem a solos bem drenados e regiões de clima quente e seco, sendo comum em áreas de floresta estacional decidual e savanas.

A Aroeira desempenha um papel fundamental na recuperação de áreas degradadas, graças à sua resistência à seca e ao solo pobre. Sua madeira é extremamente densa, durável e resistente a pragas, sendo largamente utilizada na construção civil e na fabricação de móveis de alta qualidade. Além disso, possui uso medicinal popular, principalmente a casca e o extrato, utilizados no tratamento de inflamações, infecções e problemas respiratórios.

Apesar de sua ampla distribuição natural, a Aroeira encontra-se em risco de extinção, principalmente devido à exploração madeireira ilegal, desmatamento para atividades agropecuárias e coleta predatória para fins medicinais. O corte indiscriminado dessa espécie, somado à regeneração lenta e à baixa taxa de germinação de suas sementes, coloca em risco sua permanência nos ecossistemas.

A espécie já está incluída em listas estaduais e federais de espécies ameaçadas, sendo protegida por legislações ambientais que restringem sua exploração sem autorização prévia. A conservação da Aroeira é essencial para a manutenção do equilíbrio ecológico das regiões onde ocorre e para a preservação de conhecimentos tradicionais ligados ao uso sustentável da planta.

A Aroeira é um verdadeiro patrimônio natural do Brasil. Sua conservação não é apenas uma questão ambiental, mas também cultural e econômica. Incentivar o plantio, o manejo sustentável e a fiscalização de sua exploração são medidas fundamentais para garantir que essa árvore continue fazendo parte da nossa paisagem e das futuras gerações.

Ramon Ventura.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

JACARÉ DO PAPO AMARELO

(Foto: Divulgação/ Parque Zoobotânico Arruda Câmara)
Nome popular: Jacaré-de-papo-amarelo.

Nome científico: Caiman latirostris.

Peso: De 50 a 90 kg.

Tamanho: Entre 2 a 3 metros de comprimento.

Família: Alligatoridae.

Habitat: Áreas úmidas e aquáticas de diferentes regiões brasileiras.

Local onde é encontrado: Está presente em grande parte do território brasileiro, principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris): O guardião das águas do sul

O jacaré-de-papo-amarelo, cientificamente conhecido como Caiman latirostris, é um dos maiores representantes da fauna reptiliana da América do Sul. Com aparência imponente e papel ecológico essencial, esse réptil habita áreas úmidas e aquáticas de diferentes regiões brasileiras, sendo também encontrado em países vizinhos.

Esse jacaré recebe seu nome popular devido à coloração amarelada na região do papo, contrastando com o restante do corpo, geralmente de tom verde-oliva escuro. Pode atingir entre 2 a 3 metros de comprimento e pesar de 50 a 90 kg, embora indivíduos excepcionalmente grandes possam ultrapassar esses números. Possui focinho largo e achatado, olhos e narinas voltados para cima, o que facilita a respiração e observação enquanto permanece submerso.

Pertence à família Alligatoridae, a mesma de outros jacarés, e é um parente próximo do jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) e do aligator americano (Alligator mississippiensis).

O jacaré-de-papo-amarelo é uma espécie típica de ambientes dulcícolas (água doce), sendo encontrado em rios, lagoas, banhados, brejos, várzeas e manguezais. Está presente em grande parte do território brasileiro, principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e também ocorre em países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

A temporada de reprodução acontece geralmente no verão. A fêmea constrói um ninho com matéria vegetal próximo à água, onde deposita entre 20 e 60 ovos. O período de incubação varia de 70 a 90 dias. Ao nascerem, os filhotes medem cerca de 20 a 25 cm, e a mãe pode protegê-los nos primeiros dias contra predadores.

O jacaré-de-papo-amarelo é um predador oportunista e generalista. Sua dieta inclui:

Peixes, crustáceos e moluscos. Anfíbios, aves aquáticas e pequenos mamíferos. Frutas, especialmente em áreas de Mata Atlântica, o que também o torna um potencial dispersor de sementes.

Esse réptil desempenha papel vital no equilíbrio dos ecossistemas aquáticos, regulando populações de suas presas e mantendo o controle sobre o ambiente que habita. Além disso, contribui com o ciclo de nutrientes e serve de alimento para outros animais em diferentes fases da vida.


Apesar de não estar atualmente classificado como criticamente ameaçado, o jacaré-de-papo-amarelo é uma espécie considerada quase ameaçada (NT) em algumas listas regionais. Os principais riscos incluem:

Destruição e poluição dos habitats aquáticos, por expansão urbana, agricultura e uso de agrotóxicos. Caça ilegal, tanto por medo quanto por interesse em sua pele. Tráfico de animais e coleta de ovos. Atropelamentos e conflitos com humanos, principalmente em áreas urbanizadas.

A conservação do jacaré-de-papo-amarelo depende da preservação dos ambientes aquáticos, da conscientização pública e do fortalecimento da fiscalização contra a caça e o tráfico. Ao protegê-lo, também protegemos toda uma cadeia ecológica que depende dos ambientes úmidos — do menor invertebrado aos grandes predadores.

Ramon ventura

terça-feira, 3 de setembro de 2019

CERVO DO PANTANAL

Nome popular: Cervo-do-Pantanal.

Nome científico: Blastocerus dichotomus.

Peso: Pode pesar entre 100 e 150 kg, com alguns machos chegando a mais de 160 kg.

Tamanho: Até 2 metros de comprimento, com uma altura média de 1,2 metros na cernelha.

Família: Cervidae.

Habitat: Campos alagáveis, brejos, várzeas e regiões com vegetação densa e acesso à água, o que explica sua grande adaptação a áreas pantanosas.

Local onde é encontrado: Ocorre principalmente no Pantanal Mato-grossense, mas também pode ser visto em áreas úmidas do Cerrado, Mata Atlântica e na Bacia do Rio Paraná.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus): O gigante discreto dos campos alagados

O Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) é o maior cervídeo da América do Sul e um dos mais emblemáticos representantes da fauna brasileira. Também conhecido como cervo-mateiro, essa espécie desperta atenção não apenas por seu porte imponente, mas também por sua ligação íntima com ambientes alagados e sua vulnerabilidade diante das ações humanas.

Pertencente à família Cervidae, o cervo-do-pantanal pode pesar entre 100 e 150 kg, com alguns machos chegando a mais de 160 kg. Seu corpo robusto pode alcançar até 2 metros de comprimento, com uma altura média de 1,2 metros na cernelha. Os machos possuem galhadas ramificadas, que são renovadas anualmente, e ambos os sexos exibem uma pelagem castanho-avermelhada característica.

Apesar do nome, o cervo-do-pantanal não é exclusivo do Pantanal. Ele é encontrado em diversas regiões da América do Sul, incluindo o Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. No Brasil, ocorre principalmente no Pantanal Mato-grossense, mas também pode ser visto em áreas úmidas do Cerrado, Mata Atlântica e na Bacia do Rio Paraná.

Seu habitat preferido são os campos alagáveis, brejos, várzeas e regiões com vegetação densa e acesso à água, o que explica sua grande adaptação a áreas pantanosas. Suas pernas longas facilitam a locomoção em terrenos encharcados e com vegetação alta.

A gestação da fêmea dura cerca de 8 meses, geralmente resultando em apenas um filhote por parto. Os nascimentos tendem a ocorrer em épocas mais secas, garantindo maiores chances de sobrevivência aos filhotes.

A alimentação do cervo-do-pantanal é baseada em uma dieta herbívora, composta por folhas, brotos, gramíneas aquáticas, frutos e plantas flutuantes. Sua dieta varia conforme a disponibilidade dos alimentos ao longo do ano.

Atualmente, o cervo-do-pantanal está classificado como "Vulnerável" (VU) na Lista Vermelha da IUCN e também consta na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas do ICMBio. Os principais fatores que ameaçam sua sobrevivência são:

Destruição e fragmentação de habitat, sobretudo pela expansão da agropecuária e construção de hidrelétricas;

Caça ilegal, seja por sua carne ou como troféu;

Atropelamentos, devido à ocupação humana crescente nas áreas de ocorrência da espécie;

Doenças transmitidas por gado doméstico, que compartilha as mesmas áreas de alimentação e abrigo.

O cervo-do-pantanal exerce papel crucial na dinâmica ecológica dos ecossistemas alagáveis. Como herbívoro de grande porte, ajuda na manutenção do equilíbrio da vegetação e na dispersão de sementes. Sua presença também indica a boa qualidade ambiental das áreas úmidas, servindo como espécie-símbolo para esforços de conservação.

Proteger o cervo-do-pantanal é preservar não apenas uma espécie carismática, mas também um ambiente único e rico como o Pantanal. Medidas de educação ambiental, fiscalização contra a caça e projetos de manejo de áreas úmidas são essenciais para garantir o futuro desse gigante gentil dos alagados.


Ramon Ventura.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

TEIÚ

Nomes populares: teiú, tiú, teiuaçu, tejuguaçu, teju, tejo, teiú-açu, tiju, tejuaçu, teiú-brasileiro.

Nome científico: Salvator merianae.

Peso: Entre 3 a 7 quilos.

Tamanho: Pode atingir até 1,5 metro de comprimento.

Família: Teiidae.

Habitat: Habita áreas de vegetação aberta, bordas de florestas, campos e áreas rurais, adaptando-se bem a ambientes alterados pelo homem.

Local onde é encontrado: No Brasil, está presente em praticamente todas as regiões, com maior ocorrência no Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Teiú (Salvator merianae): O gigante das matas sul-americanas

O teiú, também conhecido pelo nome científico Salvator merianae (anteriormente Tupinambis merianae), é um dos maiores lagartos da América do Sul e uma das espécies mais conhecidas da fauna brasileira. Pertencente à família Teiidae, esse réptil chama atenção por seu tamanho imponente, comportamento oportunista e papel ecológico fundamental como predador e dispersor de sementes.

O teiú pode atingir até 1,5 metro de comprimento e pesar entre 3 a 7 quilos, sendo um dos maiores lagartos não apenas do Brasil, mas de todo o continente. Apresenta corpo robusto, cauda longa e musculosa, e coloração que varia entre tons de preto, branco e cinza, com manchas claras e listras que ajudam na camuflagem.

É uma espécie amplamente distribuída na América do Sul, sendo encontrada no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. No Brasil, está presente em praticamente todas as regiões, com maior ocorrência no Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga. O teiú habita áreas de vegetação aberta, bordas de florestas, campos e áreas rurais, adaptando-se bem a ambientes alterados pelo homem.

O teiú é um animal onívoro e oportunista, com dieta bastante variada. Alimenta-se de frutas, ovos, insetos, pequenos vertebrados (como roedores, aves e outros répteis), carniça e até produtos agrícolas. Seu hábito alimentar contribui para o controle de pragas e para a dispersão de sementes, desempenhando papel ecológico relevante.

A reprodução ocorre geralmente no final da primavera e início do verão. A fêmea cava um ninho no solo onde deposita de 20 a 50 ovos, que incubam por cerca de 60 a 90 dias, dependendo da temperatura ambiente. Os filhotes nascem independentes, já com hábitos semelhantes aos dos adultos.

Embora ainda não seja classificado como uma espécie ameaçada em nível nacional, o teiú enfrenta várias pressões que podem comprometer suas populações em determinadas regiões:

Perda de habitat, causada pelo desmatamento e pela expansão agrícola. Caça ilegal, para consumo da carne e uso da pele na indústria do couro. Atropelamentos, principalmente em áreas onde seu território cruza estradas. Perseguição por agricultores, que o consideram uma praga por predar ovos de aves domésticas e plantações.

Durante o período reprodutivo, o teiú apresenta aumento da temperatura corporal, um fenômeno raro entre répteis, permitindo maior atividade e desenvolvimento dos ovos.

Apesar da aparência intimidadora, é um animal pacífico e evita confrontos com humanos.

Ajuda no equilíbrio dos ecossistemas, controlando populações de pragas e dispersando sementes de frutas consumidas.

O teiú é um símbolo da biodiversidade brasileira e merece atenção e respeito. A preservação de seus habitats e o combate à caça ilegal são essenciais para manter saudável o equilíbrio ecológico que ele ajuda a sustentar.

Ramon Ventura.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

TAMANDUÁ BANDEIRA

Nome popular: Tamanduá-bandeira.

Nome científico: Myrmecophaga tridactyla.

Peso: varia entre 30 e 45 kg nos machos adultos.

Tamanho: Pode atingir até 2,20 metros de comprimento, incluindo a cauda.

Família: Myrmecophagidae.

Habitat: vive em uma grande variedade de ambientes terrestres, desde cerrados e campos abertos até florestas tropicais e pantanais.

Local onde é encontrado: No Brasil, ocorre em quase todos os biomas, com maior frequência no Cerrado e Pantanal.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla): O gigante gentil dos campos sul-americanos

O tamanduá-bandeira, também conhecido como tamanduá-açu, é um dos mamíferos mais curiosos e emblemáticos da fauna sul-americana. Seu nome científico é Myrmecophaga tridactyla, que significa literalmente "comedora de formigas de três dedos", fazendo referência ao seu hábito alimentar e à anatomia de suas patas dianteiras.

Este tamanduá é o maior da sua família (Myrmecophagidae) e pode atingir até 2,20 metros de comprimento, incluindo a cauda, com peso que varia entre 30 e 45 kg nos machos adultos. Seu corpo é robusto e coberto por pelos longos, sendo a cauda volumosa e coberta por uma pelagem densa, semelhante a uma “bandeira” — de onde vem o nome popular.

Possui focinho longo, sem dentes, e uma língua comprida e pegajosa, que pode medir mais de 60 cm, ideal para capturar formigas e cupins. Suas patas dianteiras apresentam três garras longas e curvas, usadas tanto para escavar quanto para se defender.

O tamanduá-bandeira vive em uma grande variedade de ambientes terrestres, desde cerrados e campos abertos até florestas tropicais e pantanais. Está presente em grande parte da América do Sul, incluindo Brasil, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Paraguai e norte da Argentina. No Brasil, ocorre em quase todos os biomas, com maior frequência no Cerrado e Pantanal.

É um insetívoro especializado, alimentando-se principalmente de formigas e cupins. Com seu olfato apurado, localiza ninhos e colônias e os rompe com as garras, usando a língua para capturar os insetos rapidamente — pode ingerir até 30 mil insetos por dia.

A gestação dura aproximadamente 190 dias (6 meses), e a fêmea dá à luz um único filhote por vez. O filhote sobe nas costas da mãe logo após o nascimento e ali permanece durante vários meses, camuflado pela pelagem da mãe.

O tamanduá-bandeira está listado como Vulnerável à extinção na Lista Vermelha da IUCN e também no Brasil. Suas principais ameaças incluem:

Desmatamento e perda de habitat natural. Queimadas, comuns no Cerrado e Pantanal. Atropelamentos em rodovias. Caça ilegal. Ataques de cães domésticos.

Essa espécie é particularmente sensível a distúrbios ambientais e apresenta baixa taxa reprodutiva, o que dificulta sua recuperação populacional.

É um animal solitário, de hábitos diurnos ou crepusculares.

Não possui dentes e não mastiga o alimento.

Apesar de pacífico, pode se defender com força usando as garras poderosas.

Cumpre um papel ecológico essencial ao controlar populações de insetos.

O tamanduá-bandeira é um símbolo da biodiversidade do Cerrado e do Pantanal. Sua conservação depende de ações integradas, como a criação de corredores ecológicos, controle de queimadas, proteção das áreas naturais e educação ambiental. Preservar esse gigante gentil é garantir o equilíbrio ecológico de diversos ecossistemas sul-americanos.

Ramon Ventura.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

TATU CANASTRA

Nome popular: Tatu-canastra.

Nome científico: Priodontes maximus.

Peso: Pesa entre 30 e 50 kg.

Tamanho: Pode atingir impressionantes 1 metro a 1,5 metro de comprimento, incluindo a cauda.

Família: Dasypodidae.

Habitat: Prefere florestas tropicais, campos e savanas, onde há solo macio para escavação e abundância de invertebrados.

Local onde é encontrado: Encontrada em áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Tatu-canastra (Priodontes maximus): O gigante discreto das Américas


O tatu-canastra, conhecido cientificamente como Priodontes maximus, é o maior representante da família dos tatus e uma das criaturas mais impressionantes da fauna sul-americana. Discreto e de hábitos noturnos, esse animal é uma verdadeira raridade nos ecossistemas onde vive — e, infelizmente, está cada vez mais ameaçado.

O tatu-canastra pode atingir impressionantes 1 metro a 1,5 metro de comprimento, incluindo a cauda, e pesar entre 30 e 50 kg, embora alguns registros apontem indivíduos com mais de 60 kg. Possui uma carapaça robusta composta por placas ósseas e longas garras curvas, que usa para cavar tocas e encontrar alimento. Sua aparência impõe respeito e fascínio ao mesmo tempo.

Essa espécie é nativa da América do Sul, podendo ser encontrada em áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal, além de outros países como Colômbia, Venezuela, Guianas, Bolívia, Paraguai, Peru e Argentina. No Brasil, sua ocorrência é cada vez mais rara, com populações fragmentadas e concentradas em áreas de difícil acesso.

O tatu-canastra prefere florestas tropicais, campos e savanas, onde há solo macio para escavação e abundância de invertebrados. Ele é um excelente escavador, construindo grandes tocas subterrâneas que também podem beneficiar outras espécies.

Sua dieta é basicamente insetívora, com predileção por formigas e cupins, que captura com uma língua longa e pegajosa. No entanto, também pode consumir larvas, pequenos invertebrados e, ocasionalmente, restos vegetais. Um tatu-canastra pode consumir milhares de insetos em uma única noite.

O ciclo reprodutivo do tatu-canastra é pouco conhecido, dada sua raridade e hábitos reservados. A gestação dura cerca de 120 dias, resultando geralmente em um único filhote por parto. O filhote nasce com a carapaça ainda mole, que se endurece com o crescimento. A baixa taxa reprodutiva é um fator que agrava sua vulnerabilidade.

O tatu-canastra está listado como "Vulnerável" na Lista Vermelha da IUCN e como "Em Perigo" na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas do ICMBio/MMA. As principais ameaças à sua sobrevivência incluem:

Desmatamento e fragmentação de habitat, principalmente para agricultura e pecuária. Caça ilegal, seja por superstição ou consumo. Baixa densidade populacional e dificuldade de reprodução em cativeiro. Atropelamentos e expansão urbana.

O tatu-canastra é considerado engenheiro ecológico, pois suas tocas servem de abrigo para diversas outras espécies.

É um animal extremamente difícil de ser avistado na natureza.

Seus hábitos noturnos e comportamento solitário tornam o estudo da espécie um grande desafio para biólogos.

O tatu-canastra é um símbolo da grandiosidade e da fragilidade da biodiversidade sul-americana. Sua proteção exige ações concretas, como o combate ao desmatamento, a fiscalização contra a caça e o incentivo à pesquisa científica. Conhecer e valorizar esse gigante da natureza é o primeiro passo para garantir sua sobrevivência.


Ramon Ventura.

domingo, 23 de janeiro de 2011

ARARA-AZUL-GRANDE

Nome popular: Arara-azul-grande.

Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus.

Peso: Entre 1,3 kg e 1,7 kg.

Tamanho: Aproximadamente 1 metro, sendo a maior espécie de arara do mundo.

Envergadura: Pode ultrapassar 1,2 metro.

Família: Psitacídea.

Habitat: Essa arara habita áreas abertas e florestas esparsas, especialmente: Pantanal, Cerrado, Florestas de galeria e buritizais.

Local onde é encontrado:  No Brasil, especialmente nos biomas do Pantanal, Cerrado e região da Amazônia sul-ocidental. Também pode ser encontrada em áreas do Paraguai e Bolívia.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus): A Majestade Azul dos Céus Brasileiros

A arara-azul-grande, conhecida cientificamente como Anodorhynchus hyacinthinus, é a maior espécie de arara do mundo e uma das aves mais emblemáticas da fauna brasileira. Com sua plumagem azul vibrante e comportamento social marcante, essa ave é símbolo de biodiversidade e também de alerta sobre os riscos da extinção.

A arara-azul-grande pode atingir até 1 metro de comprimento da cabeça à cauda, sendo considerada a maior das araras. Seu peso varia entre 1,2 kg e 1,7 kg, com uma envergadura que pode ultrapassar 1,2 metros. Sua plumagem é inteiramente azul-cobalto, com detalhes amarelos ao redor dos olhos e na base do bico, o que lhe confere uma aparência única e reconhecível.

Essa espécie é nativa da América do Sul, com distribuição principal no Brasil, especialmente nos biomas do Pantanal, Cerrado e região da Amazônia sul-ocidental. Também pode ser encontrada em áreas do Paraguai e Bolívia, embora em populações menores. Seu habitat preferido inclui áreas de florestas abertas, palmeirais e regiões alagadas.

A arara-azul-grande é monogâmica e costuma formar pares para toda a vida. A época reprodutiva ocorre entre julho e dezembro, quando a fêmea põe em média dois ovos, que são incubados por cerca de 30 dias. Apenas um filhote, em geral, sobrevive por ninhada. O cuidado parental é intenso, e o filhote permanece com os pais por até um ano.

Sua alimentação baseia-se principalmente em frutos de palmeiras, como o acuri (Attalea phalerata) e o bocaiuva (Acrocomia aculeata), além de sementes duras e, ocasionalmente, frutas silvestres. Seu bico poderoso é adaptado para quebrar até mesmo os cocos mais resistentes.

A arara-azul-grande está classificada como vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os principais fatores de ameaça incluem: Desmatamento e perda de habitat, especialmente devido à expansão agropecuária e queimadas. Tráfico ilegal de animais silvestres, motivado pelo alto valor da espécie no mercado de aves exóticas. Baixa taxa reprodutiva, o que dificulta a recuperação populacional. Dependência de áreas com palmeiras específicas, que também vêm sendo destruídas.

A arara-azul-grande possui um papel importante na dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração de florestas e equilíbrio ecológico. Pode viver até 50 anos em vida livre e mais de 60 anos em cativeiro. É uma ave extremamente social, podendo ser vista em bandos, principalmente fora da época reprodutiva.

A conservação da arara-azul-grande depende de esforços conjuntos entre governos, ONGs, comunidades locais e o setor privado. Iniciativas como o Projeto Arara Azul, no Pantanal, têm mostrado resultados promissores, reforçando a importância da educação ambiental, fiscalização e preservação dos habitats naturais.


Ramon ventura