sábado, 20 de julho de 2013

MARACANÃ VERDADEIRA

Nome popular: Maracanã-verdadeira.

Nome científico: Primolius maracana.

Peso: 250 e 300 gramas.

Tamanho: Cerca de 40 a 45 centímetros de comprimento, incluindo a cauda longa.

Família: Psittacidae (a mesma das araras e papagaios).

Habitat: Florestas estacionais, matas secas, matas ciliares e bordas de cerradões, além de áreas de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado.

Expectativa de vida: Pode ultrapassar os 30 anos em ambiente natural ou sob cuidados adequados.

Local onde é encontrado: Nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Piauí.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 


Maracanã-verdadeira (Primolius maracana): A beleza ameaçada das florestas brasileiras

A Maracanã-verdadeira (Primolius maracana) é uma ave carismática, colorida e de grande valor ecológico, pertencente à rica avifauna brasileira. Embora menos conhecida do que seus parentes maiores, como as araras, esta espécie desempenha um papel vital na dispersão de sementes e no equilíbrio dos ecossistemas onde vive.

A Primolius maracana é uma ave de tamanho médio, com um comprimento que pode variar de 40 a 45 centímetros e um peso que pode chegar a cerca de 250 a 300 gramas. Sua plumagem é verde com manchas azuis e amarelas, com uma forma compacta e robusta que lhe permite se mover com agilidade em seu habitat.

A Maracanã-verdadeira é nativa do Brasil, com distribuição natural que inclui regiões do nordeste, sudeste e centro-oeste, especialmente nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Piauí.

Seu habitat preferido inclui florestas estacionais, matas secas, matas ciliares e bordas de cerradões, além de áreas de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. É uma espécie que pode se adaptar a ambientes levemente modificados, desde que ainda haja cobertura vegetal e disponibilidade de alimento.

A dieta da Maracanã-verdadeira é composta principalmente por sementes, frutas, nozes, flores e brotos, incluindo espécies nativas como jatobá, faveiro, ipê e outras leguminosas. Também pode consumir polpas de frutas cultivadas, o que às vezes causa conflitos com agricultores.

Como outras aves da família Psittacidae, possui um bico forte e curvo, adaptado para quebrar cascas duras e acessar alimentos nutritivos.

A época reprodutiva varia conforme a região, mas geralmente ocorre entre agosto e dezembro. A Maracanã-verdadeira costuma usar ocos de árvores ou buracos em barrancos para fazer o ninho. A fêmea põe entre 2 a 4 ovos, que são incubados por cerca de 24 a 26 dias. Após o nascimento, os filhotes permanecem no ninho por aproximadamente 2 meses, sendo alimentados pelos pais.

A Maracanã-verdadeira está classificada como "Vulnerável" (VU) pela Lista Vermelha da IUCN e também consta na lista oficial de espécies ameaçadas do ICMBio. As principais ameaças à sua sobrevivência incluem:

Desmatamento e perda de habitat, especialmente para a agricultura e pecuária. Tráfico de animais silvestres, devido à beleza e ao comportamento sociável da espécie. Fragmentação florestal, que dificulta a reprodução e reduz as fontes de alimento.

A destruição de áreas com árvores de grande porte, usadas para nidificação, afeta diretamente seu ciclo de vida. Além disso, a baixa taxa reprodutiva e a fidelidade a áreas específicas tornam a recuperação populacional lenta.

Diversas ações vêm sendo implementadas para garantir a preservação da Maracanã-verdadeira, como:

Criação de unidades de conservação e reservas privadas. Programas de educação ambiental e combate ao tráfico. Incentivo ao reflorestamento com espécies nativas. Projetos de monitoramento populacional e manejo em cativeiro.

A Maracanã-verdadeira é um símbolo da riqueza da fauna brasileira e da urgência em proteger os ecossistemas naturais. Sua conservação não é apenas uma questão ecológica, mas também cultural, pois representa a beleza e a diversidade do nosso patrimônio natural. Preservar essa espécie é preservar o Brasil.

Ramon Ventura.

2 comentários:

  1. Muito bom achar estas informações. Na minha casa (na Mooca, em SP) tem 6 que vem comer girassol todos os dias. Agora estão com ninho no forro do tenhado. São idênticas a essa da foto mas pensei que chamavam maritacas. Só comem girassol, já tentei dar frutas mas não comem. Vc acha que posso oferecer tenébrios?
    Abraço

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    1. Muito saber que mesmo apesar de estarem em risco de extinção, mas ainda há delesvoando livremente nos seus do BRASIL.

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